Ficha Técnica
Título: Uni-Duni-TêTítulo Original: Eeny Meeny
Autor: M. J. Arlidge
ISBN: 978-85-01-10526-4
Páginas: 321
Ano: 2016
Tradutor: Maurette Brandt
Editora: Record
Um assassino está à solta. Sua mente doentia criou um jogo macabro no qual duas pessoas são submetidas a uma situação extrema: viver ou morrer. Só um deverá sobreviver. Um jovem casal acorda sem saber onde está. Amy e Sam foram dopados, capturados, presos e privados de água e comida. E não há como escapar. De repente, um celular toca com uma mensagem que diz que no chão há uma arma, carregada com uma única bala. Juntos, eles precisam decidir quem morre e quem sobrevive. Em poucos dias, outros pares de vítimas são sequestrados e confrontados com esta terrível escolha. À frente da investigação está a detetive Helen Grace, que, na tentativa de descobrir a identidade desse misterioso e cruel serial killer, é obrigada a encarar seus próprios demônios. Em uma trama violenta que traz à tona o pior da natureza humana, Grace percebe que a chave para resolver este enigma está nos sobreviventes. E ela precisa correr contra o tempo, antes que mais inocentes morram.
Resenha
Amy e Sam pegam carona em uma estrada deserta e acabam dopados pelo motorista. Horas depois, eles acordam dentro de uma piscina vazia, ao lado de um celular e uma pistola. Quando o telefone toca e Amy o atende, uma voz lhe diz que para sair viva dali, ela precisará matar o seu namorado. Este será somente o primeiro movimento de um serial killer que está à solta na cidade, e com seus joguinhos mentais, ele colocará a polícia em sua cola, porém não será fácil compreender sua linha de raciocínio.
–Você quer viver?“Uni-Duni-Tê” é um thriller bem diferente, e me conquistou desde a primeira página. Com uma construção narrativa peculiar, o autor M. J. Arlidge faz sua estreia literária com bastante ousadia. Decidindo escrever em terceira pessoa (com passagens em primeira), Arlidge optou por deixar seus capítulos bem curtinhos – muitos deles com apenas uma página –, e além disso, o autor escreve acompanhando os passos de diversas personagens: da detetive Helen, das várias vítimas, dos policiais e também do serial killer. Não tem como não terminar um curto capítulo e não dizer: só mais um. Quando você vê, já leu o livro todo.
– Quem é você? O que fez com a gen…
– Você quer viver?
Por um momento, não consigo responder. Minha língua não se move. Mas, logo depois…
– Quero.
– No chão, ao lado do celular, tem uma pistola. Está carregada com uma única bala. Para Sam ou para você. Este é o preço da sua liberdade. Para viver, precisa matar. Você quer viver, Amy?
P. 06
Uma coisa que achei bastante interessante foi a escolha de apresentar de uma forma misteriosa o assassino desde cedo. O leitor, mesmo não sabendo de sua identidade até as páginas finais, acaba tendo um vislumbre dos motivos do mesmo estar fazendo tais atrocidades, chegando até gerar um pouco de empatia durante determinado momento. E tenho que admitir, o assassino é sagaz, diferenciado e extremamente determinado, e apesar de sua crueldade, não há como não admitir sua inteligência.
[...] Enquanto ainda estivesse lá dentro, era uma vítima. A partir do momento em que pusesse o pé do lado de fora, seria uma assassina.Ao mesmo tempo em que os rápidos capítulos dão fluidez para a leitura, o mesmo é responsável por dar agilidade nos acontecimentos finais da obra, porém, eu não sei se foi pela técnica utilizada, ou se foi problema de narrativa mesmo, mas deu a impressão que as coisas ficaram um pouco corridas. O autor poderia ter continuado com os trechos curtos, mas deveria ter trabalhado o desfecho para que ele não terminasse exatamente na explosão, sem muitas explicações posteriores. Acredito eu, que Arlidge fez isso porque pensa em continuar escrevendo livros sobre a detetive Helen Grace, e se for o caso, o final faz todo sentido.
Mas que opção lhe restava? Para viver, precisava aceitar seu crime. [...]
P. 162
“Uni-Duni-Tê” é um livro para os fãs de policial, mas, devido a sua construção diferenciada, não sei se o mesmo irá agradar à todos. Eu particularmente gostei muito da leitura, e não consegui largar o livro até chegar no capítulo final. A atmosfera à la “Jogos Mortais” (2004) em seus tempos áureos, ajudou bastante também. Sinceramente, acho que o autor M. J. Arlidge começou sua carreira com o pé direito, e estou torcendo para que ele continue investindo neste mesmo universo.
[...] – Por ser tão sagaz, muito organizada e, no entanto, tão difícil de compreender. Como escolhe suas vítimas? E por quê? Será que odeia as duas pessoas que sequestra ou apenas uma delas? Como consegue prever o resultado? Será que para ela importa quem vive ou quem morre? [...]Compare e Compre
P. 177
Uaaau, coloca diferente nisso hein!
ResponderExcluirPela resenha, percebi que o livro não é clichê e traz varias coisas legais no decorrer da leitura.
Nunca li um livro policial tão legal quanto esse, pelo menos é o que a sinopse apresenta. Fiquei bem curiosa e com vontade de ler .
Beijos
Tácio!
ResponderExcluirPois é... já umas 3 resenhas desse livro que detonaram o autor, acharam que era um livro fraco para ser um suspense policial.
O jeito vai ser ler, porque além de gostar do estilo, fiquei curiosa com a diversidade das opiniões e quero tirar minhas próprias conclusões.
“A simplicidade representa o último degrau da sabedoria.” (Arthur Schopenhauer)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
TOP Comentarista de OUTUBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!
Todos os livros poderiam ser assim,diferentes e criativos. Gostei bastante da resenha e fiquei com vontade de colocar ele na minha wishlist.
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