21 julho, 2023


[Resenha] Alguém Para Casar - Mary Balogh

Ficha Técnica 

Título: Alguém Para Casar
Título Original: Someone to Wed
Autor: Mary Balogh
ISBN: 978-65-5933-112-3
Páginas: 304
Ano: 2023
Tradutor: Andresa Vidal
Editora: Charme
Quando Alexander Westcott se torna o novo conde de Riverdale, herda um título que nunca desejou e uma propriedade rural falida que não tem condições de sustentar.
No entanto, ele pretende fazer tudo ao seu alcance para desfazer anos de negligência e dar uma vida melhor às pessoas que dependem dele…
Reclusa por mais de vinte anos, Wren Heyden quer uma coisa da vida: o casamento. Com sua vasta fortuna, ela pretende comprar um marido.
Porém, quando faz uma proposta surpreenden-temente inesperada ao desesperado — e tão deslumbrante — conde, Alex apenas concorda em cortejá-la como um cavalheiro, esperando que pelo menos amizade e respeito se desenvolvam entre eles.
Ele está totalmente despreparado para o desejo que o domina quando Wren finalmente levanta os véus que escondem os segredos de seu passado…

Resenha


Alguém Para Casar nos leva de volta para a vida da família Westcott e neste, que é o terceiro livro da série, será o momento de conhecer a história de Alexander Westcott, o conde de Riverdale.

Recapitulando brevemente, foi descoberto que Harry, Camille e Abigail eram filhos ilegítimos do anterior conde de Riverdale, e não Anna como todos imaginavam no começo, e por essa razão o título passou de Harry para o primo, Alexander — que estava longe de desejar tal fardo.
O que o repelia era, paradoxalmente, a mesma coisa que o trazia de volta. Sua  dor. Uma dor profundamente guardada. O véu lhe encobria mais do que o rosto, na verdade. A dor estava envolta de uma maneira friamente equilibrada, mas ele conseguia ouvir os gritos que vinham das profundezas dela e sentia-se horrorizado e fascinado ao mesmo tempo. Horrorizado porque não queria se envolver e porque suspeitava de que a dor poderia engoli-la se a firmeza vacilasse. E era compelido por ela, no entanto, porque era humana e ele tinha sido abençoado ou amaldiçoado com compaixão pelo sofrimento humano.
P. 40-41
Há alguns anos, após a morte do pai, Alex tinha herdado a propriedade do pai e precisou trabalhar duro durante cinco anos até que Riddings Park, em Kent, lugar que amava e considerava seu lar, voltasse a prosperar. Porém, no último ano, quando finalmente estava voltando a considerar pensar um pouco em si mesmo e menos nos deveres, recebeu o título de conde, uma propriedade quase em ruínas, muitas pessoas que dependiam dele e praticamente nenhum dinheiro para cuidar de tudo e prover a família a qual agora era o responsável. Sem dúvida Alex não imaginava estar nesse lugar aos trinta anos. Mas ainda teria mais uma surpresa, afinal, toda surpresa é pouca na família Westcott.🤭

Alex vinha conhecendo os vizinhos de Brambledean Court, em Wiltshire, que estavam curiosos para saber quem era o novo conde e para saber se ele fixaria residência ali, diferente dos dois últimos condes. Então, ao receber o convite da senhorita Wren Heyden — mesmo que Withington House ficasse a quase treze quilômetros de distância —, ele imaginou que encontraria vários vizinhos no local e não apenas a dama e uma criada… muito menos esperava por um pedido de casamento.

Wren Heyden tem vinte e nove anos e sempre viveu reclusa. Ela prefere ignorar sua vida até os dez anos de idade. Para ela, o melhor é apenas considerar o momento em que os tios a adotaram e ela passou a ser Wren Heyden, nome e sobrenome novos para ser uma nova pessoa. Ela foi amada, ela foi educada, mas as marcas dos dez primeiros anos nunca foram apagadas.
— (…) Quando Desmond veio à minha procura, Alex lhe deu um soco e o mandou seguir seu rumo. Ele voltou  com um magistrado, mas Alex se manteve firme e se recusou a desistir de mim. Moro com ele e minha mãe desde então. Desmond morreu no ano seguinte. Meu irmão é um homem gentil e de temperamento calmo, mas ninguém deve cometer o erro de acreditar que é fraco.
P. 98
Wren tem uma marca de nascença em um dos lados do rosto e para ela é tudo que as pessoas veem. Por isso, quando se permite sair — para ir à igreja ou à fábrica que administra com o tio — ela sempre usa um véu para cobrir o rosto. Entretanto, os tios faleceram em um curto espaço de tempo um ano atrás e ela se sente solitária e deseja se casar. Acreditando que ninguém se casará com uma mulher como ela (com um rosto marcado), ela decide "comprar" um marido que precise de dinheiro. É assim que Alex se vê na sala de Wren, como um dos candidatos. Agora, se vocês já leram os outros livros da série, conhecem um pouco desse personagem e podem imaginar que ele não pensaria em se casar com uma jovem rica para resolver os problemas. Ele é aquele personagem que — pelo menos seria sua primeira opção — trabalharia duro até conseguir reerguer Brambledean sem precisar recorrer a esse método.

Depois de passar praticamente duas décadas reclusa, Wren não sabe interagir com outras pessoas. Ela é direta demais para a Sociedade e, ao cogitar o conde de Riverdale como candidato para seu marido, ela não pensou que, ao ser condessa, precisaria interagir com muitas pessoas, conhecer a família dele (que é imensa), frequentar muitos eventos sociais, passar a Temporada em Londres… será que o conde era realmente a melhor opção? Porém, depois de nem ter chegado a fazer a proposta aos dois primeiros da lista e de se lembrar quem era o quarto (que havia entrado na lista apenas porque uma lista com três nomes era muito curta), se ela não fosse em frente, provavelmente abortaria aquela ideia. Valeria a pena continuar sozinha?
Incomodava-o que ela tivesse vindo. Ela o havia deixado com as emoções agitadas; a principal delas era o alívio por não ter mais que lutar contra elas e tentar classificá-las. Queria poder escolher uma noiva com a própria razão. O coração era muito imprevisível e muito capaz de sentir dor, dúvida e uma série de outras coisas. Foi seu coração que o mandou atrás dela no parque, quando poderia ter sido sensato deixá-la ir.
Maldito seja.
P. 123
Wren intrigou Alex, isso é verdade. Uma mulher de negócios que sabia o que queria. Entretanto, diferente do que ela afirmava a todo momento, o que o deixava receoso não era a mancha em seu rosto — que ele mal prestava atenção —, mas sim a dor que ele percebia em sua voz. Se tem uma coisa que a gente percebeu um pouco nos outros livros, e deu para compreender muito mais ao longo dos capítulos aqui, é o quanto Alex se coloca no lugar dos outros — o que é bom e ruim ao mesmo tempo. Ele sente que Harry se ressente de ele ter ficado com o título, ele sente por não poder ajudar mais as pessoas que agora estão sob seus cuidados. Mas ele salvou a irmã quando pôde. Ele ajudou Camille com ajuda de Avery.

Logo, Alex se sente cada vez mais curioso em relação a Wren, mas será que a ponto de se casar e ser considerado um "caçador de dotes"?

Eu estou adorando a série e espero poder ler logo os demais livros, afinal acredito que ela já tenha sido concluída, pois o décimo livro foi publicado em 2021 e são tantos personagens que poderei conhecer as histórias… ai meu coraçãozinho. Traz esses livrinhos, Charme!
… os milagres nem sempre vinham em um único lampejo de tempo. Às vezes, eles vinham com cada passo que era dado para a frente quando o instinto pedia dois passos para trás. Às vezes, eles vinham com a simples coragem de dizer não mais, não mais.
P. 299

P.S.: Se quiser adicionar esse livro na sua lista de leitura do Skoob basta clicar na capa que você será redirecionado para a página do livro no Skoob. 😉
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