20 outubro, 2016

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[Resenha] Ilustre Poesia - Pedro Gabriel

Ficha Técnica

Título: Ilustre Poesia 
Autor: Pedro Gabriel
ISBN: 978-85-510-0062-5 
Páginas: 224
Ano: 2016
Editora: Intrínseca  
70Antônio é um personagem de um romance que ainda está para ser escrito e que, entre um chope e outro, despeja frases e desenhos em guardanapos no bar que frequenta. Pedro Gabriel é autor da página Eu me chamo Antônio, no Facebook e no Instagram, que reúne as divagações e os rabiscos de seu alter ego. Antônio pertence à ficção e conquistou mais de 1 milhão de seguidores na internet. Pedro, por sua vez, consolidou seu espaço na literatura com dois best-sellers: Eu me chamo Antônio (2013) e Segundo (2014). Em Ilustre Poesia, seu terceiro livro, fantasia e realidade colidem. Criador e criatura dialogam por meio de palavras e ilustrações. Desta vez, Antônio procura escapulir do confinamento nos quadradinhos de papel dos guardanapos e ganhar a liberdade. Ao mesmo tempo, Pedro Gabriel explora galáxias, as profundezas do mar e os confins da terra em textos de prosa poética que podem ser lidos como uma espécie de correspondência com o personagem. O senso de humor, a irreverência e o gosto pelos trocadilhos são compartilhados pelo personagem e seu poeta. A relação entre Pedro Gabriel e Antônio começou há quatro anos no balcão do Café Lamas, um dos mais tradicionais do Rio de Janeiro. Pedro costumava passar as noites tomando chope e escrevendo em guardanapos com caneta hidrográfica. Um belo dia, ocorreu-lhe a ideia de fotografar suas criações e compartilhá-las no Facebook. O sucesso foi imediato. Em poucos meses, ele havia se transformado numa verdadeira celebridade da internet.

Resenha


SELO_BLOGSPARCEIROS_2016Desde que conheci o trabalho do Pedro Gabriel eu só me encanto cada vez mais. Depois do sucesso em sua página no Facebook, Pedro lançou seu primeiro livro em 2013, Eu me Chamo Antônio. Em 2014 tivemos Segundo - Eu me Chamo Antônio e depois de um tempinho só curtindo seus guardanapos nas redes sociais e alguns de seus textos na coluna que possui no blog da Intrínseca, 2016 trouxe a grata surpresa que foi Ilustre Poesia. Em uma de suas colunas, o Pedro falou um pouco sobre o processo de criação do livro, que teve como motivação uma pergunta: Para onde vão nossos silêncios quando deixamos de dizer o que sentimos?

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Dividindo o livro em três partes, cada uma tem suas particularidades, emoções e diálogo entre Pedro e o Antônio, o personagem.
Eu nasci no bar.
E na alma do meu criador.
Preso neste guardanapo em branco me tornei livre pra entornar o que sou.
Nesse livro, que "fala também de coragem e rancor" muitas vezes me vi representada em seus versos, em perguntas que me faço e muitas vezes não respondo.

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Em Ilustre Poesia, os guardanapos ficaram pequenos para expressar tudo que é necessário, e vemos uma mistura de palavras, ilustrações e textos, o que eu particularmente amei.
Por isso é necessário usar os olhos da imaginação, interagir com a inconsciência e dialogar com o inexplicável. Quem acredita só no que vê não dá espaço para a sua ilustre poesia.
P. 43
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Estar longe - e permanecer ligado por uma mesma energia - não é ser distante. É ser saudade, Antônio. É ser saudade. Feito as estrelas, também estamos em estado permanente de saudade... À espera de uma nova colisão.
P. 49
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A cada novo verso Antônio passa por diversos sentimentos e nos leva com ele para desbravá-los também.
Acostumar-se virou sinônimo de ignorar. Deveria ser o contrário, Antônio. Acostumar-se deveria ser encantar-se mais e mais e mais e mais e mais. Muitos de nós encaramos o outro como o Sol: uma potência vital, mas fácil de encontrar pelo mundo. Sua importância pode ficar para depois. Afinal, só engrandecemos o que não temos. Só admiramos o que tememos. Só enaltecemos o que nos falta. Um dia, sentiremos falta do Sol. Um dia, sentiremos falta do outro.
P. 67

Quando não conseguimos mais conter o que sentimos, a poesia nos faz transbordar. Quando choramos, revelamos o que não cabemos mais em nós. Lágrimas é excesso de saudade. (...) Criar é exceder-se. Palavra é excesso de silêncio. A poesia é o que nos permite abandonar o corpo por alguns momentos e provar eternamente que também somos alma. Alma e mistério, Antônio.
P. 136-137
Além de cada palavra expressa que amei, tenho que dizer que o último texto para mim foi particularmente interessante, um desfecho inesperado. 

Para quem já conhece o trabalho do Pedro, nem preciso dizer que está cada dia melhor, para quem curte o gênero, não pode deixar de conhecer Ilustre Poesia e os outros livros do Pedro, tenho certeza de que não irão se arrepender.
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Comentários
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5 comentários:

  1. Uau Lay, que livro legal hein..
    Eu adoro esse estilo de leitura, acho que deixa a gente em outra dimensão, outro sentimento, entende?
    Acho que mexe muito com a alma , alem de ser uma delicia de ler.
    Gostei do preto e do branco do livro de poesias, ficou bonito.
    Beijos

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    1. É uma experiência única ler os livros do Pedro, Bruna. São de uma leveza e ao mesmo tempo uma profundidade de entendimento do ser humano, que quando se termina o livro a gente não se importa em ler de novo, de novo e de novo.

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  2. Lay!
    Uma pena não ter lido nada ainda do Pedro, mas sempre tive muita curiosidade porque os poemas/livros dele me parecem bem diferentes e lúdicos e facilitam o entendimento e a leitura.
    “A simplicidade representa o último degrau da sabedoria.” (Arthur Schopenhauer)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de OUTUBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!

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    1. Leia Rudy, você vai amar os textos do Pedro, tenho certeza absoluta!!!
      Beijinhos

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  3. Sinceramente nao me interesso muito pelo tipo de livro que ele escreve,mas o livro em si tem seus atrativos. O autor parece bem fofo! Parabéns pela resenha <3

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