04 maio, 2020


[Resenha] A Cadeira de Prata - C.S. Lewis

Ficha Técnica 

Título: A Cadeira de Prata
Título Original: The Silver Chair
Autor: C.S. Lewis
Ilustrações: Pauline Baynes
ISBN: 978-85-7827-791-8
Páginas: 212
Ano: 2014
Tradutor: Paulo Mendes Campos
Editora: WMF Martins Fontes
"Como se chega até lá?", perguntou Jill, tentando encontrar um jeito qualquer de fugir daquela escola horrível. "Do único modo possível", sussurrou Eustáquio, "por magia". Então deram-se as mãos e, concentrando toda a sua força de vontade para que algo acontecesse, viram-se de repente à beira de um alto precipício, muito acima das nuvens, na terra encantada de Nárnia. Assustada e confusa, Jill fica horrorizada ao ver Eustáquio perder o equilíbrio e cair. Imediatamente, porém, ela sente ao seu lado uma presença calorosa. Era o Leão.



Resenha


Continuando com a releitura da série As Crônicas de Nárnia em ordem cronológica, cheguei ao sexto livro, A Cadeira de Prata. Eu acabei me embolando toda aqui com as leituras de parceria e essa releitura ficou um pouco atrasada, mas vamos lá que falta pouco para terminar hahaha.

Já tem um ano que Eustáquio Mísero voltou de sua aventura a bordo do Peregrino da Alvorada e ele é um garoto diferente desde então. Mesmo voltando ao Colégio Experimental, ele já não fazia parte do grupo de crianças que perturbavam a vida das outras. Quem também percebeu isso foi Jill Pole, uma garota que estudava na mesma escola e era importunada o tempo todo. Foi em um desses momentos de fuga que Eustáquio achou Jill escondida e lhe contou que havia um lugar mágico e que se eles descobrissem uma maneira de ir para lá, ninguém mexeria com eles.
— Mas, afinal de contas, de que adianta? Não estamos lá: estamos aqui. E não há nenhum jeito de ir para lá. Ou há?
— É por isso mesmo que estamos aqui conversando. Quando voltei do tal lugar, alguém disse que os meus dois primos nunca mais iriam lá. Era a terceira vez que iam, entende? Mas esse alguém não disse que eu não ia voltar. Se não disse é porque achava que eu ia voltar. Não me sai da cabeça a ideia de que nós... poderíamos...
— Dar um jeito para que a magia aconteça de novo?
P. 17
Tenho certeza que eles não imaginavam que conseguiriam de fato ir para Nárnia, mas Aslam os chamou, que é a única maneira de chegar lá. Enquanto Eustáquio estava encantado por estar de volta, Jill tentava absorver toda a beleza do lugar, completamente diferente de onde mora e estuda, um lugar onde o Sol brilha ainda mais, as cores são mais vivas e tudo parece ter vida.

Acontece que Aslam chamou os garotos para Nárnia pois eles precisam encontrar o filho do rei Caspian X, desaparecido há dez anos. Perceberam? Pois, enquanto passou um ano para Eustáquio na Inglaterra, em Nárnia se passaram décadas e Caspian está idoso e seu sonho é reencontrar Rillian antes de morrer. Por isso, no momento em que as crianças chegaram em Nárnia viram um navio partir do cais, só não sabiam então do que se tratava.
— (...) Por mais estranhos que sejam os acontecimentos, de maneira alguma deixe de obedecer aos sinais. Em segundo lugar, aviso-a de que falei, aqui na montanha, com a maior clareza: não o farei sempre em Nárnia. O ar aqui na montanha é limpo, e aqui o seu espírito também é limpo; em Nárnia, o ar será mais pesado. Cuidado para que o ar pesado não confunda seu espírito.
P. 31
Com a missão dada por Aslam, as crianças seguem para a jornada de busca pelo príncipe, mas que também se torna uma jornada de conhecimento de si mesmos e de respeito pelo outro, afinal, por mais que Jill e Eustáquio se conheçam da escola, eles não conviviam, não sabiam dos medos uns do outro e além deles ainda tem o terceiro integrante dessa equipe, o paulama Brejeiro, que, sendo um narniano, conhece boa parte do caminho que precisarão percorrer.

Eu adorei Brejeiro, um personagem incrível e pé no chão e que, quando as crianças pareciam fraquejar, estava ali, atento às orientações de Aslam, mostrando como muitas vezes é complicado seguir o caminho certo quando passamos por adversidades.
— (...) Somos apenas uns bebezinhos brincando, se é que a senhora tem razão, dona. Mas quatro crianças brincando podem construir um mundo de brinquedo que dá de dez a zero no seu mundo real. Por isso é que prefiro o mundo de brinquedo. Estou do lado de Aslam, mesmo que não haja Aslam. Quero viver como um narniano, mesmo que Nárnia não exista.
P. 159-160
 A Cadeira de Prata traz uma jornada que nos leva mais próximo do fim. Sendo o penúltimo livro, terminei a leitura já com aquela sensação quando uma série está terminando: feliz e triste ao mesmo tempo. Mais uma vez a mensagem que C.S. Lewis passa é brilhante através de sua fantasia e deixa sempre o gostinho de quero-mais. Então, que venha A Última Batalha.

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Comentários
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2 comentários:

  1. Mesmo que já tenha visto os filmes lançados, As Crônicas de Nárnia é minha saga favorita no mundo.
    Por isso, morro de vontade ler todos os livros já lançados e entrar novamente neste enredo.
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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    1. Verdade, Angela! Eu comecei a reler para incentivar minha irmã, mas me enrolei toda com os livros da parceria, ela terminou de ler os sete livros (uhuuuuu) e eu ainda falto reler o último. Além de que, não tem filme de todas as histórias, o próximo que fariam era deste, mas... enfim, poderiam fazer uma série animada <3.

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