20 junho, 2021


[Resenha] A Promessa das Terras Altas - Hannah Howell

Ficha Técnica 

Título: A Promessa das Terras Altas
Título Original: Highland Promise
Autor: Hannah Howell
ISBN: 978-65-5565-098-3
Páginas: 256
Ano: 2021
Tradutor: Mariana Serpa e Thaís Paiva
Editora: Arqueiro
Após treze anos em disputa com a família do pai, Eric Murray está determinado a reivindicar de uma vez por todas as terras e a fortuna que são suas por direito.
Ao partir para enfrentar seus parentes hostis, ele vê ladrões atacando uma mulher que está com um bebê de colo. Depois que a ajuda a enfrentá-los, Eric promete proteger os dois e levá-los para um local seguro.
Após a morte da irmã, a vida de Bethia Drummond está em perigo, assim como a de seu sobrinho, pois a família implacável do cunhado dela planeja matar os dois e reivindicar a herança. Sua única esperança é Eric Murray.
Quando Bethia descobre que os parentes que ele está indo enfrentar são os aliados mais próximos da família dela, seu mundo desaba, porque ela não pode se entregar a um homem que um dia será forçada a enfrentar. Ao mesmo tempo, é impossível ignorar o que seu coração já sabe: que o valente cavaleiro fez mais do que inspirar suas paixões mais profundas e se tornou seu próprio destino.

Resenha


Hannah Howell está de volta com o terceiro livro da série Os Murrays. Depois de termos conhecido o clã escocês das terras altas em O Destino das Terras Altas e nos encantado com a história de Balfour Murray e Maldie Kirkcaldy, e em seguida, em A Honra das Terras Altas, ter nos mostrado o momento de Nigel Murray encontrar paz e amor em seu coração ao lado de Gisele DeVeau, chegou o momento de Eric Murray achar seu caminho em A Promessa das Terras Altas.

Eric cresceu em Donncoill como um filho bastardo do senhor do clã, mas sempre foi considerado e amado como um irmão por Balfour e Nigel. Entretanto, a verdade, descoberta há treze anos, é que ele é o herdeiro legítimo de Dubhlinn, sendo filho do antigo senhor dos Beatons.

Como vimos nos livros anteriores, desde a descoberta que Eric tenta contato com sir Grahan Beaton, usurpador do seu lugar de direito, com o senhor dos MacMillans, de Bealachan, irmão de sua mãe e até mesmo com o rei para reaver o que é seu. Agora, Eric percebe que não há mais petições a serem enviadas, ele precisa ir pessoalmente à Dubhlinn, não havendo sucesso, precisará ir até Bealachan e depois à corte. Porém seu caminho será ainda mais tortuoso. Após o fracasso já esperado em Dubhlinn, ele encontra uma jovem com um bebê de colo sendo atacados no caminho para Bealachan.

Bethia Drummond sempre foi uma garota independente e ativa, completamente diferente de sua gêmea, Sorcha, que sempre teve a atenção dos pais e foi criada para conseguir um ótimo casamento. Porém, no momento em que se viu em Dunncraig, viúva, com o filho sendo o novo senhor do clã e tendo sua vida ameaçada, foi a Bethia que ela pediu socorro, para que fosse cuidar de James. Mas, poucos dias após a chegada em Dunncraig, Bethia enterrou a irmã, morta de maneira misteriosa e, preocupada com o que as mortes de sua irmã e seu cunhado poderiam significar para a segurança de James, ela foge na calada da noite. Seu objetivo? Chegar a Dunnbea o quanto antes, conseguir apoio à sua causa e garantir que as terras de James não sejam usurpadas por William Drummond e seus filhos. Mas, se para uma mulher viajar sozinha nos dias atuais já é uma missão complicada — triste realidade — somem aí que ela está com um bebê de colo, que não conhece muito bem e está na Escócia do século XV.

Ao ser salva de ladrões durante sua fuga por sir Eric Murray, ambos passam a fazer a viagem juntos, uma vez que Eric passará por Dunnbea para chegar a Bealachan e conversar com o tio. Durante o trajeto eles passam a se conhecer e se tornam muito próximos, algo que não é comum para Bethia, que está acostumada a ser deixada de lado, a não ser por Bowen, Peter e Wallace, pessoas que sempre estiveram ao seu lado em qualquer situação. Eric a escuta, dá atenção as suas opiniões e isso a surpreende, o fato de um homem lindo sequer olhar duas vezes para ela, que nunca foi perfeita, que possui um olho de cada cor, que tem uma língua afiada e não recebeu qualquer educação para ser apresentada na corte. 

Enquanto lemos as aventuras deles, e eles seguem viagem, assim como Eric, fui tomando raiva de Sorcha, dos pais de Bethia e depois de vê-los interagir, isso só piorou. Incrível como eles são maravilhosos juntos, mas também como demoram a descobrir que não é apenas atração ou paixão o que sentem; como Eric, assim como os irmãos, morre de medo de expressar seus sentimentos e não ser correspondido; como Bethia, sempre relegada a segundo plano, sequer consegue acreditar que um homem como Eric, que poderia ter qualquer mulher, poderia se interessar por ela, e é totalmente compreensível — pelo menos para mim — a maneira como Betha se sente.

Nesse caminho também teremos Eric tentando reaver o que lhe foi usurpado enquanto protege Bethia e James do maluco do William, que quer a todo custo tomar o domínio de Dunncraig.
Ele a amava. Na verdade, era um tanto desconcertante que tivesse precisado de um evento tão dramático para se dar conta disso. A descoberta, no entanto, deixou tudo muito claro. Ficou explicada a sensação de posse que nutria desde o início por ela. Ficou explicado o ódio que sentia ao ver como era maltratada pelos pais. Também ficaram claras a enorme necessidade que ele tinha do apoio dela ao lutar por Dubhlinn e a vontade de saber o que ela pensava. Eric vivia se perguntando se ela nutria algum sentimento mais profundo do que a paixão, e enfim entendeu o motivo pelo qual viva buscando esses vestígios. Era tudo obra do coração.
P. 235
Hannah construiu mais uma parte da história dos Murrays de forma sucinta e que se encaixa perfeitamente com os dois primeiros livros, como Eric, por mais que não seja um Murray de sangue, é de coração, e reflete muito do que aprendeu no clã em sua personalidade. Não estendeu a história demais na jornada, fazendo saltos mais do que bem-vindos para dar a fluidez que a leitura merecia. 

E agora? Agora é esperar por mais livros da série.

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Comentários
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4 comentários:

  1. Olá LAYANE
    Tenho vários livros dessa autora em formato de romances de banca .essa serie é bem longa

    .sempre gostei de romances medievais e que se passam na Escócia .Será que a Arqueiro vai trazer mais livros dessa serie?
    Bjs

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    1. Olha, Elaine, algumas amigas me falaram mesmo que essa série é bem longa. Espero sinceramente que a Arqueiro traga todos, porque é muito chato começar e não terminar, né?
      Na torcida! #FingerCross
      Bjs

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  2. Olá Layane,
    Adorei ler sua resenha, aumentou consideravelmente minha lista de livros desejados. Já tinha visto esses livros e me encantado com a capa, mas adorei a premissa da história, bem no estilo que adoro. Além de ter escoceses, algo que li muito pouco mas que quero mudar.

    Beijo!
    www.amorpelaspaginas.com

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    Respostas
    1. Essas capas estão lindas, né, Ray? E vou dizer, quando você começar a conhecer esses lairds escoceses... ai, ai, ai, caminho sem volta hahahaha

      Beijo!

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