21 outubro, 2017


[Seriando um Pouquinho] Atypical




Sinopse: Sam ( Keir Gilchrist) é um jovem autista de 18 anos que está em busca de sua própria independência. Nesta jornada, repleta de desafios, mas que rende algumas risadas, ele e sua família aprendem a lidar com as dificuldades da vida e descobrem que o significado de "ser um pessoa normal" não é tão óbvio assim.




Se você estiver com vontade de assistir uma série leve, divertida e que nos ensine algo, aqui está uma série perfeita para isso. Atypical é uma série original da Netflix de comédia dramática com oito episódios em sua primeira temporada e com uma média e 30 minutos por episódio. Dessa forma fica fácil de maratonar (eu mesmo assisto inteira em uma madrugada).


Vou começar falando do protagonista, Sam é um garoto de 18 anos com Síndrome de Asperger, dentro do espectro autista. Ele está no ensino médio e, por isso, vive todos os dramas de um adolescente nesta fase da vida, inclusive a descoberta ou desenvolvimento da sexualidade. Esse é o plot que dá início à trama, Sam deseja namorar, uma coisa simples para a maioria dos jovens. Mas como isso pode acontecer com alguém dentro do espectro do Autismo e como isso influencia nas relações familiares?


Eu me preocupei muito em usar a palavra “normal” neste texto, porque, o  que é ser normal? A série nos traz um panorama muito interessante sobre relações humanas. O protagonista é autista, mas temos diversos personagens com problemas e que estão presentes na vida de todos nós. Em um dado momento da série, Sam se mostra descontente por não ser “normal”, então um outro personagem diz para ele que na verdade, ninguém é normal. Poderíamos então voltar aquela campanha da Globo que diz que ser diferente é normal, pois se tem uma coisa que todos temos em comum, são as nossas diferenças ou a possibilidade de encarar e viver as situações da vida de maneiras diferentes.


Uma coisa que chama atenção na série é a capacidade de tratar dos assuntos sem muito clichê. Diversos personagens acabam interagindo com o protagonista desconsiderando a condição de um indivíduo dentro do espectro do autismo. Isso ajuda e atrapalha em alguns momentos. A série não contempla todas as pessoas que tem Autismo, pois o grau de comunicação e de interação com outras pessoas varia muito, mas é uma produção feita sob uma ótica interessante que traz à visão do público geral, particularidades que não estamos acostumados a ver.


Sam e muito carismático e nos faz torcer para que ele consiga uma namorada. isso nos leva a ver como uma mãe preocupada lida com essa decisão. O cuidado e o desejo que o filho não se machuque emocionalmente pode nos fazer a cometer erros. Erros que também podem ser cometidos se encaramos a situação sob a ótica de um amigo descolado, conquistador, e porque não dizer, descarado? Os dramas presentes na trama não são somente os que envolvem Sam diretamente. Temos um casal que está em crise no casamento, uma jovem atleta que está despertando sua sexualidade, assim como Sam. Relações de bullying na escola, preconceitos e a crueldade comum entre adolescentes.



Como iniciei falando, a série não é só dramática. É muito divertida. Ela traz um humor leve em situações presentes no cotidiano, isso é potencializado pelo protagonista e a maneira dele ver o mundo e como ele se comporta diante das situações. Como por exemplo, as “regras” existentes para que ele possa transar com uma menina. Ele tenta seguir todos os “estágios”, incluindo ver peitos (essa cena é muito legal). A forma como essa situação é tratada, coloca em análise a real necessidade de viver um jogo de conquista, existe regras nesse jogo? Porque, se todos somos diferentes, como que uma regra pode padronizar o comportamento, e assim, ser útil a todos?


A estética da série lembra uma outra produção da Netflix, Love. Que traz em seu enredo drama e comédia convivendo juntas no cotidiano. Atypical foi muito bem aceita pela crítica e pelo público em geral por trazer de maneira interessante as situações que estão presentes na nossa vida, mesmo que à nossa volta, os personagens sejam diferentes, com dramas diferentes. Isso nos torna iguais?



Elenco
Jennifer Jason Leigh como Elsa Gardner
Kier Gilchrist como Sam Gardner
Brigette Lundy-Paine como Casey Gardner
Amy Okuda como Julia Sasaki
Michael Rapaport como Doug Gardner
Graham Rogers como Evan Chapin
Nik Dodani como Zahid
Raúl Castillo como Nick
Jenna Boyd como Paige Hardaway

Comentários
4
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4 comentários:

  1. Amei o clima de halloween por aqui. O lay tá lindo.
    Eu não vejo nenhuma série, mas fiquei curiosa pra ver essa. Parece muito interessante.

    Beijossssssss
    ┌──»ʍi૮ђα ツ

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  2. Miau!
    Deve ser uma série ótima e deve ajudar a quem convive com pessoas com o problema do protagonista.
    Realmente, ninguém é normal, todos temos nossas deficiências e quiçá, loucuras!!!
    Pena não assinar a Netflix.
    Semaninha de muita luz e paz!
    “Todo o nosso saber se reduz a isto: renunciar à nossa existência para podermos existir.” (Johann Goethe)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE OUTUBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

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  3. Oi Miau
    Já faz um bom tempo (leia-se: desqde que me tornei mãe) que n consigo acompanhar nenhuma série, o tempo que tenho livre qro dormir kkkkkkkkkk
    Mas e interessa séries que tenham episódios curtos p q eu consiga assistir sem sofrer kkkkkkkkkkkk
    N conhecia essa, vou anotar e dar uma assistida!

    Bjooos
    muitospedacinhosdemim.blogspot.com.br

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  4. Eu fiquei apaixonada pela série!
    Assisti em um dia e fiquei sentindo falta do Sam.
    Gostei como tema foi abordado, com uma dose de humor.
    Adorei também a relação dele com a irmã.

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