25 junho, 2022


[Resenha] Resistindo a um Libertino - Aline Sant'Ana


Ficha Técnica 

Título: Resistindo a um Libertino
Autor: Aline Sant'Ana
ISBN: 978-65-5933-025-6
Páginas: 312
Ano: 2021
Editora: Charme
Em uma reviravolta do destino, Matthieu se transformou no oitavo duque de Saint-Zurie, um título que nunca desejou ter.
Era livre, um homem cheio de vida, que secretamente preferia a burguesia, se tivesse escolha. Ainda que seu sangue azul e nome falassem mais alto, não se sentia apto a assumir todas as responsabilidades de um ducado.
Inclusive, casar-se com uma dama…
Apenas a menção da ideia já o deixava tonto. Prender-se a alguém, ainda que fosse de comum acordo, parecia tão irreal quanto o céu cair sobre sua cabeça.
Mas, no momento em que conheceu Lady Hawthorn…
Parecia certo cortejá-la. Poderia casar-se com a dama em questão, ao menos por aparências. Entretanto, o que pareceu ser um enlace simples e perfeito para Matthieu se tornou um jogo complexo, quando Lady Hawthorn negou qualquer tentativa de tornar-se sua esposa.
O que ela queria de Saint-Zurie não era o seu título, nem a sua fortuna, mas o prazer de sua companhia.
Até que ponto você conseguiria resistir a um duque determinado a conseguir o que quer?
Sejam bem-vindos à sociedade francesa do século XIX. Aqui, muito mais do que lidar com bailes, segredos e aristocracia, é necessário ter um coração preparado para não se apaixonar.

Resenha


Adoro os livros da Aline, como ela nos envolve em suas histórias e, lendo seu primeiro romance de época devo dizer que mais uma vez ela foi incrível.

Lady Gwendolyn Hawthorn é viúva de um barão inglês e, desde a morte do marido, foi morar em Verrières, na França, na casa de uma amiga de sua mãe, a marquesa de Lussac, a quem considera como uma segunda mãe. Gwen viu os pais terem um casamento baseado no amor e ansiou por isso também, mas o pai negociou seu casamento com um barão muitos anos mais velho do que ela apenas por que era financeiramente favorável. Embora isso fosse uma prática comum, ela acreditava que teria a chance de opinar sobre o seu futuro. Ledo engano… Entretanto, ainda que o casamento não tivesse amor, Gwen não sofreu no início, mas, com um ano de relacionamento, seus pais morreram em um curto espaço de tempo e logo lorde Hawthorn mostrou sua verdadeira face. Por isso, seguindo o conselho que a mãe deu em seu leito de morte, assim que ficou viúva, não esperou para ver se teria direito a alguma coisa, partiu imediatamente para a França.

Na propriedade de Isabel, Gwen pode ser ela mesma, cuidar de suas plantas, viver sua vida e, mesmo sendo jovem, ela não pretende se casar novamente. As provações do primeiro casamento foram muitas para se arriscar mais uma vez, mesmo que um belo homem sem camisa caia do telhado da cozinha.
Inferno, ainda não havia descoberto o que era exatamente, porém seu coração queria dançar, como na valsa, toda vez que pensava nela. Foi assim há oito anos. E era assim agora.
Queria tê-la ao menos uma vez.
Certamente, só teria paz quando o fizesse.
Página 51-52
Matthieu Louis Étienne D'Auvray gosta de viver livremente e aproveitar a vida e as mulheres ao máximo, mesmo as casadas. Foi por isso que sua última aventura fez com que tivesse que fugir de um marido furioso e o levasse ao telhado e a consequente queda na cozinha da marquesa de Lussac. Embora a senhora não estivesse, a dama que providenciou que o médico fosse chamado — mesmo no estado que ele estava — chamou sua atenção, mas ele não deveria se envolver com ela se não desejava nada sério. E assim, oito anos separam nossa história.
— A senhora não disse a palavra não ainda, estava decidindo. — Ele fez uma pausa e, para a surpresa de Gwen, o canto direito de seu lábio se ergueu, despontando uma covinha. — Aliás, pode me dizer quantos “não” desejar, porque, enquanto seus olhos estiverem dizendo “sim”, isso só me motivará mais.
Página 57
Por muita insistência da amiga, Gwen passará a temporada em Paris, onde elas frequentarão diversos bailes, afinal, como Isabel insiste em lembrar, Gwen tem apenas vinte e sete anos, então, mesmo que não deseje se casar, deveria ao menos se divertir, dançar, ser vista. E ela será vista por ninguém menos que o duque de Saint-Zurie, o homem que caiu do telhado da cozinha oito anos atrás e povoou os pensamento de Gwen por um bom tempo — certamente mais do que ela gostaria de admitir.
Então, beijou-a com o desespero de um homem que, pela primeira vez, desejou algo que não poderia ter, além de sua própria liberdade.
Ele a beijou como se implorasse que nunca o deixasse se casar com outra.
Página 122
Em oito anos muita coisa mudou na vida de Matthieu, ele precisou deixar o libertino de lado para assumir o papel de duque e não foi de uma maneira fácil, mas se algo precisa ser feito, os D'Auvray fazem. E a missão do momento — da qual ele foge há anos e esperava fugir pelo menos até chegar aos quarenta anos e não encará-la aos trinta e três — é encontrar uma duquesa e reencontra lady Hawthorn e descobrir como tem coisas em comum com ela, a ideia de lhe fazer a corte passa a fazer muito sentido. O problema é que Gwen logo diz que não tem qualquer interesse em casamento. Nem com ele nem com qualquer outro. Mas que podem passar um período juntos. E é aí que mora o perigo porque, quanto mas eles se conhecem, mais percebem que seriam ótimos juntos, entretanto, ambos têm medo do casamento, do desconhecido — eles só não sabem que já estão apaixonados um pelo outro.
— Esqueça o casamento, Jackson. — Matthieu encontrou a cartola e a enfiou na cabeça. — Ela não me aceitará mesmo que eu seja o último homem do mundo. Eu vejo a liberdade dançar nas veias daquela madame. Jamais seria o responsável por tirar a única coisa que pertence a ela e a mais ninguém. Entenda a dualidade: eu a quero, mas nunca poderei tê-la.
Página 125
Enquanto vamos passando pelos capítulos, descobrimos quem cede primeiro — mas não vou contar hahaha —, como o relacionamento se constrói e, quando tudo parece caminhar para o final feliz ainda faltam tantas páginas que é óbvio que tinha de acontecer alguma coisa, não é mesmo? Nossa, meu coração! Outra coisa que adorei foi o fato de ver características de Zane e Shane em Matthieu, Léonard e na duquesa-viúva, uma vez que são ancestrais deles.

Será que eu gostei, gente?



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