05 fevereiro, 2022


[Resenha] O Café da Praia - Lucy Diamond

Ficha Técnica 

Título: O Café da Praia
Título Original: The Beach Café
Autor: Lucy Diamond
ISBN: 978-85-306-0037-2
Páginas: 336
Ano: 2019
Tradutor: Vera Ribeiro
Editora: Arqueiro
Em uma praia paradisíaca, Evie Flynn tem a chance de começar do zero…
Evie sempre foi a ovelha negra da família: sonhadora e impulsiva, o oposto das irmãs mais velhas bem-sucedidas. Tentou fazer carreira como atriz, fotógrafa e cantora, mas nada deu muito certo. Às vezes, ao pular de um trabalho para outro, ela tem a sensação de que lhe falta um propósito.
Quando sua tia preferida morre em um acidente de carro, Evie recebe uma herança inesperada, um café na beira da praia na Cornualha. Empolgada com a oportunidade de mudar de vida, ela decide se mudar para lá, mas logo descobre que nem tudo são flores: os funcionários não são dos melhores e o local está caindo aos pedaços. Tudo bem diferente dos tempos em que passava as férias de verão com a tia.
Apesar das dificuldades, pela primeira vez Evie está determinada a ter sucesso. Ao lutar pelo café, ela busca secretamente dar um novo rumo à sua vida e, assim, pode acabar conquistando bem mais do que esperava no trabalho… e também no amor.

Resenha


Neste segundo romance que leio da Lucy Diamond, conheceremos Evie Flynn, uma mulher de trinta e dois anos, a caçula e considerada a rebelde da família desde a infância apenas por pensar e agir diferente de suas irmãs aparentemente perfeitas.

As gêmeas Ruth e Louise — irmãs mais velhas de Evie — sempre seguiram o script: Ruth era a boazinha, certinha, Louise, a inteligente. Elas eram casadas. Ambas tinham empregos fixos, dois filhos perfeitos, maridos ótimos. Então, o fato de Evie passar de um emprego temporário para outro enquanto não sabia se queria ser fotógrafa, atriz ou o que quer que fosse parecia ser um insulto a elas e aos pais, consequentemente.

Há cinco anos Evie namorava com Matthew, um cara que era absolutamente diferente dela, um cara que gostava de planejar tudo e a incentivava a agir da mesma forma. Claro que a família dela o adorava — talvez mais do que ela mesma —, mas será que, depois da paixão, o amor continuava ali? De toda forma, a vida de Evie foi literalmente sacudida quando soube da morte da tia Jo, a tia que tanto amara e que a incentivara a correr atrás de seus objetivos ao longo da vida. E mais: ela havia lhe deixado o Praia Café de herança.
— Acho que a morte tão repentina da sua tia me fez pensar na vida e no que é importante — continuou ela. — E uma coisa ficou clara: a vida é curta. Não dá para desperdiçá-la fazendo coisas de que não gosta.
P. 113
A questão é que Evie morava em Oxford com Matthew, assim como toda sua família, e o café ficava em Carrawen Bay, quatro horas de distância, de carro, e ela não fazia a menor ideia de como administrar um negócio, muito menos à distância e coloquem aí o agravante de que a família sempre esperava o fracasso vindo dela. Difícil, concordam? Pois é, confesso para vocês que o complicado nesse livro foi aturar a quantidade de personagens intragáveis, mas ainda bem que Lucy foi tirando eles da história porque a coitada da Evie tinha VÁRIOS no caminho dela. Só para dar um gostinho para vocês, passando no café para conversar com os funcionários, conhecê-los e tal, ela deu de cara com os três e a gente percebe logo que dois deles são péssimos e a gente sabe que, para um negócio funcionar sem o dono por perto, é necessário confiança, em primeiro lugar.
Um exemplo! Eu prezaria o que Isabelle dissera por muito, muito tempo, já sabia disso. Ser admirada por minha sobrinha era o melhor elogio que eu havia recebido em séculos.
P. 212
Ou seja, com uma sucessão de eventos, Evie se viu solteira, se mudando para passar o verão na Cornualha, tendo que arranjar um novo chefe para o café — sendo que ela é péssima na cozinha; já quase botou fogo na casa cozinhando UM OVO — pelo menos até decidir o que fará da sua vida.

Carrawen Bay é uma comunidade pequena e Jo tinha sido uma grande presença por ali. Acontece que, com a morte dela, a especulação sobre o que aconteceria com o local tonou a vida de Evie um pouco complicada com alguns moradores, mas ela passou tantos anos aguentando a família que acredito que ela já estava calejada. Até porque, ela também fez muitos amigos e, posteriormente, foi conquistando todos ao seu redor.

Diferente de A Casa dos Novos Começos, não achei a escrita devagar em O Café da Praia e o livro me prendeu desde o início, mas minha gente, a pobre da Evie passou por tantas que eu pensei que em algum momento ela ia sucumbir. Foi problema por cima de problema até o fim. Claro que houveram momentos felizes aqui e ali e a gente pensava: "ufa, agora vai", aí vinha alguma coisa. Mas, sinceramente, normalmente a vida é assim mesmo, né? A gente derrapa aqui, ali, mas vai seguindo da melhor maneira que pode, contando com os amigos, vendo algumas pessoas de maneiras diferente do que achávamos que elas eram
Lá estava eu, a donzela em perigo de novo, só que, dessa vez, não tinha precisado de um homem para me salvar. Dessa vez, o vilarejo inteiro havia corrido para me socorrer. Isso é que era comovente. Isso é que era de admirar. Ali estivera eu, fazia apenas uma hora, maldizendo a porcaria do meu azar, quando, na verdade, eu era a mulher mais sortuda do mundo, tendo ao meu redor essas pessoas incríveis, que souberam do meu infortúnio e vieram me ajudar.
P. 310

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