11 agosto, 2014


[Conhecendo o Autor] Lu Piras



Olá leitores do blog De Tudo um Pouquinho!

É com muita alegria que escrevo hoje pra vocês nesse espaço acolhedor da blogosfera, que abriga essa coluna superespecial privilegiando os autores nacionais. Começo agradecendo a Lay pelo convite e pela paciência de esperar que eu regressasse de uma viagem e me reorganizasse.

Para mim, ser escritor é uma necessidade. E eu a conheço desde que me entendo por gente. Quando criança tinha muita imaginação para inventar e contar histórias para o meu irmão mais novo. Eu adorava criar personagens a partir de características de colegas da escola e, em vez de relatar a verdade dos acontecimentos nos meus diários juvenis, eu preferia escrever o que me parecia mais emocionante e divertido de ler. Apenas eu, é claro, saberia que tudo não passava de uma grande “mentirinha”, mas a ficção sempre foi mais entusiasmante para mim do que a vida real. Pelo menos, nos meus diários. Romancear a realidade se tornou uma necessidade quando eu completei quinze anos e assisti ao filme Lendas da Paixão. Com o toca-fitas da trilha sonora do filme ao lado da minha máquina de escrever Olivetti, em um súbito momento de inspiração, fui tomada pela ideia de escrever um romance de época que contasse a história de duas famílias, tendo a Guerra da Crimeia como pano de fundo.

Eu sempre gostei de ler e, por pertencer a uma família de artistas (meu pai é artista plástico e um artista das palavras. Meu irmão, também pintor, se formou em Belas Artes), sempre me interessei por toda forma de expressão artística. No entanto, escrever profissionalmente nunca fez parte dos meus planos. Eu nem sabia que poderia me tornar uma escritora. Ser escritor, para mim, era ser bem mais velho. E eu ainda tinha quinze anos e um manuscrito de cem páginas ao qual dei o nome de “A Rosa”. Ele foi parar em um baú no meu quarto. Um dia decidi me tornar advogada e, mesmo descobrindo que não era a minha vocação, me formei e trabalhei na área durante alguns anos. A literatura voltou a me chamar aos trinta anos. E, dessa vez, o chamado foi ouvido. Dessa vez, eu já estava bem mais velha. Mas meus sonhos não. Eles não envelheceram um ano sequer.

Minha inspiração chegou numa tarde de shopping. Estava eu em uma livraria, passeando pela seção de artes, quando a capa de um livro me chamou a atenção. O livro de esculturas de Antônio Canova trazia a estátua Eros & Psiquê na capa. A história desse mito sempre foi uma das minhas preferidas. Cheguei em casa com o celular repleto de anotações. Ideias surgiam a todo o instante, me provocando uma ânsia desmedida. Só sosseguei quando passei todas as anotações para o caderno. Eu havia começado um brainstorm e só me dei conta quando batizei o meu Eros e a minha Psiquê. Eles se tornaram o anjo da guarda Nath-Aniel (Nate) e a humana Clara, protagonistas de Equinócio, uma série dividida em quatro livros, que alcançou duas mil páginas escritas em sete meses.

Desse momento em diante, motivada por uma grande amiga, decidi procurar uma editora que apostasse na história. Muitas cartas pró-forma negativas depois, montei um blog, criei uma conta no facebook e no twitter e descobri o abaixo-assinado virtual. Juntei assinaturas e mobilizei a blogosfera literária em apoio à publicação de Equinócio – A Primavera, o primeiro livro da série. Deu resultado. Em dezembro de 2010 uma editora me telefonou interessada no manuscrito. O livro foi publicado pela Dracaena em julho de 2011. 

Desde então a carreira de escritora vem tomando conta da minha vida. A continuação, Polaris – o Norte, foi publicada no ano seguinte pela mesma editora do primeiro livro. A Última Nota, um romance escrito em coautoria com Felipe Colbert, foi publicado pela Novo Século, no final de 2012. Muitos amigos, leitores e fãs me conheceram através da série Equinócio. A grande maioria deles. O meu círculo de amizades nas redes virtuais e fora delas cresce todos os dias e graças à literatura. Embora de tiragem pequena, Equinócio – a Primavera me abriu muitas portas. E a maior delas, orgulho-me de hoje chamar de “casa”.

A Editora Novo Conceito, a minha casa, me acolheu em seu rol de autores nacionais do selo Novas Páginas ao publicar meu último romance, Um Herói Para Ela, neste ano de 2014. Essa conquista é minha, é da Lay, é de vocês, os leitores que incentivam a literatura nacional ao divulgar-nos, ler-nos, participar dos nossos eventos, lotar as feiras literárias Brasil afora. Somos todos um só. Mas esse campeonato, ao contrário do futebolístico, já está ganho. A literatura nacional nunca esteve tão renovada e forte. Nosso time de autores topa qualquer partida. Porque o importante não é o resultado das vendas, mas o amor que temos pelo que fazemos.

Foi o amor que me trouxe aqui. O amor que é traduzido na necessidade de escrever livros, o amor que os leitores têm pelos meus livros. Isso é o que me fortalece, inspira e motiva. E prova disso é a continuação de A Última Nota, que estou escrevendo agora com o Felipe Colbert, a pedido dos leitores. É a mais nova história que irei compartilhar com vocês.

Agora um recadinho: Quem quiser me conhecer pessoalmente, estarei na Bienal do Livro de São Paulo todos os dias. Minha sessão de autógrafos oficial será no dia 30/08, sábado, no estande da Novo Conceito. E no dia 26/08, terça-feira, haverá um bate-papo bem legal comigo e com o Felipe sobre o gênero fantasia-distopia. Quem não puder estar lá, me encontra todos os dias nas redes sociais. Eu não desligo nunca. Vivo pelos livros. E espero por vocês!

♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

Curtiram conhecer um pouco mais a Lu? Pois quem tiver a chance de ir à Bienal de São Paulo, não perca a chance de conhecê-la pessoalmente, eu mesma já me garanti!
Aqui no blog já tem resenha de Um Herói Para Ela, e vamos esperar que em breve tenhamos resenhas de outros livros da Lu, né?!

Beijos e até a próxima!!!
Comentários
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9 comentários:

  1. Oi Layane, já tinha ouvido falar da Lu Piras, mas não conhecia o trabalho dela. É por isso que eu gosto tanto dessa coluna, assim podemos conhecer novos autores e novas obras, e ficar sabendo mais dos autores que a gente já conhece... Quem me dera eu pudesse ir na Bienal, e conhecer pessoalmente ela e outros autores... Adorei a matéria! ;))

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  2. a Lu tem uma beleza que emana dela, uma gentileza! pela sua história familiar ela só podia ser artista mesmo! uma artista das palavras!
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  3. Eu não vou pra Bienal do Livro :(, qualquer autor que possui livros publicados pela Nova Conceito... Pode ter certeza que o autor é ótimo. Parabéns, Lu, muito sucesso nesta carreira que admiro muito.

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  4. Eu nao posso dizer que conheço sobre a obra dela porque ainda nao li, mas a capa que a novo conceito fez ficou tao linda que ele esta na minha lista de proximos livros (bem em cima na lista)... me apaixonei muito pela capa *-* Adorei a entrevista, parabens e que tenha ainda mais sucesso :D

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  5. Não conhece infelizmente sinceramente adoria conhece parece e tenho certeza que e fantatica ! Ansiosa de quem sabe um dia terei um oportunidade de conhece-la

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  6. Estou com A última nota para ler e não sabia que era dessa autora, até que ela escreveu... que história! Quanta dedicação e luta, o bom é que compensou. Parabéns!

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  7. Oi Lay,
    Amei conhecer um pouquinho da Lu, o mais bacana é que para ela escrever é uma necessidade e ela escreve por amor, ainda bem, como ela mesma disse, os autores nacionais estão despontando. Parabéns Lu! Que cada vez mais pessoas possam ler sua obras.
    Beijocas ^^

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  8. Oie...
    Não conhecia a autora, mas fiquei muito feliz de poder conhecê-la e também a sua obra.
    Gostei muito da capa e espero poder ler o livro em breve.

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  9. Já conhecia o livro Equinócio (por resenhas) e sempre tive vontade de lê-lo... A última nota eu tenho mais ainda não li... Os autores nacionais tem crescido muito no meio literário de uns tempos para cá... O que falta somos nós leitores darmos uma chance para o que vem daqui e conhecermos ótimas histórias... Parabéns Lu Piras...

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