05 fevereiro, 2019


[Resenha] Ilha de Vidro - Nora Roberts

Ficha Técnica 

Título: Ilha de Vidro
Título Original: Island of Glass
Autor: Nora Roberts
ISBN: 978-85-8041-900-9
Páginas: 288
Ano: 2018
Tradutor: Maria Clara de Biase
Editora: Arqueiro
Nerezza, a deusa da escuridão, ainda não desistiu de obter as Estrelas da Sorte e destruir todos os mundos. As Estrelas de Fogo e de Água já foram recuperadas pelos seis guardiões, mas resta a Estrela de Gelo, e a batalha atingirá seu clímax. Doyle McCleary, o espadachim imortal, prometeu nunca mais voltar para casa. No entanto, quando a procura pela última estrela o leva ao condado de Clare, na Irlanda, ele deve encarar o passado. Três séculos atrás, uma tragédia o obrigou a fechar o coração para o amor, sobrando em seu peito apenas morte e solidão. Sua natureza selvagem só não é mais intensa que a de Riley... e da loba que há dentro dela. Arqueóloga e licantropa, a Dra. Riley Gwin não se rebaixa a ninguém. Fechada em sua biblioteca, em busca da misteriosa Ilha de Vidro, ela tenta negar a forte atração que sente por Doyle. Afinal, a última coisa de que precisa é uma distração. À medida que o último desafio dos guardiões se aproxima, a loba e o imortal têm que unir forças pela vida de seus amigos. Com Nerezza recuperada e furiosa, os dois vão descobrir que a melhor arma para dar fim à escuridão talvez seja o amor.

Resenha


Chegamos ao final da trilogia Os Guardiões da Nora Roberts. Primeiro nosso sexteto encontrou a Estrela do Fogo em Estrela da Sorte e Bran e Sasha iniciaram um romance, tudo isso na bela Corfu, na Grécia; Em Baía dos Suspiros encontraram a Estrela da Água e vimos nascer o romance entre Sawyer e Anika, em Capri, na Itália; agora chegou a hora de partir para o condado de Clare, na Irlanda e encontrar a Estrela de Gelo e Ilha de Vidro para levar as estrelas para lá.

Depois de encontrar duas estrelas em cavernas, o grupo acredita que a terceira também estará em uma caverna, só resta descobrir em qual, afinal, o que não falta são cavernas na região em que estão. Mas, ao contrário de quando estavam em Corfu e em Capri, onde foi necessário alugar um lugar para ficarem, dessa vez estão na casa de Bran, que como já sabemos, é exatamente no mesmo lugar onde Doyle viveu três séculos atrás.

Para Doyle McCleary retornar à Irlanda não é nada fácil, foi lá em que ele nasceu, viveu, viu o irmão morrer e foi amaldiçoado a uma vida eterna, vendo todos que um dia significaram muito para ele morrer. E agora sabemos que poucas situações o levaram de volta e sempre rapidamente. Mas a busca pelas Estrelas da Sorte o levaram de volta e ele precisará lidar com a quantidade de sentimentos que nem imaginava que ainda poderia sentir. Estar na mesma terra que cresceu, reencontrar seu cantinho de sonhos, onde brincava quando criança e reconhecer que, mesmo que sua família tenha morrido há muito tempo, hoje ele tem uma nova família.
— Parei de desejar um família por uma questão de sobrevivência — disse Doyle. — Você não sabe como é ver o sol nascer durante séculos ciente de que não haverá um fim para você, mas que haverá para todos que lhe são importantes. Se deixar que sejam.
P. 69
Seus amigos conseguem entendê-lo, ainda que ele mesmo não saiba lidar com tudo isso, mas Riley, não costuma passar a mão na cabeça de ninguém e ver o lado cínico, pessimista e cético de Doyle ainda mais aflorado faz com que eles briguem mais do que o que já estamos acostumados. Não que Riley não compreenda o que ele vive, mas é importante ver que eles estão em uma missão e que todos são parte de um grupo e todos são fundamentais para encontrar não apenas a Estrela de Gelo como a Ilha de Vidro e toda informação é válida e, conversar com um imortal, que viveu naquele mesmo local três séculos atrás pode trazer fatos valiosos.
— Sinto muito. — Empatia e vivacidade se misturaram no tom dela. — Sinto muito pelo que aconteceu com seu irmão e você. Mas pondo a emoção de lado, esse aspecto seu, a maldição da imortalidade, é parte do todo. Cada um de nós traz algo de especial em si, e isso forma o todo.
P. 55
A Dra. Riley Gwin é uma arqueóloga e como tal, pesquisar é que move sua vida. Horas trancadas em uma biblioteca, pesquisas de campo, descobertas sobre o passado são seu vício. Como a gente já sabe, Riley também é uma licantropa e seus instintos são muito afiados, o que a ajuda em suas pesquisas e em sua vida pessoal. Depois de meses trabalhando ao lado dos seus novos amigos e vendo-os se envolverem romanticamente ela percebe que suas constantes brigas com Doyle são muito mais reflexo da atração que sente por ele.

Quando eles resolvem fazer um acordo que envolve apenas sexo enquanto estiverem juntos, vamos ter uma noção melhor de que juntos, eles se completam, ainda que acreditem que o que sentem é apenas físico.
Ele a deixou ir. Era melhor para os dois. Com seus três séculos de vida e tudo que havia feito e experimentado, sabia que ela era a única mulher que tinha conseguido virá-lo do avesso.
P. 227
O desfecho dessa trilogia foi incrível. Nora continuou com muitas cenas de batalhas entre os seis e Nerezza e mostrou como os amigos se tornaram mais fortes como indivíduos e como grupo. Os laços de amizade estão muito mais fortes e isso foi fundamental nesse livro, quando Doyle precisou muito dos amigos, da família, afinal, certamente não foi nada fácil para ele retornar e reviver seus fantasmas tão de perto.

Nesse final as lacunas dessa busca começam a ser totalmente preenchidas, o motivo de apenas agora conseguirem ter sucesso nessa busca, que para Doyle já dura mais de três séculos e para Riley, Bran e Annika já têm muitos anos também, o catalisador, o porquê deles serem os escolhidos, tudo se encaixa.

Nora mais uma vez encanta, mesclando romance, fantasia e amizade, que é uma das características da escrita dela que mais gosto, nunca é apenas uma coisa e a amizade e união que desenvolve entre os protagonistas dos livros de suas trilogias são o ponto alto para mim. Ler os livros da Nora é certeza de que vou amar e terminarei a leitura com aquela sensação gostosa no peito que os romances deixam quando são bem escritos.

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Comentários
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Um comentário:

  1. Eu ainda me surpreendo com a destreza de Nora em passear e fazendo graça ainda, em vários gêneros da literatura.
    Ela consegue ser boa em tudo né? Impressionante!!!
    Ainda não pude começar esta trilogia, mas namoro ela desde o início e não vejo a hora de conferir.
    Seres fantásticos, batalhas, aventura e romance, tudo junto e misturado num cenário único.
    Com certeza, espero ter e ler os livros em breve.
    Beijo

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