[Resenha] Uma Farsa de Amor na Espanha - Elena Armas

Ficha Técnica 

Título: Uma Farsa de Amor na Espanha
Título Original: The Spanish Love Deception
Autor: Elena Armas
ISBN: 978-65-5565-297-0
Páginas: 448
Ano: 2022
Tradutor: Alessandra Esteche
Editora: Arqueiro

 

Catalina Martín é uma jovem espanhola que trabalha como engenheira em Nova Iorque. Com o casamento da irmã se aproximando, ela precisa desesperadamente de um acompanhan-te, porque não quer encarar sozinha toda a família e, principalmente, o irmão do noivo, que é ninguém menos do que seu ex.
Sentindo-se pressionada, ela conta uma menti-rinha inofensiva sobre ter um namorado ame-ricano. E agora todos em sua pequena cidade estão ansiosos para conhecê-lo.
Lina tem apenas um mês para encontrar alguém disposto a cruzar o Atlântico com ela e participar da sua farsa. Mesmo assim, quando Aaron Blackford, seu colega de trabalho, se candidata à vaga de namorado de faz de conta, ela se recusa a aceitar. Embora ele seja alto, charmoso e lindo de morrer, também é condescendente, exasperante e insuportável.
Porém, quanto mais o casamento se aproxima, mais tentadora se torna a oferta. Enquanto os dois se perguntam se serão capazes de sustentar a história por um final de semana inteiro, Lina começa a perceber que, na vida real, talvez Aaron não seja tão terrível quanto é no escritório…

Resenha

Gente, pode estar completamente apaixonada por esse livro? Não é à toa que é um sucesso, entendo isso agora. Elena, minha querida, pode escrever mais, por favor!!!

Catalina Martín é uma engenheira espanhola de vinte e oito anos que seis anos atrás se mudou para Nova Iorque e desde então voltou poucas vezes para visitar a família. Não que ela tenha algum problema com eles, mas a maneira como seu último (e único) relacionamento terminou e o fato de ela ter fugido da Espanha para não ser alvo dos olhares de piedade dos familiares — que não sabiam quando ela conseguiria se reerguer — era o suficiente para qualquer pessoa com um pouco de amor-próprio evitar esse tipo de situação. Entretanto, dessa vez não há como escapar: Isabel, a irmã de Lina, irá se casar e ela será a madrinha, ou seja, enfrentará o clã Martín novamente junto de uma vez, e ela o faria sozinha até descobrir que seu ex-namorado — que por acaso é irmão do noivo e padrinho do casamento — está noivo. Já entenderam, né? Não há a menor chance de chegar lá sozinha, mesmo que Daniel não tenha mais nenhuma importância em sua vida.

— Você pode, mas não precisa. Eu não sei por que você tem esse impulso de entrar voando com sua capa vermelha como um Clark Kent nerd e salvar o dia, mas não, obrigada. Você pode até ser parecido com ele, mas eu não sou uma donzela em perigo.

Mas a pior parte era que eu precisava, sim, de ajuda. O difícil era aceitar que Aaron era justamente a única pessoa disposta a ajudar.

P. 43

Foi assim que, em um impulso, Lina se viu dizendo para a mãe que levaria o namorado americano ao casamento. O único problema é: se ela não tem um relacionamento há seis anos, como ela vai levar um acompanhante/namorado ao casamento que acontecerá em menos de um mês?

Na empresa onde trabalha, Lina é a única engenheira líder de equipe e isso foi conquistado com muito trabalho. Também é lá que trabalha sua amiga, Rosalyn Graham, que está tentando ajudá-la a encontrar uma solução para o problema “acompanhante”. Mas também é na InTech que há um ano e oito meses Aaron Blackford trabalha, outro engenheiro líder de equipe e maior desafeto de Lina. Aliás, ele é o único que não a chama de Lina e sim de Catalina, o que ela odeia.

Talvez nesse mundo ideal, o homem ao meu lado estaria ali porque me amava, não porque tínhamos um acordo.

Mas esses eram cenários hipotéticos e, portanto, irreais. Inalcançáveis. Todos estavam bem longe da verdade.

P. 267

Lina é uma pessoa expansiva, que gosta de fazer todos se sentirem bem a sua volta e não foi diferente quando Aaron foi contratado, mas a maneira fria e distante como ele a tratou — além de outras situações — foi o bastante para que ao longo dos meses eles se alfinetassem constantemente. Agora, imaginem a surpresa de Lina ao perceber que Aaron — justo ele — ouviu seu dilema sobre a necessidade de um acompanhante para o casamento e se ofereceu para ajudá-la.

SIM!!!!

Como o livro é todo narrado por Lina, assim como ela, ficamos nos perguntando o motivo de Aaron insistir em querer ajudar quando sabemos que eles mal se toleram no mesmo ambiente, imaginem passar um fim de semana na Europa (e ele nem sabe que o acompanhante na verdade deve se passar por namorado dela!). Entretanto, quanto mais vamos conhecendo essa história, mas entendemos que talvez a verdade não seja como Lina a enxerga.

Quando se vê no limite do desespero, Lina aceita a oferta de Aaron e então é que a transformação realmente começa para nós, porque Lina se permite ver outro lado dele, e esses três dias na Espanha serão um divisor de águas.

Tentando controlar meu coração, espreitei aquele oceano azul com apreensão. Com ansiedade também. E encontrei algo absolutamente assustador. Algo que não devia — não podia — estar ali, considerando que aquilo tudo era para ser uma farsa e que, portanto, o que Aaron dissera não era verdade. Mas era bem difícil negar o que estava à minha frente, as emoções estavam mesmo ali, irradiando de seu olhar. Sinceridade pura. Convicção. Fé. Confiança. Um juramento. Tudo isso isso exigindo ser reconhecido.

P. 325

Fingindo ser um casal completamente apaixonado, Lina se pega envolvida por um ambiente romântico do casamento, de retorno ao aconchego da família e ela acredita que tudo isso influencia a maneira como ela percebe algumas atitudes de Aaron — ou ele realmente é um bom ator, o que é ótimo nesse caso. Sabe de nada…

Divertido, leve e com muito romance, Uma Farsa de Amor na Espanha é o tipo de livro que eu amo, com o tipo de personagem que eu adoro quero deixar algo registrado aqui: EU QUERO AARON BLACKFORD PARA MIM!!!! Em tempo, quero só dizer que Elena já escreveu outro livro e que um dos personagens é a Rosie… ai meu coração romântico não aguenta essas coisas, gente!

Eu era um copo que se enchera a conta-gotas. Que aos poucos tinha acumulado até a boca tudo que Aaron oferecera — os toques mais suaves e provocantes; sorrisos preciosos só para mim; sua força; sua fé em mim —, e que sentia aquilo se misturar com tudo o que eu estava sentindo.

P. 352

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