25 dezembro, 2021


[Resenha] Indomável - Julia Quinn

Ficha Técnica 

Título: Indomável
Título Original: Minx
Autor: Julia Quinn
ISBN: 978-65-5565-216-1
Páginas: 336
Ano: 2021
Tradutor: Ana Rodrigues
Editora: Arqueiro
Henrietta Barrett, que atende desde pequena pelo apelido de Henry, nunca seguiu as regras impostas pela sociedade. Prefere calças a vestidos e, em vez de frequentar chás e bailes e fazer aulas de artesanato, administra pessoalmente a propriedade de seu idoso tutor, localizada em um canto remoto da Cornualha.
Mas quando seu guardião morre, as terras que Henry tanto adora vão parar nas mãos de um primo distante, um homem que pode ameaçar a vida que está acostumada a levar e também o ganha-pão das pessoas que ela mais ama.
William Dunford, o solteiro mais esquivo de Londres, fica surpreso ao saber que herdou uma propriedade, um título… e uma pupila decidida a expulsá-lo o mais rápido possível da Cornualha.
Henry está determinada a continuar administrando Stannage Park sem a ajuda do novo lorde, embora o charme que ele exala quase a faça esquecer as próprias convicções. Mas Dunford tem certeza de que pode mudar as coisas para melhor, começando por sua pupila indomável.
Só que transformar Henry em uma dama faz com que ela se torne não apenas a queridinha da alta sociedade, mas também uma tentação irresistível para o homem que pensava que nunca seria conquistado…

Resenha


Finalizando a trilogia Damas Rebeldes, chegou o momento de encontrarmos um par à altura do bom partido William Dunford e, por ele, pelo melhor amigo Alex e pelas amigas Belle e Emma, o par precisaria estar no mesmo nível, mas como encontrar outra Belle em Londres? Trazer outra Emma dos Estados Unidos? Fato é que, não tendo um título que o obrigasse a casar, não havia razão para Dunford, com apenas vinte e nove anos, correr para o altar com qualquer uma, até porque ele estava bastante satisfeito com a vida de solteiro. Por que mudar?
— Ah, por favor — zombou Belle. — Aposto que em um ano você vai estar amarrado, acorrentado e adorando isso.
Arabella se recostou no assento com um sorriso de satisfação. Ao seu lado, John estremecia de tanto rir.
Dunford se inclinou para a frente e apoiou os cotovelos nos joelhos.
— Aceito a aposta. Quanto está disposta a perder?
— Quanto você está disposto a perder?
P. 08
Porém, outra parte de sua vida mudaria em breve: com a morte de um primo de oitavo grau ele herdou um baronato e tornou-se, lorde Stannage, e com ele veio uma propriedade na Cornualha.

Tendo vivido sempre em Londres, Dunford não fazia a menor ideia de como administrar uma propriedade no campo. Certamente, ele precisaria contratar alguém para o trabalho, mas ele nem imaginava que já havia essa pessoa em Stannage Park e que era Henrietta Barrett, sua tutelada. Melhor: ele nem sabia que tinha uma tutelada.

Assim que chegou em Stannage Park, Dunford percebeu como a propriedade era próspera e os poucos criados fizeram questão de informá-lo de que isso era mérito de Henry — quem quer que fosse Henry — o que já lhe deu esperança de que havia alguém para cuidar do lugar, mas quando um incidente faz com que Henry apareça, Dunford descobre que na verdade se trata de Henrietta, que prefere a chamem pelo apelido e veste-se diariamente com calças e camisas masculinas — que por sinal é assim que ela conhece seu novo tutor.

Henry ficou órfã  aos oito anos e desde então vive em Stannage Park, lugar pelo qual se apaixonou desde o início. Ela foi criada por Viola — prima da avó dela — e seu esposo Carlyle, mas quando estava com catorze anos, Viola faleceu e Carlyle entrou em uma tristeza profunda de tal forma que Henry, mesmo sendo tão jovem, assumiu às rédeas da administração de toda a propriedade, algo que fez nos últimos seis anos, até recente morte de Carlyle. Porém, a chegada de um novo barão traz a incerteza sobre o seu futuro: ela continuará em Stannage Park? Quais são os planos de seu tutor para ela? Ele permitirá que ela continue administrando tudo? O certo é que ela precisa convencê-lo de que a Cornualha não é lugar para alguém de Londres. Mas precisa fazer isso cautelosamente.

Entretanto, os planos de Henry começam a dar errado quando percebe que seu novo tutor não é um homem velho como imaginava com mais de cinquenta anos e sim alguém muito jovem, vigoroso e extremamente bonito, além de ter um sorriso avassalador. 

Durante as poucas semanas que passa em Stannage Park, é clara a conexão que Dunford e Henry têm, mesmo que ela comece tentando expulsá-lo de lá, afinal ele percebe o plano e reverte a situação a seu favor. Mas é apenas depois de mais de uma semana que ele descobre que Henry na verdade não é apenas uma jovem solteira que vive lá e cuida de tudo, ela é sua tutelada, sua responsabilidade, cabia a ele levá-la para Londres, dar a ela a oportunidade de conhecer outras pessoas, casar, ter uma família e não viver ali escondida sempre.
— Diga uma coisa, Hen. Se você é capaz de supervisionar duas dúzias de criados, cuidar de uma fazenda em atividade e construir um chiqueiro, pelo amor de Deus, por que acha que não estará à altura da tarefa de passar por uma temporada social em Londres?
— Porque eu sei fazer tudo isso que você citou! — explodiu ela. — Sei montar a cavalo, sei construir um chiqueiro e sei como administrar uma fazenda. Mas eu não sei ser uma dama!
P. 123
Mas em Londres, o que nós leitores já havíamos percebido quando eles estavam na Cornualha, fica muito mais evidente para nossos protagonistas e a questão é apenas de quem cederá primeiro, quem demonstrará seus sentimentos e iniciará um romance que já deveria ter ocorrido desde os capítulos iniciais tamanha era a sintonia entre eles.

Mas também em Londres teremos o reforço de Belle, John e Alex, uma vez que Emma está gravidíssima em Westonbirt, e todos logo percebem que o amigo está completamente apaixonado, e que é correspondido, o que não poderia ser melhor.
Pare, Henry — pediu Dunford. — Basta ser você mesma e vai ficar tudo bem, eu prometo.
Ela olhou para ele. Depois do que pareceu uma eternidade, assentiu e disse:
— Bem, se você está dizendo… Confio em você.
Dunford sentiu algo oscilar em seu âmago e voltar ao lugar enquanto encarava as profundezas prateadas dos olhos dela.
P. 165
Bem, como falei antes, eu gostei bastante de Esplêndida, mas quando cheguei em Brilhante fiquei um pouco frustrada, mas Indomável certamente foi o melhor dos três e talvez Dunford tenha um papel importantíssimo nisso pois ele foi um personagem que eu adorei desde o início e, vejam, ele é primo das Smythe-Smith, lembram delas e seus recitais sofríveis? Pois bem. Melhor dos três, sem dúvida, e foi a melhor maneira de encerrar a trilogia, adorei!
— Às vezes, Hen — disse ele, sem se virar para encará-la —, eu acho até que daria a vida só por um sorriso seu.
P. 259

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