04 dezembro, 2020


[Resenha] Corra, Abby, Corra! - Jane Costello


Ficha Técnica 

Título: Corra, Abby, Corra!
Título Original: Girl on the run
Autor: Jane Costello
ISBN: 978-85-01-09731-6
Páginas: 420
Ano: 2015
Tradutor: Ryta Vinagre
Editora: Record
Abby nunca foi de se preocupar com hábitos saudáveis. Aos 28 anos, ela acaba de fundar a própria empresa de web design, e sua rotina parece consumir todo o seu tempo. Ela não tem a menor ideia de quando foi a última vez que deu um beijo apaixonado. E o pior: mal tem tempo para comer, malhar então… nem pensar. Mas quando sua melhor amiga a convida para participar de um clube de corrida, a jovem empresária encontra uma motivação: Oliver, charmoso e bem-sucedido médico que parece estar interessado em suas investidas. Seu primeiro dia de corrida, entretanto, não acaba como imaginou e ela jura que nunca mais vai correr. Até o dia em que sua assistente Heidi revela ser portadora de esclerose múltipla. A partir daí, Abby vê nas corridas uma forma de arrecadar fundos para a pesquisa da cura para a esclerose. Só que ela precisa de muito fôlego para gerenciar a empresa, lidar com sua operadora de seguro para arcar com o prejuízo de um motoqueiro que ela atropelou por acidente, e ainda conquistar o Dr. Sexy. Mas o que Abby não imagina é que pode estar correndo atrás do homem errado…

Resenha


Depois de ter lido este ano o meu primeiro livro da Jane Costello, chegou a hora de apreciar o segundo, Corra, Abby, Corra! que me indicaram em um dos muitos clubes do livro que participei. Além de ser chick-lit (não precisa de muito para me convencer a ler) o título traz um assunto que sempre chamou minha atenção. Mas chegaremos nesse ponto mais para frente.

Abigail Rogers tem 28 anos, mora em Liverpool e há dois anos criou sua empresa de web designer, ou seja, há dois anos sua vida, que já era corrida, se tornou ainda mais, afinal, é necessário estar sempre em busca de novos negócios para que as contas fechem no azul. Tempo para família? Não existe. Tempo para sair e paquerar? Não existe. Tempo para fazer as refeições corretamente e com alimentos balanceados? Nem no sonho. Assim, Abby vive mais no carro do que no escritório ou em casa, também é no carro onde ela faz grande parte de suas refeições, que basicamente se resumem a hambúrgueres, batatas fritas e refrigerantes.  É em uma dessas muitas correrias, a caminho de uma reunião com um possível cliente que Abby atropela um motociclista (lindo de morrer!) em pleno estacionamento, enquanto manobrava para estacionar, comia e recitava sua apresentação. Resumindo: mais uma vez precisaria acionar o seguro, o que certamente levaria a um aumento na próxima renovação da apólice. Para sorte dos dois, não ocorreu nada grave com eles, apenas com a moto. 
Vamos lá, Abby. Só há uma coisa a fazer. Precisa fazer RCP.
ISSO!
Só que não sei fazer ressuscitação cardiopulmonar.
Decido tentar assim mesmo e me esforço para me lembrar de cada fiapo de informação de primeiros socorros que tenho.
(…)
Enfim, tomo uma golfada de ar, fecho os olhos… E colo meus lábios nos dele.
Naquele exato momento percebo que cometi um erro — eu devia ter fechado o nariz dele — e noto outra coisa. Os lábios dele não parecem os de alguém que está inconsciente. E certamente não está morto.
Levo um segundo para entender o porquê — e, quando entendo o que está acontecendo, tenho o maior choque da minha vida. Os lábios dele estão se mexendo. Estão… Ah, meu Deus, estamos nos beijando!
P. 14
Sabendo da agenda cheia de Abby, sua melhor amiga, Jess, decide tentar encontrar o cara certo para a amiga. Foi dessa forma que Abby saiu para jantar com alguns colegas de trabalho de Adam, marido de Jess, e agora está indo jantar na casa da amiga para conhecer Oliver, um médico que faz parte do mesmo clube de corrida que Jess participa. 

As amigas são muito diferentes nesse aspecto; enquanto Jess adora correr, e o faz a anos, Abby é completamente avessa a exercícios físicos, alimentação saudável e para ela é inconcebível as pessoas correm porque gostam (confesso que eu também pensava assim, mas cada vez me convenço mais disso, entretanto, não me vejo fazendo isso ainda, me falta iniciativa…).

A questão é que Oliver é lindo e Abby logo se interessa por ele, mas como ele se mostra muito tímido e a convida para ir a um dos encontros do clube, ela decide ir pelo menos uma vez. Afinal, vai que!? Ao chegar lá Abby acaba tendo outra surpresa: o motociclista que ela atropelou, Tom Bronte, também faz parte do clube. 
Quinze minutos depois, estou tentando não ofegar dramaticamente como se estivesse a segundos da morte, mas parece que meus pulmões foram mergulhados em petróleo e incendiados com um lança-chamas.
P. 54
Claro que, sem qualquer preparo físico, Abby odeia sua primeira experiência com uma corrida, mas tendo a motivação de conquistar o médico gato, por que não insistir? Ela só precisaria ignorar as brincadeiras sem graça de Tom. Mas Abby terá mais um motivo para se exercitar: ao descobrir que Heidi, a primeira de suas funcionárias, foi diagnosticada com esclerose múltipla e que a doença não tem cura, ela decide que participará de uma meia maratona para arrecadar fundos para a pesquisa da doença. 

Se Abby já não tinha tempo, depois dessa decisão tem menos ainda, afinal precisa treinar, fazer as refeições corretamente, conseguir clientes para manter a empresa e ainda precisa visitar possíveis apoiadores para a causa. 

Com o passar das semanas Abby vai ganhando condicionamento físico; sua relação com Tom melhora consideravelmente dado o início que tiveram; mas ela não percebe grandes avanços com Oliver.

Corra, Abby, Corra! é um chick-lit delicioso e tem de tudo: o drama da doença de Heidi, amigos incríveis, romance (seja Abby tentando conquistar Oliver, seja Prya e suas tentativas de entrar em um relacionamento sério, seja Jess e Adam e seu casamento de mais de dez anos anos, sejam os pais de Abby que, ainda que estejam separados há mais de dezesseis anos, não parece ter tido um encerramento claro para uma das partes), um personagem incrível que seria um ótimo namorado para nossa protagonista se ele mesmo não tivesse uma namorada e a superação de seus limites, afinal, o que é Abby correr se não superar os obstáculos que colocou para si mesma?! Quem sabe um dia eu não consigo seguir esse exemplo e explore esse desejo que tenho também?!


P.S.: Se quiser adicionar esse livro na sua lista de leitura do Skoob basta clicar na capa que você será redirecionado para a página do livro no Skoob. 😉 
Comentários
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2 comentários:

  1. Olá Layane,
    Adorei ler sua resenha e saber que aborda temas como a esclerose múltipla. Eu li algum tempo atrás um outro livro da autora e não achei ruim, mas também não me surpreendeu. Isso me desanimou a pegar outro livro dela, até agora.

    Beijo!
    www.amorpelaspaginas.com

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    Respostas
    1. Oi, Ray!
      Sim, ainda que não fale tanto, abordar o tema já é muito importante.
      Qual foi o outro livro da Jane que leu? Fiquei curiosa hahaha
      Beijo

      Excluir

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