09 outubro, 2020


[Resenha] Alguém para Amar - Mary Balogh

Ficha Técnica 

Título: Alguém para Amar
Título Original: Someone to love
Autor: Mary Balogh
ISBN: 978-65-87150-03-1
Páginas: 328
Ano: 2020
Tradutor: Monique D'Orazio
Editora: Charme
Humphrey Westcott, o conde de Riverdale, acaba de morrer, deixando uma fortuna e um segredo escandaloso que transformará para sempre a vida de todos em sua família, incluindo a filha que ninguém sabia que ele tinha…
Anna Snow cresceu em um orfanato em Bath, sem nada saber de sua família de origem. Quando descobre que o falecido conde de Riverdale era seu pai, ela herda sua fortuna e também fica muito feliz em saber que tem irmãos. No entanto, eles não aceitam suas tentativas de dividir sua nova riqueza. Só que o guardião do novo conde está interessado em Anna… 
Avery Archer, o duque de Netherby, sempre manteve os outros à distância, mas algo o leva a ajudar Anna em sua transição de órfã à dama. Com a sociedade londrina e os parentes recém-descobertos de Anna ameaçando subjugá-la, Avery intervém para resgatá-la, mas se vê vulnerável a sentimentos e desejos que ele havia mantido escondidos muito bem, por muito tempo.

Resenha


Quando a Charme divulgou que traria uma série da Mary Balogh para o Brasil eu fiquei encantada, afinal conheci a escrita dela através da série Os Bedwyns, com nosso querido Wulf, e depois tive a chance de ler o Clube dos Sobreviventes, que está quase acabando, e amei as duas, com personagens tão humanos que nos torna muito próximos deles. 

Iniciando a série Westcott, Mary traz para gente um acontecimento triste: a morte do conde de Riverdale. Com a morte do nobre, seu filho Harry herdou o título, mas, sendo menor de idade, um testamento antigo passa a tutela de Harry ao atual duque de Netherby: Avery Archer. 

Avery tem trinta e um anos e odeia se preocupar com o que quer que seja. Além disso tem a fama de ser uma pessoa distante e constantemente entediada com tudo ao seu redor. Assim, ser responsável por um jovem de vinte anos cheio de dinheiro e poder não parece a melhor das responsabilidades a ele atribuídas. Como isso fosse pouco, a condessa viúva tem uma surpresa para Avery e o advogado de seu marido: o falecido conde tinha uma filha bastarda que era mantida em um orfanato em Bath e a condessa deseja que o advogado a encontre e ofereça uma quantia definitiva para não ter mais nenhuma ligação com a jovem e para garantir que seus filhos jamais saibam que ela existe. 

Anna Snow tem vinte e cinco anos e desde os quatro vive em orfanato em Bath. A única coisa que sabia é que alguém a deixou lá e que mantinha as contas pagas, contanto que ela permanecesse no orfanato, por isso, mesmo após a maioridade, quando poderia procurar um emprego e um lugar diferente para viver, ela optou por continuar morando no lugar que conhece como lar e passou a ser uma das professoras de lá. Mas, como muitos órfãos, lá no fundo Anna sempre teve o desejo de conhecer sua família de sangue e entender o motivo de ter sido abandonada, sem falar no sonho de descobrir que era uma princesa perdida e se casar com um príncipe. Como dizem: devemos ter cuidado que o que desejamos, pois pode se tornar realidade. 

Ao receber uma carta de um advogado de Londres, Anna é convocada para ir à capital para discutir o seu futuro. Apreensiva, a surpresa é enorme ao chegar e se ver em uma sala repleta de nobres que, claramente não querem e não entendem sua presença no local. A realidade? Anna não é uma filha bastarda do conde de Riverdale. Ela é a única filha legítima, uma vez que, quando o conde se casou com a condessa viúva, ele ainda estava casado com a mãe de Anna, o que invalida seu casamento mais recente por bigamia e torna os filhos aristocratas, ilegítimos. BOMBÁSTICO! E Avery achando que tudo seria entediante… 
— Eu vou mudar —  ela falou. Eles se detiveram novamente para fazer uma pausa nas árvores que permitia uma vista através de uma extensão gramada do lago Serpentine, ao longe. — Não se pode viver de um dia para o outro sem mudar. É a natureza da vida. Pequenas escolhas sempre são necessárias, mesmo quando as grandes não aparecem. Vou mudar o que escolher mudar e reter o que escolher. Vou até ouvir conselhos, pois é tolice não o fazer, desde que o conselheiro tenha algo de valor a dizer. Mas não vou escolher entre Anna e Anastacia, pois sou as duas. Eu apenas tenho que decidir, uma escolha de cada vez, como vou de alguma forma reconciliar as duas sem rejeitar nenhuma delas.
P. 102
Pois, drama na aristocracia é o que não falta. Anna Snow na verdade é lady Anastacia Westcott, única herdeira do conde de Riverdale, título que passou para o primo Alexander, mas a fortuna ficou toda para Anna, por conta de um testamento antigo, que nunca foi atualizado para incluir os outros filhos. Assim, Anna realiza o sonho de encontrar sua família, mas infelizmente seus meios-irmãos não querem saber dela e a hostilizam abertamente, ainda que Anna não tenha culpa de absolutamente nada. Por outro lado, suas tias e primo se envolverão em uma árdua tarefa de torná-la apresentável para a sociedade e todas as suas regras: danças, cumprimentos, reverências, hierarquias e tantos detalhes que a pobre Anna será obrigada a aprender. 

A protagonista aqui de fato é Anna, mas Avery é um mistério que desperta nossa atenção. Ele sempre foi pequeno, com cabelos loiros e uma aparência delicada, algo que desagradava imensamente seu pai, afinal ele tinha herdado tudo isso da mãe, o que seria melhor apreciado caso fosse uma menina (é cada ideia…), mas Avery sofreu bastante quando o pai o enviou para o internato, após a morte da esposa. Lá ele teve ciência de suas diferenças em relação aos outros gratos, que eram maiores, mais fortes, mais durões do que ele e foi imprescindível aprender a se defender, pois quando saísse do colégio, certamente as coisas não seriam mais fáceis. Assim, ele tornou-se a figura incognoscível que todos temem hoje, mesmo que não saibam o motivo. Mas Anna ultrapassou as barreiras que ele criou em torno de si, ainda que não fosse o objetivo dela e rapidamente Avery se viu envolvido em atividades da família Westcott, apenas para estar próximo dela. 

Intrigada com a atenção que o duque lhe dispensa, Anna percebe que os momentos ao lado de Avery são alguns dos poucos em que é apenas ela, sem a pressão de sua família para ser uma perfeita dama. Momentos em que Avery percebe algo que está interagindo espontaneamente com outra pessoa, deixando que ela o conheça como mais ninguém. 
— Mas vida e dor andam de mãos dadas. Não se pode viver plenamente a menos que se sinta dor pelo menos ocasionalmente.
P. 172
Com personagens que nos intrigam do início ao fim (claro que tem aqueles que não descem, mas…), começo mais uma série da Mary e já estou curiosa para saber o que os próximos livros me trarão; torcendo para que meus palpites sejam concretizados.

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Comentários
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Um comentário:

  1. OLA
    Ainda não conheço a escrita da autora mas só vejo elogios aos seus romances.
    e que capa linda heim ? a editora charme caprichou .eu tenho um livro de uma autora nacional lançado por esse editora e tambem é linda.
    quando tiver oportunidade quero adquirir esse beleza de livro .

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