12 novembro, 2021


[Resenha] Derrubando as Paredes - Alice Clayton


Ficha Técnica 

Título: Derrubando as Paredes
Título Original: Screwdrivered
Autor: Alice Clayton
ISBN: 978-85-5717-146-6
Páginas: 200
Ano: 2017
Tradutor: Amanda Moura
Editora: Benvirá
Quando uma fã de romances eróticos recebe uma herança que a leva para o outro lado do país, ela só consegue pensar em uma coisa: “Finalmente vou poder viver as histórias de meus personagens favoritos!” Agora, só falta chegar à Califórnia e encontrar seu pirata. Ok, pirata é um pouco demais, mas um caubói também serve. E ele existe. Hank. Loiro, sarado, sem camisa e… nem um pouco a fim de se relacionar. Será que Vivian vai conseguir laçar seu caubói e viver seu tão sonhado romance erótico, ou uma ajudinha do destino pode trazer para sua vida um novo personagem?


Resenha


Olha a série Cocktail de volta após dois anos. 😂😂 Bem, eu li  Subindo pelas Paredes em março de 2019 e logo na sequência eu li Arranhando as Paredes, mas não escrevi resenha sobre o segundo livro porque simplesmente não foi tão bom quanto o primeiro; ele trazia os mesmos protagonistas — Simon e Caroline —, mas não me agradou tanto, por isso fiquei um tempo sem procurar os livros seguintes da série. Entretanto, percebi que os outros seriam com protagonistas diferentes, por isso, lá fui eu atrás dos livros três e quatro e ADOREI ter lido Derrubando as Paredes, terceiro livro da série.

Vivian Franklin é a sexta filha do casal Franklin e, tendo cinco irmãos mais velhos, cresceu em meio ao mundo masculino predominante em sua casa. Assim, foi natural se envolver em muitas atividades que a sociedade ainda considera como “de meninos” como brincar de bolinha de gude, subir em árvores, praticar esportes. Entretanto, ela percebeu o talento para as artes e, durante a faculdade, conseguiu não apenas fazer o curso de bacharelado em engenharia da computação como também uma formação complementar em artes e, depois disso foi para Paris, onde viveu intensamente muitas aventuras que desejava. Mas quando precisou retornar para casa, ela deixou a pintura de lado e focou na computação, abriu sua empresa de software, vendeu alguns aplicativos que lhe renderam um bom dinheiro, mas, amante dos romances eróticos, Viv tinha a frustração de, aos vinte e cinco anos, nunca ter se apaixonado e nunca ter ouvido alguém lhe dizer “eu te amo”. Para complementar, a mãe, decidida a não deixar a caçula ficar sozinha, vivia empurrando Viv para encontros às cegas, mas o problema era que ela curtia os tipos bad boys e a mãe sempre lhe arranjava os certinhos: empregos seguros, calças de algodão vincadas, camisas sociais. E, ela tendo tatuagens e vários piercings no corpo, normalmente eles ficavam bastante incomodados com a ousadia dela.
— O que é a equação de Drake? — Caroline perguntou?
— É uma equação algébrica que não só calcula a possibilidade da existência de vida alienígena, como também postula a capacidade deles de se comunicar via ondas de rádio — expliquei e mordi um pedaço de pizza. — Hummm.
Só percebi o silêncio na mesa quando ouvi Clark gemer discreta, mas audivelmente. Devia ser o nariz. Olhei para o restante da mesa: as garotas sorriam para mim, enquanto Ryan e Simon pareciam impressionados.
— O que foi? — questionei. — Detesto quando acham que só porque eu tenho peitos sou incapaz de reconhecer uma coisa tão simples quanto a equação de Drake.
P. 81
Mas pode ser que a vida de Viv realmente se torne um de seus romances e ela possa encontrar seu pirata, caubói ou um bad boy similar, pois, no meio da noite ela recebe uma ligação informando que é a única herdeira da tia-avó Maude Perkins, que lhe deixou a Cabana de Veraneio, em Mendocino, Califórnia.

Viv, assim como o restante da família, não via a tia há mais de treze anos, então saber dessa herança era no mínimo inusitado: um rancho tão distante, mas se há um rancho, há um caubói. Ela esteve lá apenas uma vez, de férias, mas ainda se lembrava de como o lugar era maravilhoso, com uma vista para o Pacífico de tirar o fôlego.

Decidida a pelo menos ver novamente a propriedade antes de tomar qualquer decisão sobre a venda, Viv atravessa o país, mas a chegar lá, percebe que a casa já não é mais a mesma. Parece que veio se deteriorando ao longo dos anos e ninguém fez qualquer coisa para impedir isso, mas também descobre como a tia era uma mulher excêntrica — para dizer o mínimo.
Enquanto andávamos, os dois casais e eu, senti um repentino desejo. Não de um amasso sobre o feno, nem de uma rapidinha na porta do celeiro, embora esses pensamentos fossem inegavelmente tentadores. Não. Naquela noite, senti o desejo de ser parte de um casal saindo para uma caminhada.
P. 77
Por outro lado, há sim algo bom: de fato existe um caubói e ele é LINDO DEMAIS. Porém, ao que parece, Hank Higgins não é de muitas palavras e não está interessado em Viv, por mais que ela use todos os seus recursos de flerte e sedução. A história de seu livro não está acontecendo como ela imaginava… mas há também um outro personagem que vai tirá-la do sério, mas de uma maneira bem diferente de Hank. Enquanto ela tem vontade de atacar Hank, sexualmente falando (sério, a mente dela é como um romance erótico mesmo), ela tem vontade de atacar Clark Barrow por simplesmente ir contra suas ideias de reforma.

Mas vamos explicar: Clark é bibliotecário, historiador, arquivista da cidade e diretor da Sociedade Histórica de Mendocino e como a Cabana de Veraneio — assim como boa parte das propriedades da cidade — faz parte do patrimônio histórico, Viv não pode fazer qualquer reforma sem consultá-lo. Imaginem para Viv ter que consultar um cara que parece uma cópia dos três últimos dates que ela teve (escolhidos pela mãe e tão distantes do que ela desejava) enquanto tudo que ela queria era reformar a casa brevemente, para morar ou vender, se fosse o caso. Porém, ela não se daria por vencida, e chamou reforço.
— Amanhã? Acabou de chegar e já tem um encontro? Bom trabalho — disse Caroline, balançando animadamente a cabeça.
— Com o Clark? Ah, não. Vocês entenderam errado. Ele é o bibliotecário.
O bibliotecário? — as duas repetiram em uníssono, e eu as repreendi; Clark não tinha nem chegado até a porta!
— Não fazem bibliotecários assim lá na minha terra — Mimi comentou.
— Não fazem bibliotecários assim em lugar nenhum. Esse é um dos motivos pelos quais a nossa cidade é tão fantástica — Jessica falou, e todas nos levantamos um pouco da cadeira para vê-lo atravessar a porta, as cotoveleiras brilhando ao luar.
— Ele é fofo — admiti, bebericando o uísque. — Mas vocês vão ver o outro lado dele. Vão ver amanhã, quando ele discutir comigo sobre algum rodapé, um azulejo ou uma quina da parede que ele acha que deve ser restaurado, mas jamais descartado, ou toda a história do mundo estará ameaçada por esse pedacinho minúsculo de alguma porcariazinha da qual estou tentando me livrar para tentar organizar a minha casa e colocar um pouco de ordem naquilo tudo, mas nããããão. Não. Clark precisa salvar o mundo! Ele precisa salvar tudo.
P. 82-83
Viv era amiga de Simon da época do ensino médio e eram grandes amigos. Eles se encontravam sempre que possível e na última festa de reencontro da turma ela conheceu Caroline e ela era a pessoa de quem Viv precisava: uma decoradora de interiores certamente poderia lhe ajudar a descobrir se o que Clark dizia era verdade e também poderia ser uma aliada para conseguir convencer o homem de que as reformas que queria fazer eram absolutamente necessárias.

Simon e Caroline moravam agora em Sausalito, há três horas de Mendocino, e foram ao encontro dela para ajudar, mas só comprovaram o que Viv temia: ela de fato teria que conviver com Clark. Entretanto, enquanto ficava na cidade e percebia que era ali onde queria morar, e talvez fosse o momento de vender a empresa para o pai e voltar a se dedicar a pintura, Viv fez amigos, tornou-se parte da comunidade, não avançou nem um milímetro em relação a Hank, mas parecia que ela e Clark estavam se entendendo e, enquanto ela queria o caubói, eu queria o bibliotecário, pois é absolutamente o meu tipo. E eu não conseguia entender como ela, uma amante dos romances, não percebia que não havia futuro na relação com Hank, eu já estava em cólicas, mas feliz pelo livro ter apenas duzentas páginas, afinal não demoraria tanto para ela cair na real, mas ainda assim ela demorou muito para mim.

Mas senti falta do outro lado da história neste livro. Claro que se deve ao fato da confusão da protagonista, afinal Viv acredita estar vivendo o seu romance, então não daria para colocar o outro lado, não é mesmo? Mas para nós é muito claro o rumo que deveria ser seguido. Mas ter imaginado tudo que ele teria dito, pensado… enfim, não dá para chorar pelo leite derramado, né? Amei mesmo assim, demais mesmo e já seguirei para o próximo.


P.S.: Se quiser adicionar esse livro na sua lista de leitura do Skoob basta clicar na capa que você será redirecionado para a página do livro no Skoob. 😉 
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