15 fevereiro, 2017


[Resenha] Bom dia, Verônica - Andrea Killmore

Ficha Técnica

Título: Bom dia, Verônica
Autor: Andrea Killmore
ISBN: 978-85-9454-017-1
Páginas: 251
Ano: 2016
Editora: DarkSide® Books
Em "Bom dia, Verônica", acompanhamos a secretária da polícia Verônica Torres, que, na mesma semana, presencia de forma chocante o suicídio de uma jovem e recebe uma ligação anônima de uma mulher desesperada clamando por sua vida. Com sua habilidade e sua determinação, ela vê a oportunidade que sempre quis para mostrar sua competência investigativa e decide mergulhar sozinha nos dois casos. No entanto, essas investigações teoricamente simples se tornam verdadeiros redemoinhos e colocam Verônica diante do lado mais sombrio do homem, em que um mundo perverso e irreal precisa ser confrontado. Andrea Killmore compõe thrillers como os grandes mestres, e sua experiência de vida confere uma autenticidade que poucas vezes encontramos em suspenses policiais, vibrante e cruel — como a realidade.

Resenha


De fato, algo tão cruel e que pode acontecer na realidade. Bom dia, Verônica nos conta a história de uma mulher que decide começar uma investigação por conta própria para desvendar e desmascarar os sujeitos envolvidos nos crimes inescrupulosos.

Verônica Torres é secretária no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Fez concurso para escrivã do DHPP, mas após um episódio que colocou a prova sua condição emocional, foi colocada como secretária. O trabalho consistia em pilhas intermináveis de papéis e insatisfação visível da protagonista.

Em mais um dia de trabalho, Verônica presencia uma cena horrorosa. Uma mulher que tinha acabado de sair da sala de seu chefe e que conversou poucos minutos com ela, se joga do décimo primeiro andar do DHPP bem na sua frente. Como era de se esperar, ela fica atordoada com o ocorrido e achava que Carvana (seu chefe) iria abrir uma investigação. Um homem que representa o policial acomodado, machista e egocêntrico manda Verônica "engavetar" o caso e não permite que ela comece uma investigação por conta do episódio que mancha seu passado.

Casada e com dois filhos, Verônica não parece uma mulher feliz. E os motivos para tanta infelicidade. as explicações para isso, estão em seu passado trágico. A partir do que aconteceu com seus pais, os eventos futuros da protagonista são facilmente entendidos. Ela não se sente pertencendo a nada e nem a ninguém e ao mesmo tempo apresenta uma carência afetiva, um desejo de ser amparada.

Intrigada com o que houve com Marta, a mulher que tirou a própria vida, Verônica decide que vai investigar o que motivou Marta a cometer suicídio.Com algumas poucas ajudas e sem contar muito sobre as suas intenções. Um suicídio no prédio do DHPP era de se esperar que a imprensa quisesse cobrir o ocorrido e após uma breve aparição de Verônica na tv, o segundo caso entra em cena.

Janete é uma mulher que sobrevive em um relacionamento abusivo. Seu marido é um policial militar, violento e a força a fazer parte dos seus "jogos" doentios. Determinada a parar com os crimes de seu marido, Janete liga para Verônica após vê-la na tv. O pouco que observou da protagonista fez com que Janete acreditasse que Verônica seria uma figura confiável e que podia ajudar a parar seu marido.

Bom dia, Verônica, de Andrea Killmore (pseudônimo) é um livro que surpreende a cada capítulo. Romance de estreia e muito bem conduzido, minha única queixa seria o final acelerado. Já que durante a narrativa tudo foi tão explicado, o final podia ser um pouco "demorado". Contudo, isso não interfere a ponto de tirar o mérito dessa história tão envolvente. Acho que o elemento principal para uma história policial, com nuances de thriller psicológico, é conseguir envolver o leitor a ponto dele não conseguir largar o livro enquanto não descobrir todas as respostas para o caso. E, felizmente, Bom dia, Verônica tem esse elemento, é um livro envolvente, é perturbador em diversos momentos, a história é pesada e bem escrita. Livro mais do que recomendado!
Silêncio absoluto, como manda a regra da casa nesse horário. Ela mastiga a comida, que sabe estar deliciosa, mas só sente um gosto arenoso. É o sabor da amargura.
P. 27
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Comentários
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7 comentários:

  1. Não curto muito o gênero, mas por ser um livro envolvente, surpreendente e com uma história interessante, fiquei curiosa a respeito da leitura.
    Estou gostando bastante dos lançamentos da editora e vejo que a obra em questão está tendo muitas opiniões positivas, o que me deixa animada.
    A edição parece estar um luxo também!
    Beijos,
    Caroline Garcia

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  2. Sou louca para ler um livro desse tema e fiquei completamente envolvida com a resenha, me deixou super curiosa do desfecho da história e também com o passado da Verônica. Com certeza vai ser mais um livro pra minhas litinhas <3

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  3. Auri!
    Gosto muito dos romances policiais com um thriller psicológico no meio, a história parece mesmo ser bem envolvente ao ponto de não querermos deixar o livro até chegar ao final, e uma pena que ele tenha sido tão corrido...
    “O saber é saber que nada se sabe. Este é a definição do verdadeiro conhecimento.” (Confúcio)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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  4. Não gosto muito desse gênero...Mas sua resenha ficou ótima!
    Abraço!

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  5. Não sei o que achar desse livro ainda.
    Confesso que o enredo me chamou a atenção e despertou muito a minha curiosidade, mas não é um gênero que eu estou acostumada a ler, então fico com um pê atrás.
    Achei interessante por ser algo "real", que realmente acontece no nosso dia-a-dia, e por isso é chocante. Ainda mais se passando no nosso país, onde fica ainda mais explícito a nossa realidade.

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  6. Gosto muito deste gênero, já tinha lido uma resenha deste livro mas não tinha me interessado, pois a resenha apresentava apenas os pontos negativos. Gostei da sua resenha e dos pontos que você abordou, fiquei bem curiosa com este suicídio, sobre o que motivou aquela mulher a pular do prédio logo depois de sair da sala do investigador. E sobre o caso de Janete. Pena que o final tenha sido muito rápido, mas que bom que a leitura prende. Pretendo ler a obra. Ótima resenha.
    Abraço!
    A Arte de Escrever

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  7. Adorei o livro ser escrito por alguém com conhecimento de causa.
    As histórias das 3 mulheres relacionadas me interessa. Gosto muito do tema do suicídio, a investigação e espero gostar

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