13 novembro, 2020


[Resenha] A Rosa do Inverno - Patricia Cabot


Ficha Técnica 

Título: A Rosa do Inverno
Título Original: Where roses grow wild
Autor: Patricia Cabot 
ISBN: 978-85-7665-365-3
Páginas: 426
Ano: 2008
Tradutor: Cecília Gouvêia Dourado
Editora: Planeta do Brasil (Selo Essência)
Acostumado a conseguir qualquer mulher, lorde Edward Rawlings enlouquece com a sensualidade de Pegeen, que estava longe de ser a tia solteirona que ele havia imaginado. Mas Pegeen não está disposta a fazer mais concessões além de mudar-se, pelo bem de seu sobrinho, para a mansão dos Rawlings na Inglaterra. No entanto, ao chegar lá, ela logo percebe o risco que corre. Sempre movida pela razão, Pegeen sente que dessa vez seu coração está tomando as rédeas. Ela pode resistir ao dinheiro e ao status, mas conseguirá resistir a Edward?
A Rosa do Inverno é um romance leve, com boa dose de romantismo, forte aroma de sensualidade e uma pitada de suspense. Fala de paixão arrebatadora e indevida, de destino e escolha. Mas, sobretudo, é uma história que acende o debate sobre a condição feminina, o papel, os desejos, os temores da mulher. Ao confrontar o instinto de se entregar a um homem e a decisão de manter a independência, a Patricia Cabot faz do livro um espelho dos dilemas femininos.

Resenha


Sob o pseudônimo de Patricia Cabot, Meg Cabot nos apresenta este romance delicioso de ler, com personagens intrigantes, cativantes e uma história que nos envolve do início ao fim. 

Lorde Edward Rawlings é o segundo filho do falecido duque de Rawlings, mas o único vivo. Entretanto, ele não é o novo duque, isso porque descobriu que seu irmão John teve um filho e, ainda que o pai tenha banido John e sua família do seu convívio assim que ele se casou que a filha do vigário de uma pequena aldeia próxima da Escócia, o homem reintegrou o neto ao testamento em seu leito de morte. Assim, há um ano Edward incumbiu seu administrador, Sir Arthur Herbert, de encontrar seu sobrinho para poder continuar com sua vida de libertinagem e sem qualquer responsabilidade por nada. Aos 30 anos, sequer passa pela cabeça de Edward mudar sua rotina de caçadas, noites com suas amantes e muita bebida. Ou seja, ele precisa encontrar seu sobrinho de qualquer maneira. Edward só não imaginava que existia uma tia solteirona e liberal criando seu sobrinho e que o garoto não iria a lugar algum sem ela e a tia não tinha nenhum motivo para sair da pequena vila de Applesby. 

Inconformado com o fracasso de seu administrador, Edward vai pessoalmente ao vilarejo para trazer o sobrinho e a tia ao Solar Rawlings. Porém, ao chegar, ele descobre que a tal tia solteirona na verdade tem apenas 20 anos e, na mesma proporção em que é linda, tem uma língua afiada e o hostiliza abertamente. 

Pegeen MacDougal sempre viveu em Applesby e sempre foi muito presente na comunidade. Sendo a caçula do vigário, era até esperado que ela agisse desta forma, mas ela o fazia porque sentia que era o certo e seu pai, ao contrário de muitos, sempre lhe instruiu e tinha um pensamento liberal, o que fez com que Pegeen seguisse pelo mesmo caminho, mas desde a morte repentina do pai no último ano ela precisou cuidar de Jeremy sozinha e depender da caridade dos paroquianos para ter um lugar para morar e sobreviver. Mas tudo isso estava para mudar. 

Pegeen nunca imaginou que a família do pai de Jeremy fosse algum dia aparecer, ainda mais depois de o garoto já estar com 10 anos. Mas apareceu. Depois de escorraçar Sir Arthur, Pegeen acreditou que tinha resolvido o problema, entretanto, fez com que lorde Edward em pessoa aparecesse em seu pequeno chalé. Decidido a manter sua rotina de sempre conseguir o que quer, Edward logo descobriu como convencê-la a ir com Jeremy para Yorkshire. 
De início, tentara descartar os beijos trocados na cozinha da casa dela, mas, quanto mais pensava naquilo, mais percebia que Pegeen MacDougal era uma jovem realmente muito perigosa. Não porque ela beijasse de uma forma que nenhuma das amantes de Edward o havia beijado, como se realmente pusesse tudo no ato. Não, Pegeen MacDougal era perigosa porque beijava daquele jeito e não era a esposa ou amante de ninguém.
O que significa que ela era livre demais e podia se apaixonar… Ou, o que era pior, ela era livre e ele podia se apaixonar.
P. 122
Pensando no bem-estar de Jeremy, Pegeen reconsidera e a dupla parte com o lorde para Londres e, em seguida, para Yorkshire. Sendo o novo duque de Rawlings, Pegeen espera que, convivendo com pessoas educadas, Jeremy deixe de ser tão brigão e de criar tantos problemas como fazia em Applesby, mas, sendo uma criança cheia de energia, ele só ganhou novas áreas e novas pessoas com quem brigar, principalmente os garotos dos estábulos. Claro que a preocupação de Pegeen com o sobrinho não desapareceu, ela apenas não precisaria mais descobrir como faria para colocar comida na mesa e comprar roupas e sapatos para ele, mas o restante se mantinha. Entretanto, além disso, ela precisava ficar atenta ao tio do garoto, pois lorde Edward está atraído por ela e, por mais que tenham feito um acordo de que se ele tentasse qualquer coisa com ela, ela iria embora do solar e levaria Jeremy com ela, Edward nunca aprendeu a desistir de nada. 

Enquanto vive debaixo do mesmo teto que Edward, Pegeen descobre que tudo que sempre pensou da aristocracia pode ser ainda pior, pois os amigos dele são absurdamente libertinos e, para uma moça jovem, que sempre viveu em uma aldeia pequena e afastada, era demais imaginar que aquilo poderia existir. Pegeen também conhece o Edward que não é mostrado para todo mundo e se deixa levar por seus encantos, ainda que acredite que jamais poderiam ter qualquer tipo de envolvimento. Será mesmo?
Pegeen sorriu-lhe e, por um momento, fitou os olhos de Edward, aqueles olhos cinza-prateados que ela inicialmente achou frios e depois percebeu serem apenas cautelosos, como os de um falcão. Teve a oportunidade de vislumbrar Edward Rawlings como ele realmente era. Não o malandro temerário ou o sedutor destruidor de corações que fingia ser, mas o Edward Rawlings de que a sra. Praehurst falava, que tinha carregado um cão ferido do campo de caça para casa, que tratava a sua criadagem com tanta bondade. O Edward Rawlings que prometera um cavalo para um menino e depois cumprira fielmente a promessa.
P. 197-198
Além dos protagonistas, alguns personagens se destacam como Alistair Cartwright e Anne Herbert. Alistair é o melhor e único amigo de verdade de Edward e praticamente vive no solar com o amigo e Anne é a filha mais velha de Sir Arthur, que se torna uma grande amiga de Pegeen. A governanta, a sra. Praehurst também é ótima, com sua sinceridade e acolhida imediata de Pegeen. Como sempre temos alguns personagens horríveis, mas necessários à trama, mas que não deixam de ser péssimos, não é mesmo Lady Arabella Ashbury? (Podem ler o nome dela com bastante desdém.) 

Amei também ver o relacionamento de Edward e Jeremy, como eles logo se entenderam, como Jeremy praticamente passou a idolatrar o tio, vendo nele uma figura masculina forte, o que faltou ao garoto, pois, ainda que tenha sido criado também com o avô, o homem vivia mais para o trabalho do que para ele.  
"Acho que você sabe muito bem o que quero dizer", disse Edward, com mais um daqueles seus sorrisos diabólicos. "Apesar de todos os seus protestos de mocinha virtuosa, você me quer, Pegeen, tanto quanto eu quero você."
P. 205
Eu adorei a história que Cabot criou, adorei a complexidade de seus protagonistas e suas motivações para chegarem ao ponto em que estão, para terem feito o que fizeram no passado, enfim, realmente devorei este livro de tão incrível que ele é. Espero que tenham a oportunidade de lê-lo, mas como ele foi lançado a alguns anos, certamente muitos de vocês já leram, não é mesmo? Se esse é o caso, por favor, me contem nos comentários o que acharam.

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Comentários
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2 comentários:

  1. ola
    eu tenho outros livros de epoca dessa autora mas esse eu não tenho
    que bom ver resenhas dos livros dela .é uma autora que eu não tem tanto destaque .dificilmente eu vejo os livros dela sendo comentados .
    bjs

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    Respostas
    1. Verdade, Eliane, vemos muito mais livros com o nome dela mesmo, né? Meg Cabot, mas como Patricia me parece ter menos notoriedade.
      Mas são muito bons, apenas um que li que não curti muito.
      Bjs

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