05 outubro, 2018


[Resenha] A Duquesa Feia - Eloisa James

Ficha Técnica 

Título: A Duquesa Feia
Título Original: The Ugly Duchess
Autor: Eloisa James
ISBN: 978-85-8041-849-1
Páginas: 272
Ano: 2018
Tradutor: Lúcia Brito
Editora: Arqueiro
Baseado na história O Patinho Feio, esse é o terceiro volume da série Contos de Fadas. Como ela ousa achar que ele a ama, quando Londres inteira a chama de Duquesa Feia? Theodora Saxby é a última mulher com quem se poderia esperar que o lindo James Ryburn, herdeiro do ducado de Ashbrook, se casasse. Mas depois de um pedido romântico feito na frente do próprio príncipe, até a realista Theo se convence de que o futuro duque está apaixonado. Ainda assim, os tablóides dizem que a união não durará mais do que seis meses. Em seu íntimo, Theo acredita que os dois ficarão juntos para sempre… até que ela descobre que o que James desejava não era seu amor, mas seu dote. E a sociedade, que primeiro se chocou com seu casamento, se escandaliza com sua separação. Agora James precisará enfrentar a batalha de sua vida para convencer Theo que ele amava a patinha feia antes que ela se transformasse em cisne. E Theo logo descobrirá que, para um homem com alma de pirata, vale tudo no amor – e na guerra.

Resenha


A Duquesa Feia é o terceiro livro da série Contos de Fadas, da Eloisa James. Nessa história, com inspiração na fábula O Patinho Feio, do dinamarquês Hans Christian Andersen, publicada em 1843, Eloisa nos apresentará Theodora Saxby, uma herdeira que, após a morte do pai, foi acolhida com a mãe na casa do melhor amigo de seu pai, o duque de Ashbrook. Com isso, ela cresceu ao lado de James Ryburn e eles se tornaram melhores amigos.

Aos dezessete anos Theo, como gosta de ser chamada, acabou de debutar na sociedade londrina e, após três semanas de eventos, já percebeu que seus pares não gostaram muito de sua aparência e não fazem questão nenhuma de esconder suas opiniões. Entretanto, enquanto ela é considerada feia, seu melhor amigo, além de ser o conde de Islay e herdeiro de um ducado, é absurdamente lindo e não faz a menor questão de frequentar esses eventos, nem mesmo para ajudar Theo.

Com dezenove anos James quer distância desses eventos onde precisa interagir com pessoas hipócritas e falsas. Pior que isso, ele detesta viver debaixo do mesmo teto que o pai, que tem um temperamento agressivo e que em seus acessos de fúria (que são constantes) atira objetos em quem quer que seja, ou seja, ele se especializou em desviar deles.

Como se James já não desprezasse tanto o pai, que foi apelidado pela sociedade de Duque Tolo por conta de suas péssimas escolhas de investimentos, descobriu que após a morte da esposa ele dilapidou tudo que não estava ligado ao título, incluindo parte da herança de Theo, que estava sob seus cuidados. Agora, obrigou James a casar-se com sua amiga sob a alegação de que não havia maneira de pagar o dote dela caso ela se casasse com outra pessoa, o que seria um escândalo.
— Você não reconheceria um amor verdadeiro nem que ele batesse na sua cabeça — declarou James, cruzando os braços sobre o peito.
P. 44
Mesmo tendo uma relação difícil com o pai, James cede e resolve casar com Theo, mas a verdade é que ambos percebem, e deixam claro para nós que, ao longo dos anos, enquanto a amizade existia, o amor coexistia. Imagina que maravilha descobrir que seu amor é seu melhor amigo?

Mas a gente sabe desde o início dessa história que o casal iria se separar então, não imaginava que o casal ficaria junto e se separaria tão rápido. E imaginava menos ainda o quanto eles mudariam no período em que ficaram separados e que esse período seria tão longo.
Mais do que isso, ele queria estar com ela, ser o primeiro a compartilhar suas ideias brilhantes e opiniões ferozes. Em todas as suas viagens, ele nunca conheceu ninguém, nem mesmo Griffin, com quem gostasse tanto de conversar quanto apreciava conversar com Daisy.
P. 177 
Durante o período em que ficam separados ambos crescem, evoluem e passam a se conhecer melhor. Porém, cada um tomou um rumo diferente para suas vidas e, se não se tratasse de um romance de época, cogitaria a possibilidade do casal não ficar junto novamente, de tanto que suas vidas se separaram. Entretanto, o reencontro fará com que percebam que precisam um do outro, a ausência da amizade e do amor fez muita diferença em suas vidas.
— Me parece que você reagiu ao desafortunado fim do nosso casamento indo na direção oposta. Eu me atirei ao perigo, você se cercou de retidão.
P. 220
O reencontro não foi fácil, mas gostei da maneira como a Eloisa conduziu a situação, fiquei torcendo para que eles se entendessem, se não pelo amor, pela amizade que tinham, afinal, eles foram o apoio um do outro em vários momentos e perder uma amizade é péssimo, ainda mais se também é seu amor. Gostei da história, assim como Quando a Bela Domou a Fera e Um Beijo à Meia-Noite, é uma leitura rápida e gostosa, com uma narrativa na visão dos dois protagonistas, que dessa vez achei um pouco imaturos demais para o que já estou acostumada a ler.

Ainda assim, a curiosidade impera para conhecer os próximos livros dessa série e ver quais serão as fábulas que os inspirarão.

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Comentários
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8 comentários:

  1. Ah esta saga de releituras de contos de fadas! A cada novo trabalho lançado, as capas ficam ainda mais caprichadas, se bem que na minha humilde opinião,nenhum vai bater A Bela Que Domou a Fera.
    Eu ainda não consegui ler nenhum dos livros :/ mas farei isso em breve.
    Eloisa é fabulosa e a gente percebe nitidamente que não fica somente em romances de época, mas também nestas versões e por tudo que li acima, mais uma vez, com alguns pontos negativos, ela apresentou um livro danado de bom!
    Lerei!
    Beijo

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  2. Oi Layane.
    Li apenas Um beijo à meia-noite e confesso que não gostei muito. Acho que estava com altas expectativas e no final foi só um livro ok.
    Ainda tenho vontade de ler o primeiro e esse livro. Mas leria com baixas expectativas para não me frustar.
    Parece que esse livro também tem alguns pontos negativos, como a imaturidade dos personagens. Uma pena.
    Beijos

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  3. Lay!
    Bom ver que a autora continua fiel a construção das personagens que se tornam envolvente.
    Tão bom quando não esperamos muito de uma leitura e ela é melhor, mesmo que tenha sentido falta dos personagens anteriores.
    cheirinhos
    Rudy

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  4. Olá Lay!
    Eu já li resenha desse livro e a historia é muito fofa, ainda mais sendo uma releitura de um conto clássico..Eu não li nada dela mas tenho um livro dessa serie e quero muito ler..

    Meu blog:
    Tempos Literários

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  5. Falou romance de época estou dentro haha
    A autora Eloisa escreve muito bem, e a leitura do livro parece ser bem leve, rápida e gostosa.
    Além de que, é baseada no conto do Patinho Feio, bem interessante.

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  6. Layane,
    Me apaixonei pela capa desse livro, e dos outros da série também. Ainda não li nenhum deles. Sempre fico à espera desses livros em série. O bom é saber que a autora não perdeu a mão e as histórias permanecem cativantes.

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  7. Oi Layane!
    A leitura fica melhor quando a gte encontra o que realmente espera né?
    Que bom saber que te agradou.
    Pelo que andei lendo sobre os livros a autora acertou em pontos certos nos enredos e personagens, pelo visto vale a pena msm a leitura das obras.
    Já estão nos desejados.
    Bjs!

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  8. Amo essas releituras, gosto mais do que as histórias originais. Não vejo a hora de começar a ler essa série, não aguento mais ficar somente nas resenhas e a curiosidade aumentar. É muito triste.

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