Ficha Técnica
Título: Ilustre PoesiaAutor: Pedro Gabriel
ISBN: 978-85-510-0062-5
Páginas: 224
Ano: 2016
Editora: Intrínseca
Antônio é um personagem de um romance que ainda está para ser escrito e que, entre um chope e outro, despeja frases e desenhos em guardanapos no bar que frequenta. Pedro Gabriel é autor da página Eu me chamo Antônio, no Facebook e no Instagram, que reúne as divagações e os rabiscos de seu alter ego. Antônio pertence à ficção e conquistou mais de 1 milhão de seguidores na internet. Pedro, por sua vez, consolidou seu espaço na literatura com dois best-sellers: Eu me chamo Antônio (2013) e Segundo (2014). Em Ilustre Poesia, seu terceiro livro, fantasia e realidade colidem. Criador e criatura dialogam por meio de palavras e ilustrações. Desta vez, Antônio procura escapulir do confinamento nos quadradinhos de papel dos guardanapos e ganhar a liberdade. Ao mesmo tempo, Pedro Gabriel explora galáxias, as profundezas do mar e os confins da terra em textos de prosa poética que podem ser lidos como uma espécie de correspondência com o personagem. O senso de humor, a irreverência e o gosto pelos trocadilhos são compartilhados pelo personagem e seu poeta. A relação entre Pedro Gabriel e Antônio começou há quatro anos no balcão do Café Lamas, um dos mais tradicionais do Rio de Janeiro. Pedro costumava passar as noites tomando chope e escrevendo em guardanapos com caneta hidrográfica. Um belo dia, ocorreu-lhe a ideia de fotografar suas criações e compartilhá-las no Facebook. O sucesso foi imediato. Em poucos meses, ele havia se transformado numa verdadeira celebridade da internet.
Resenha
Dividindo o livro em três partes, cada uma tem suas particularidades, emoções e diálogo entre Pedro e o Antônio, o personagem.
Eu nasci no bar.Nesse livro, que "fala também de coragem e rancor" muitas vezes me vi representada em seus versos, em perguntas que me faço e muitas vezes não respondo.
E na alma do meu criador.
Preso neste guardanapo em branco me tornei livre pra entornar o que sou.
Em Ilustre Poesia, os guardanapos ficaram pequenos para expressar tudo que é necessário, e vemos uma mistura de palavras, ilustrações e textos, o que eu particularmente amei.
Por isso é necessário usar os olhos da imaginação, interagir com a inconsciência e dialogar com o inexplicável. Quem acredita só no que vê não dá espaço para a sua ilustre poesia.
P. 43
Estar longe - e permanecer ligado por uma mesma energia - não é ser distante. É ser saudade, Antônio. É ser saudade. Feito as estrelas, também estamos em estado permanente de saudade... À espera de uma nova colisão.
P. 49
A cada novo verso Antônio passa por diversos sentimentos e nos leva com ele para desbravá-los também.
Acostumar-se virou sinônimo de ignorar. Deveria ser o contrário, Antônio. Acostumar-se deveria ser encantar-se mais e mais e mais e mais e mais. Muitos de nós encaramos o outro como o Sol: uma potência vital, mas fácil de encontrar pelo mundo. Sua importância pode ficar para depois. Afinal, só engrandecemos o que não temos. Só admiramos o que tememos. Só enaltecemos o que nos falta. Um dia, sentiremos falta do Sol. Um dia, sentiremos falta do outro.
P. 67
Quando não conseguimos mais conter o que sentimos, a poesia nos faz transbordar. Quando choramos, revelamos o que não cabemos mais em nós. Lágrimas é excesso de saudade. (...) Criar é exceder-se. Palavra é excesso de silêncio. A poesia é o que nos permite abandonar o corpo por alguns momentos e provar eternamente que também somos alma. Alma e mistério, Antônio.
P. 136-137
Além de cada palavra expressa que amei, tenho que dizer que o último texto para mim foi particularmente interessante, um desfecho inesperado.
Para quem já conhece o trabalho do Pedro, nem preciso dizer que está cada dia melhor, para quem curte o gênero, não pode deixar de conhecer Ilustre Poesia e os outros livros do Pedro, tenho certeza de que não irão se arrepender.
Uau Lay, que livro legal hein..
ResponderExcluirEu adoro esse estilo de leitura, acho que deixa a gente em outra dimensão, outro sentimento, entende?
Acho que mexe muito com a alma , alem de ser uma delicia de ler.
Gostei do preto e do branco do livro de poesias, ficou bonito.
Beijos
É uma experiência única ler os livros do Pedro, Bruna. São de uma leveza e ao mesmo tempo uma profundidade de entendimento do ser humano, que quando se termina o livro a gente não se importa em ler de novo, de novo e de novo.
ExcluirLay!
ResponderExcluirUma pena não ter lido nada ainda do Pedro, mas sempre tive muita curiosidade porque os poemas/livros dele me parecem bem diferentes e lúdicos e facilitam o entendimento e a leitura.
“A simplicidade representa o último degrau da sabedoria.” (Arthur Schopenhauer)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
TOP Comentarista de OUTUBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!
Leia Rudy, você vai amar os textos do Pedro, tenho certeza absoluta!!!
ExcluirBeijinhos
Sinceramente nao me interesso muito pelo tipo de livro que ele escreve,mas o livro em si tem seus atrativos. O autor parece bem fofo! Parabéns pela resenha <3
ResponderExcluir