Ficha Técnica
Título: Alguém Para AbraçarTítulo Original: Someone to Hold
Autor: Mary Balogh
ISBN: 978-65-5933-037-9
Páginas: 316
Ano: 2021
Tradutor: Monique D'Orazio
Editora: Charme
Humphrey Westcott, o conde de Riverdale, morreu, deixando uma fortuna e um segredo escandaloso que vão alterar para sempre a vida de sua família ― e mandar uma de suas filhas para uma jornada de autodescoberta…
Com o casamento de seus pais declarado bígamo, Camille Westcott agora é filha ilegítima e não tem mais título. Procurando evitar as armadilhas de sua antiga vida, ela deixa Londres para lecionar no orfanato de Bath, onde vivia sua meia-irmã recém-descoberta. Porém, enquanto ainda está se ambientando, ela deve posar para um retrato encomendado por sua avó e suportar um artista que a irrita e a deixa com os nervos à flor da pele.
Um professor de arte no orfanato que um dia foi seu lar, Joel Cunningham foi contratado para pintar o retrato da nova professora esnobe. Mas, quando Camille posa para Joel, o desprezo mútuo logo se transforma em desejo. E é apenas o vínculo que existe entre eles que lhes permitirá resistir à forte tempestade que se avizinha…
Resenha
No segundo livro da série Westcott, Alguém Para Abraçar, voltamos a Bath, onde tudo começou, onde Anna viveu e trabalhou até descobrir que na verdade era Anastacia e onde agora Camille e Abigail Westcott estão morando com a avó materna.
Nós vimos em Alguém Para Amar que, ao contrário do que a família Westcott acreditava, Anna não era uma filha bastarda do conde de Riverdale, ela era a única filha legítima e, por causa do casamento do pai com a mãe dela, seus recém-descobertos três meios-irmãos eram na verdade os bastardos. Assim, Harry perdeu o título de conde para o primo Alexander e Camille e Abigail deixaram de ser ladys para serem senhoritas, além de terem saído do radar da sociedade londrina.
Enquanto Abigail não chegou a ser apresentada à sociedade, Camille, que estava noiva do visconde de Uxbury, viu o enlace rompido por causa do escândalo, mas ela acreditava que estava tudo bem, ela não era apaixonada pelo visconde, pessoas de sua classe (ou de sua ex-classe) não se casavam por amor, casavam-se para unir famílias, fortunas ou quaisquer outros interesses, mas não amor.
— Eu não esperava felicidade. Nem a queria. Também não esperava infelicidade. Meus sentimentos nunca estiveram na berlinda e nem sofreram turbulência. E infelicidade. Miséria. Autopiedade, se preferir… foi assim que você chamou no início desta semana.P. 119
A filha mais velha, Camille sempre foi o exemplo de dama e de perfeição, do que se esperava dela, mas agora que sua vida mudou completamente aos vinte e dois anos, ela precisa assumir as rédeas e fazer algo por si mesma e descobrir quem é por si própria e ela acredita — embora não saiba porque — que a resposta está em trabalhar como professora no orfanato onde Anna cresceu, ainda que não tenha nenhuma experiência com isso.
Aos vinte e sete anos, Joel Cunningham sete que as coisas estão melhorando. Depois de ter crescido em um orfanato e de depois de ter saído de lá, vivido doze anos alugando apenas um quarto, ele finalmente conseguiu alugar todo o andar da casa onde morava. Tanto espaço! E tudo isso graças ao seu trabalho como pintor de retratos, que tem ganhado notoriedade na sociedade de Bath. Porém, mesmo assim, ele não deixou — e nem pensa em deixar — de dar aulas de arte para as crianças do orfanato onde cresceu.
Joel e Anna são melhores amigos, mas Joel também é apaixonado por ela, e inclusive a pediu em casamento, mas ele está tentando superar tudo isso por saber que sua amiga está casada e muito feliz e apaixonada, mas trabalhar com a meia-irmã dela — que não foi nem um pouco receptiva com ela — será muito complicado, porque Camille é uma incógnita para ele.
Porém, além de terem de trabalhar juntos, a avó de Camille decide contratar os serviços de Joel para fazer um retrato dela e um de Abigail, o que fará com que eles precisem passar mais tempo juntos, mesmo que não queiram e não gostem.
— Creio que eu apenas tenha provado que ter um sonho e estar na jornada para realizá-lo, às vezes, traz mais felicidade do que atingi-lo na prática. Temos um hábito, não temos, de pensar que a felicidade é um estado futuro apenas se essa ou aquela condição forem cumpridas? E tanto da vida passa por nós sem que percebamos que podemos ser felizes nesse mesmo momento, ou o mais felizes possível.P. 267
Desde o início vemos como tem sido difícil para Camille lidar com a mudança que aconteceu em sua vida, mas, mais do isso, a maior parte da dificuldade é de aceitar ajuda da família e quanto mais vamos lendo, mais vamos percebendo que isso tem a ver com o passado e não com o presente. É complicado ver que nos parece que a família está tentando trazê-la com a irmã e a mãe para junto de si novamente — de onde eles não queria que elas tivessem saído, mas na ocasião não havia muito a ser feito —, mas como cada um precisa do seu próprio tempo para lidar com a situação e com Camille não foi diferente.
Mas não será apenas Camille que precisará lidar com o passado do pai e as consequências disso em seu presente. Assim como aconteceu com Anna no primeiro livro da série, Joel terá uma revelação sobre seu passado aqui que fará com que ele reveja algumas decisões para seu futuro — mas outras nem tanto.
Ver a mudança no relacionamento de Joel e Camille foi absolutamente incrível, adorei cada parágrafo, cada cena, cada capítulo. Adorei rever alguns dos Westcott e já quero mais da série e espero que a próxima história seja de Alexander, estou muito curiosa para conhecer mais o novo conde.
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