13 novembro, 2022


[Resenha] Delilah Green Não Está Nem Aí - Ashley Herring Blake

Ficha Técnica 

Título: Delilah Green Não Está Nem Aí
Título Original: Delilah Green Doesn't Care
Autor: Ashley Herring Blake
ISBN: 978-65-5565-362-5
Páginas: 336
Ano: 2022
Tradutor: Alessandra Esteche
Editora: Arqueiro
Delilah Green jurou nunca mais voltar a Bright Falls, a cidade onde cresceu. Lá não há nada para ela, só as lembranças da infância solitária e do desprezo da madrasta e da irmã postiça, Astrid. Em Nova Iorque ela tem uma carreira como fotógrafa em ascensão e uma mulher diferente em sua cama todas as noites.
Mas quando Astrid usa chantagem emocional e um cheque polpudo para forçá-la a fotografar seu casamento e a maratona de eventos preparativos, Delilah acaba concordando em voltar.
Seu plano é chegar, fotografar e ir embora de fininho. Só que assim que ela reencontra Claire Sutherland, uma das insuportáveis — e lindas — amigas de infância de Astrid, percebe que talvez haja, sim, algo divertido para se fazer em Bright Falls.
Criando a filha de onze anos praticamente sozinha ao mesmo tempo que gerencia uma livraria e lida com um ex nada confiável, Claire só quer uma vida sem surpresas. E a chegada repentina de Delilah é uma surpresa e tanto.
Em meio a todas as questões malresolvidas do passado e os problemas do presente, o desejo que nasce entre as duas se torna cada vez mais evidente. E elas não sabem se terão força para resistir aos encantos uma da outra. Pior ainda: estão começando a achar que não querem mesmo resistir…

Resenha


Esse é o primeiro livro que leio da Ashley e também é o meu primeiro romance sáfico e posso dizer que a experiência foi ótima!

Delilah Green tem trinta anos e há doze vive em Nova Iorque, para onde fugiu quando saiu de Bright Falls, para ficar longe da madrasta, Isabel, e da irmã postiça, Astrid Parker, que, desde que o pai de Delilah morreu — quando ela tinha dez anos — nunca disfarçaram que ela não era bem-vinda ali… foram oito anos bem difíceis.

Delilah sempre foi uma criança reservada, e talvez isso fosse porque tinha perdido a mãe quando tinha apenas três anos, mas depois de perder o pai, aos dez, isso foi ficando cada vez mais acentuado. Claro que, na primeira oportunidade de sair de Bright Falls não poderia ser desperdiçada. Com dezoito anos ela já tinha percebido que era lésbica — e ela agradece a uma das amigas de Astrid, Claire Sutherland, quem ela sempre achou maravilhosa, com suas curvas pinup — então, viver em uma cidade maior, certamente seria muito melhor, ela não se sentiria sozinha e poderia ir em busca dos seus sonhos com mais facilidade. Entretanto, aqui está ela, vivendo em um apartamento horroroso no Brooklyn e pagando uma fortuna por ele, trabalhando seis dias por semana como garçonete e, no dia que sobra, é quando ela realmente faz o que gosta: fotografa.
E a foto tinha ficado muito boa. A luz estava perfeita, com o clarão suave do corredor ao redor de Claire e de Ruby, como se estivesse protegendo as duas.
Mas ainda melhor era a expressão nos olhos de Claire, que estava fixa em Delilah. Estava óbvio que ela tinha ajudado a evitar algum tipo de catástrofe pré-adolescente, mas o brilho no olhar de Claire era mais que isso. Era interesse.
P. 79
O objetivo de Delilah é ser uma fotógrafa reconhecida, mas até o momento não conseguiu um agente que a represente, isso porque todos afirmam que sua arte é de nicho, apenas porque é voltada ao público queer. Então, enquanto as exposições e venda de fotos não pagam o aluguel e as contas, além do trabalho como garçonete, ela fotografa vários eventos, casamentos e o que mais aparecer. É assim que ela está a caminho de Bright Falls depois de cinco anos para registrar a maratona de duas semanas de eventos do casamento de Astrid… o que um pagamento que vale por três meses de aluguel não faz, não é mesmo?

Claire Sutherland é uma das melhores amigas de Astrid e, com Iris Kelly, é uma das madrinhas do casamento dela — mesmo que elas não acreditem que a amiga esteja certa em se casar com Spencer, uma pessoa que ela conhece há poucos meses e claramente não a valoriza como deveria. Além disso, Claire está vivendo mais um momento conturbado em sua vida pessoal, pois o ex-marido voltou mais uma vez para a vida dela e da filha deles, Ruby, e ela não sabe de dessa vez é para valer ou se ele sumirá e a deixará mais uma vez com uma filha inconsolável para cuidar. Claro que, com tudo isso, a vida amorosa dela não existe, principalmente depois que seu último relacionamento, com Nicole, terminou há dois anos de uma maneira que ela não esperava quando ela estava para apresentá-la a filha. Então, quando ela vê uma desconhecida entrar no único bar da cidade, ela faz algo que não costuma fazer: aborda ela no balcão. Ela só não sabia que a mulher era Delilah.

Claro que Delilah amou ser o alvo de Claire, afinal sempre a achou maravilhosa, mas ao mesmo tempo era cruel perceber que Claire não a tinha reconhecido, e tudo isso assim que chegou a Bright Falls. Sem dúvida as duas semanas de eventos seriam intensas. 

Enquanto avançamos e vemos os eventos pré-casamento, percebemos quanto é difícil para Delilah estar de volta, reviver as lembranças da infância e da adolescência solitária. Por outro lado, quando vemos a história na perspectiva de Claire, temos a chance de conhecer quem Astrid é com as amigas, e também não era nada fácil, porém, ela parece guardar muito rancor da relação com Delilah… o que nos deixa curiosos sobre como realmente foi a infância dessas duas, e como chegaram ao ponto que estão hoje.
Ela não estava nem aí. Delilah Green não dava a mínima. Porque elas nunca se importaram com ela.
Ela se escorou na porta, encostou a testa no vidro. Não estar nem aí era simplesmente exaustivo.
P. 277
Também vemos como a química entre Delilah e Claire é intensa, mesmo que elas saibam que Delilah não é uma pessoa de relacionamentos e que ela voltará para Nova Iorque assim que o casamento for realizado e que Claire não é uma pessoa de relações casuais.

A história em si não me trouxe tantas novidades, mas eu gostei muito dos personagens e das relações entre eles, pareceu realmente muito real e foi o que me fez gostar tanto do livro. Como falei, foi minha primeira experiência com esse tipo de romance e com a escrita da Ashley, mas, sabendo que esse é o primeiro livro da série Bright Falls e que na sequência teremos a história da Astrid e depois a da Iris, sem dúvida eu quero lê-las, e vocês deveriam também.
— É isso que eu quero — disse Delilah. — A vida inteira foi o que eu quis. Uma melhor amiga. Alguém que me entenda, que me aceite. Alguém que faça de tudo pra eu perceber que sou amada. Alguém que me deixe retribuir esse amor. Alguém tão linda que faça meu coração não caber dentro do peito. Alguém que mande a real sobre as merdas que eu faço. Alguém que me faça rir. Alguém pra quem eu olhe assim e me olhe assim também. Alguém que… que seja meu lar.
P. 326

P.S.: Se quiser adicionar esse livro na sua lista de leitura do Skoob basta clicar na capa que você será redirecionado para a página do livro no Skoob. 😉
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