14 outubro, 2018


[Resenha] Viagens de Gulliver - Jonathan Swift

Ficha Técnica 

Título: Viagens de Gulliver
Título Original: Gulliver's travels
Autor: Jonathan Swift
ISBN: 978-85-513-0380-1
Páginas: 188
Ano: 2018
Tradutor: Luis Reyes Gil
Editora: Autêntica
Publicado em 1726, Viagens de Gulliver é uma crítica contundente ao homem, suas instituições e seu amor exacerbado pelo poder e pelo dinheiro. Clássico da literatura de língua inglesa, o livro tem o título original de As viagens através de várias e remotas nações do mundo, por Lemuel Gulliver, primeiramente cirurgião e depois capitão de vários navios. São quatro viagens, e em cada uma delas há críticas à Inglaterra do século XVIII e à humanidade em geral. Nesta edição, apresentamos as duas viagens mais conhecidas, a Lilliput e a Brobdingnag. Em Lilliput, Gulliver encontra homenzinhos minúsculos, diante dos quais ele é um verdadeiro gigante. Os liliputianos estavam em guerra constante com os também minúsculos habitantes de Blefuscu, a ilha vizinha. Brigavam para defender seu ponto de vista sobre o lado certo de quebrar o ovo, o mais fino ou o mais largo – e Gulliver, naturalmente, acaba se envolvendo na guerra, pelo lado de Lilliput. Em Brobdingnag, inverte-se a situação: os habitantes do reino são gigantes, e Gulliver, agora muito menor que um anão, torna-se um brinquedo e uma atração para o povo, embora fosse bem-tratado e bem-cuidado por todos e tivesse longas e produtivas conversas com o rei. Num texto cheio de ironia, de sátiras à sociedade da época e à própria vida do autor, o livro questiona e critica os motivos fúteis pelos quais a Inglaterra e a Europa entravam em guerras, a facilidade em dominar os outros quando se é “superior”, física ou economicamente, a utilidade dos exércitos, as guerras, as traições e intrigas palacianas, o governo inglês e seus governantes.

Resenha


Um clássico da literatura infanto-juvenil, o livro narra as aventuras de Lemuel Gulliver, médico que decide trabalhar a bordo de um navio e, por uma tragédia em alto-mar, vai parar em um país em que as pessoas tem quinze centímetros de altura. Lá ele aprende as maneiras daquele povo enquanto tenta negociar sua liberdade e voltar para a Inglaterra. Ao voltar, ele decide viajar outra vez e acaba em um país onde todos são muito mais altos que ele, onde, mais uma vez, ele tenta escapar para voltar para casa.

Ao que parece, esta edição conta as primeiras duas viagens, de um total de quatro, narradas na obra original. Não fica claro o porquê dessa escolha.

A verdade é que, por trás do que parecem relatos de um cronista, se esconde uma forte crítica à sociedade da época. Os habitantes do primeiro país são limitados não só pela estatura mas pela sua visão de mundo. São descritos como primitivos e até mesmo mesquinhos em diversas situações. Os liliputianos são inferiores e representam muito do que Swift considera ruim no seu próprio povo, com um governante belicoso, nobres invejosos e camponeses ignorantes. Ao passo que em Brobdingnag, é possível perceber que o rei tem uma sabedoria superior à do narrador, principalmente quando recusa uma proposto bélica que este oferece.

Ao mesmo tempo uma sátira aos relatos de viagem e à sociedade inglesa de seu tempo, o livro entretém, apesar de um pouco datado. Algumas referências são um pouco difíceis de entender sem um certo contexto histórico e é possível que algumas delas tenham se perdido com o tempo.

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Comentários
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12 comentários:

  1. Acho que independente da confusão que a leitura deste livro nos traz, principalmente na primeira vez que o lemos, a história acabou se tornando um dos grandes clássicos mundiais.
    Li este livro tem décadas e me recordo bem desta confusão.rs Não entendi nadinha. Por isso, acabei relendo anos mais tarde, só para ter noção certa do que o livro trazia.
    E sim, é um tapa na cara da sociedade da época, mas não este aprofundamento da história e é isto que causa esta confusão.
    Adorei essa nova edição(a que li era tão antiga e feia).rs
    Vale muito a pena a leitura, mas esteja de alma aberta!
    Beijo

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  2. Esse é um clássico infanto-juvenil que quero ler. Mas já é bom saber de antemão que precisamos de um contexto histórico para entender algumas partes.
    Também fiquei curiosa em saber porque a editora escolheu somente duas das viagens. Será que pretendem lançar um segundo volume?
    A capa não me atrairia para a leitura, mas já que é um clássico, a gente releva esse fato.

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    1. Eu fico com vontade de ler o livro pela capa.

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  3. Não seria um livro que eu leria, é, eu tenho um pouco de preconceito com livros antigos, so chamados "clássicos" rs
    Mas adorei a resenha.

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    1. Eu amo ler livros novos mas gosto também de livros amigos.

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    2. Eu passei a ler os clássicos também, realmente não é tão tranquilo quanto os livros contemporâneos, mas têm sido leituras maravilhosas!

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  4. Oi Tamy.
    Os clássicos sempre carregam uma crítica sobre a sociedade da época, mas acho que muito é perdido por causa do contexto histórico, costumes e hábitos da época.
    Viagens de Gullivver não é uma história que eu queira ler, mas achei interessante saber que tem essa crítica da sociedade da época. Fiquei curiosa para saber quais são as duas outras viagens.
    Beijos

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  5. Tamy!
    Nosa! Acho que era ainda adolescente quando li esse livro e bota aí uns bons 40 annos prá trás, mas é um daqueles livros atempoarais e que trzem críticas sociais à sociedade londrina da época, embora ainda sirvam para os dias atuais com suas analogias e metáforas.
    Desejo uma semana abençoado !
    “Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus.” (Salmos)
    cheirinhos
    Rudy

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  6. Que livro bacana, ainda não conhecia essa edição. Assisti ao filme vàrias vezes, mas nada é comparado ao livro. Espero que essa edição esteja com fàcil entendimento nas palavras e que de para tirar grandes proveitos da leitura.

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  7. Oi Tammy!
    Eu não tinha conhecimento desse livro apesar dele ser classico acredita?
    Gostei bastante, a história parece ser mto bacana, vou add na listinha.
    Bjs!

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