20 abril, 2022


[Resenha] O Pequeno Café de Copenhague - Julie Caplin

Ficha Técnica 

Título: O Pequeno Café de Copenhague
Título Original: The Little Café in Copenhagen
Autor: Julie Caplin
ISBN: 978-65-5565-252-9
Páginas: 352
Ano: 2022
Tradutor: Carolina Rodrigues
Editora: Arqueiro
Em Londres, a assessora de imprensa Kate Sinclair tem tudo que sempre achou que quisesse: sucesso, glamour e um namorado irresistível.
Até que esse namorado a apunhala pelas costas e consegue a promoção profissional com que ela tanto sonhava. Com o coração partido e questionando tudo, Kate decide aproveitar uma oportunidade de trabalho para se afastar do ex.
Quando topa ciceronear um grupo de jornalistas e influenciadores pela linda Copenhague para atender ao pedido de um cliente importante, Kate não imagina os desafios que terá que enfrentar para conciliar tantos egos e exigências.
Ao mesmo tempo, enquanto conhece a capital do “país mais feliz do mundo”, ela descobre as maravilhas da vida à moda dinamarquesa. Do costume de acender velas até os vikings simpáticos, altos e charmosos, passando pela experiência de comer o próprio peso em doces, a cidade ensina Kate a apreciar o significado das pequenas coisas. Agora só depende dela retomar as rédeas do próprio caminho e seguir em direção a seu final feliz.

Resenha


Julie Caplin é a nova autora da coleção Romances de Hoje da Editora Arqueiro e que delícia (literalmente) foi ler este que é o primeiro livro da série Destinos Românticos. 

Kate Sinclair vive para o trabalho e, desde que a mãe morreu, para cuidar do pai e dos irmãos — que não parecem conseguir se virar sozinhos, ou é o que eles demonstram para ela. Tanto que, até o relacionamento amoroso que ela se permite ter é com um outro relações públicas da agência onde trabalha e, como são da mesma equipe, eles mantém segredo a respeito disso, mas a verdade é que Josh Delaney passou a perna em Kate e conseguiu a promoção que ela tanto queria — e ela nem sabia que ele estava em busca desse cargo específico também. Como se isso não bastasse, a ideia que foi a "cereja do bolo" para Josh ter sido escolhido para o novo cargo de diretor de contas sênior foi uma ideia de Kate, que havia compartilhado com ele na cama.😡

Decidida a agarrar a nova oportunidade de mostrar um bom trabalho, Kate aceita o desafio de fazer uma apresentação para um cliente dinamarquês em dois dias, mesmo que o briefing tenha apenas três linhas. E ela consegue! Lars Wilder, CEO da Hjem viu que Kate tinha começado a entender o que ele queria ao trazer o conceito hygge (fala-se: riu-gá) — da cultura de seu país — para a loja que abriria em Londres. Por isso, a primeira missão de Kate era levar uma equipe com seis jornalistas para Copenhague para que eles de fato entendessem o que hygge significava, que não se tratava apenas de velas e caxemira. Assim, Kate se viu em sua primeira viagem internacional e sendo responsável por uma equipe bem heterogênea de jornalista composta por Sophie Benning (redatora de culinária), Fiona Hanning (blogueira de lifestyle), Avril Baines-Hamilton (apresentadora de TV), David Ruddings (repórter freelancer), Conrad Fletcher (jornalista de design de interiores) e Benedict Johnson (editor de comportamento).
— O cara é um idiota — disse David, olhando para os outros, como se decidisse ser o porta-voz. — "Não tem sido muito tranquilo" — imitou ele. — Do que esse cara sabe?
Fiquei surpresa diante das palavras improváveis vindo logo dele.
— Como ousam mandar alguém para ficar de olho em você? Ouvimos o que ele disse ontem à noite… Não vamos tolerar isso, Kate.
A indignação de Avril reverberou em sua voz e ela jogou o cabelo por cima do ombro no melhor estilo princesa. Ela, David e Conrad, um front unido, se endireitaram ao mesmo tempo como se estivessem se preparando para enfrentar um exército, e Avril acrescentou:
— Não, não vamos tolerar nem um pouco e vamos deixar isso bem claro. Logo, logo ele vai perceber que não pode ir chegando do nada para assumir o controle da nossa turminha.
As lágrimas faziam meus olhos pinicarem.
P. 191
Sendo um grupo tão diferente — e com a falta de experiência e insegurança a frente de um grupo com algumas pessoas mais velhas e/ou experientes — faz com que o início da viagem seja um pouco turbulento e ainda há o agravante de que Ben não havia aceitado o convite para a press trip, mas foi obrigado pelo chefe. Hostilidade que fala? Entretanto, imaginem a surpresa dos dois ao descobrirem que na verdade eles haviam se conhecido uma semana antes em um jantar de premiação do trabalho? Mas é claro que para Kate era muito difícil acreditar que aquele homem cínico do telefone e que estava na viagem era o mesmo homem gentil que havia flertado com ela.
Respirei fundo. Talvez, apenas talvez, eu pudesse me dar ao luxo de deixar acontecer. Ao menos uma vez eu poderia apenas ser. O pensamento foi libertador. Não havia nada que nos impedisse de deixar rolar e ver o que aconteceria.
P. 236
Logo que chega em Copenhague, Kate vai conhecer o Café Varme, da mãe de Lars, Eva, que se torna uma grande amiga nos dias que ela passa na cidade. Na verdade, o local se torna um refúgio e onde todos acabam abrindo seus sentimentos, quase como um consultório de psicólogo com café e muitas delícias para comer enquanto colocamos nosso coração para fora. Ele realmente transmite o que a palavra significa em dinamarquês: calor. Quem entra ali, se sente acolhido de várias maneiras.

Durante a semana que passam na capital dinamarquesa, Kate e sua peculiar equipe descobrirão que talvez existam mais coisas na vida além de trabalhar, desacelerarão, encontrarão uns nos outros amigos leais, verão belíssimos lugares — inclusive fiquei absurdamente encantada com cada descrição da cidade, querendo conhecê-la. Enquanto isso, a gente torce para que Kate e Ben se entendam finalmente (afinal tudo parece mesmo um mal-entendido), que ela peça demissão daquele emprego que não a valoriza, que ela dê um jeito de parar de carregar a família nas costas, que ela e Connie (sua amiga e colega de apartamento) consigam enfim arrumar um apartamento legal para morar ou que o senhorio arrume as coisas onde elas vivem, enfim, a gente quer que ela consiga ser feliz de verdade.
— Sabe o que mais doeu? — perguntou ele em uma voz baixa e contrita.
Balancei a cabeça em silêncio, um aperto de arrependimento diante daquelas palavras sinceras e penetrantes.
— O fato de que você não tinha percebido que… E que você nunca me deu a chance de dizer que…
Minha respiração parou diante da intensidade incandescente dos olhos dele.
— Que eu tinha me apaixonado por você.
P. 335
Eu adorei a história e a escrita da Julie. Amei conhecer um pouco de Copenhague por meio das páginas de O Pequeno Café de Copenhague e já estou ansiosa para saber o que o próximo livro da série — A Pequena Padaria do Brooklyn — trará, pois além de ser sobre a doce Sophie, tivemos um pequeno spoiler no final deste livro — só para deixar a gente com água na boca.


P.S.: Se quiser adicionar esse livro na sua lista de leitura do Skoob basta clicar na capa que você será redirecionado para a página do livro no Skoob. 😉
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