28 outubro, 2019


[Resenha] A Padaria dos Finais Felizes - Jenny Colgan

Ficha Técnica 

Título: A Padaria dos Finais Felizes
Título Original: Little Beach Street Bakery
Autor: Jenny Colgan
ISBN: 978-85-306-0008-2
Páginas: 336
Ano: 2019
Tradutor: Thaís Paiva e Stephanie Fernandes
Editora: Arqueiro
Um balneário tranquilo, uma loja abandonada, um apartamento pequeno. É isso que espera Polly Waterford quando ela chega à Cornualha, na Inglaterra, fugindo de um relacionamento tóxico. Para manter os pensamentos longe dos problemas, Polly se dedica a seu passatempo favorito: fazer pão. Enquanto amassa, estica e esmurra a massa, extravasa todas as emoções e prepara fornadas cada vez mais gostosas. Assim, o hobby se transforma em paixão e logo ela começa a operar sua magia usando frutos secos, sementes, chocolate e o mel local, cortesia de um lindo e charmoso apicultor. A Padaria dos Finais Felizes é a emocionante e bem-humorada história de uma mulher que aprende que tanto a felicidade quanto um delicioso pão quentinho podem ser encontrados em qualquer lugar.

Resenha


Mais um livro delicioso da coleção Romances de Hoje que tive a oportunidade de ler. Esse é A Padaria dos Finais Felizes, que além de ter aquecido meu coração, me deu uma vontade absurda de comer esses pães dos quais nunca nem ouvi falar kkkk.

A vida de Polly Waterford estava ótima: namorava com Chris há anos, tinham aberto uma empresa de design onde ele era a parte criativa e ela a administrativa e viviam o sonho de ter comprado um apartamento em uma área nobre de Plymouth. Mas a crise chegou, os trabalhos começaram a ficar escassos e o relacionamento entre eles também ia ladeira abaixo na mesma velocidade até que o banco interviu e eles se viram tendo que deixar a empresa e muitos de seus móveis para pagar as dívidas e ainda precisariam contar com a sorte de vender o apartamento, quitar o restante das dívidas e, quem sabe, ficar com um pouco de dinheiro para recomeçar.

A questão é que Polly era a otimista enquanto Chris apenas reclamava de tudo. Por isso, quando precisaram sair do apartamento, Chris foi para a casa da mãe e Polly foi para o apartamento de Kerensa, sua melhor amiga, até conseguir alugar algo para ela com o pouco dinheiro que ainda tinha. Assim, depois de buscas infrutíferas, ela se viu alugando um apartamento caindo aos pedaços na não tão distante (mas de difícil acesso) Mount Polbearne, uma pequena ilha na Cornualha.
Conforme tacava, empurrava e sovava a massa, era como se a energia ruim estivesse deixando seu corpo. Nem tinha percebido quão encurvados estavam seus ombros, quanta tensão tinha presa nos nós na nuca. Seus ombros já deviam estar na altura das orelhas.
P. 55
Embora Kerensa, a única que sabia para onde Polly queria se mudar, tenha sido terminantemente contra a ideia de alugar o apartamento, Polly sabia que não poderia ficar em Plymounth com o pouco dinheiro que tinha e não arriscaria sua amizade com Kerensa voltando a dividir um teto com ela. Assim, morar em Polbearne era sua única opção.

Lá, ela começa a perceber que não será tão fácil conseguir um emprego por ali e muito menos será fácil atravessar diariamente a ponte para um trabalho no continente por conta das cheias que deixavam a ilha completamente isolada. Para completar o cenário trágico, Polly amava fazer e comer pães e, ao visitar a única padaria da ilha, descobriu que o pão era horrível, o que fez com que, no primeiro dia ela já se dedicasse a sua terapia: fazer pães.

Papagaio-do-mar
Polly se dedica para que seu apartamento seja habitável e nessa faxina descobre que na parte de baixo do imóvel funcionava uma padaria e que a proprietária é a mesma pessoa responsável pelos horríveis pães vendidos na ilha: a Sra. Manse. Aliás, ninguém quer briga com a senhora de quase 80 anos que vive de cara emburrada, trata todo mundo mal e, Deus sabe como, mantém aberta uma padaria tratando tão mal os fregueses e com uma comida tão ruim. Por isso, para fazer seus pães em casa em paz, Polly se vê quase como uma contrabandista, aliada a alguns moradores que sentem falta de comer um pão de verdade e em troca lhe dão outros suprimentos.

Polly também contará com a amizade inesperada de um papagaio-do-mar, também conhecido como Fradinho, muito comum na região. O filhote se machuca quando bate na janela do apartamento de Polly e precisará de um tempo até que sua asa se recupere. Mesmo sabendo que não deve se apegar ao animal silvestre, pois ele deve voltar para o seu bando, Polly e Neil desenvolvem uma amizade verdadeira.

Com o tempo Polly vai se sentindo mais a vontade na ilha, fazendo novas amizades e tentando descobrir uma maneira de conseguir um emprego ou ganhar dinheiro. Além disso, ela consegue se reencontrar e perceber que há muito tempo vinha se anulando para que o relacionamento com Chris continuasse bem, para que ele estivesse feliz, ainda que ele não lhe desse atenção quando ela queria fazer pães como hobby ou qualquer uma das ideias que tinha dado para reerguer a empresa deles.

Os moradores de Mount Polbearne são muito agradáveis — pelo menos a maioria deles — e são fundamentais nessa nova vida de Polly, entretanto, alguns deles sinceramente me deram nos nervos. A Sra. Manse mesmo, eu tinha vontade de apagar do livro, mas quando conhecemos a história dela, conseguimos entender um pouco suas atitudes (ainda que eu não goste mesmo assim). E houve uma situação pela qual Polly passou que me deixou muito chateada porque as pessoas que estavam próximas dela não a alertaram para a situação. Também houve uma situação dramática que eu achei demais para esse livro, porém, sabendo que ele é o primeiro de uma série (com três livros até agora) imagino que tenha uma razão.
— Viva o agora. Não tire foto, não tente capturar o momento e congelá-lo para sempre. Só fique admirando os vaga-lumes junto comigo.
P. 202
Enfim, torci para que Polly conseguisse se encontrar como pessoa, recomeçar sua vida e ser feliz e fiquei realmente muito satisfeita com o final que Janny deu para ela. Sabendo que esse é o primeiro livro de uma série, fico ainda mais feliz em saber que há mais histórias dela que eu torço para que a Arqueiro traga para o Brasil.

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