22 outubro, 2017


[Resenha] Para Depois que eu Partir - Heather McManamy & William Croyle

Ficha Técnica 

Título: Para Depois que eu Partir
Título Original: Cards for Brianna
Autor: Heather McManamy & William Croyle
ISBN: 978-85-503-0103-7
Páginas: 192
Ano: 2017
Tradutor: Jacqueline Valpassos
Editora: Universo dos Livros
Com trinta e cinco anos, após ser diagnosticada com câncer de mama em estágio terminal, Heather McManamy sentiu como se sua vida estivesse desmoronando. Sua rotina virou de cabeça para baixo e foi substituída por várias cirurgias e dezenas de sessões de quimioterapia que poderiam estender um pouco mais sua vida, mas não impedir a morte iminente. Com espírito vivaz e uma nova perspectiva, Heather começou a experimentar cada dia como se fosse o último. Ela aprendeu a aproveitar cada momento, apreciar a beleza ao seu redor e agradecer por suas bênçãos. Ponderou também a respeito da jornada futura de sua filha sem a mãe e, com dignidade, fez os preparativos para isso. Heather começou a escrever mensagens comemorativas para a filha, Brianna, com quatro anos na época. Mensagens para o seu primeiro dia de escola, para o seu aniversário de dezesseis anos, para o dia de seu casamento. Mensagens para quando as coisas estivessem indo bem e para quando não estivessem. Mensagens para quando Brianna precisasse de sua mãe – fosse dali a cinco ou a cinquenta anos – e Heather já não estivesse mais lá para lhe dar apoio. Para depois que eu partir é a história do poderoso amor de uma mãe por sua filhinha. E as incomparáveis experiências ​​de Heather, permeadas de humor e elegância, são um lembrete para que não tomemos como certo e seguro um dia sequer.

Resenha


Bora chorar? Bora. (mentira, nem chorei lendo esse)

Para depois que eu partir tem quase todos os elementos essenciais de um bom drama e eu já consigo imaginar as pessoas chorando no cinema se o livro virasse uma cinebiografia. Mas o conceito aqui é completamente diferente. Ao invés de uma biografia chorosa, que a autora não teria nem tempo nem disposição para escrever, temos uma coleção de conselhos vindos de uma pessoa cuja morte está mais próxima que a nossa. O livro intercala trechos dos cartões que Heather escreveu para a filha com relatos da descoberta do câncer, do tratamento e de como sua rede de apoio ajudou sua família a viver seus últimos dias da melhor forma possível.

Parte do livro é um manual do que não dizer a pessoas com câncer. Eu sei que as pessoas tem as melhores intenções do mundo mas às vezes a gente não percebe o quão ruim é o que a gente diz. h
Heather dá algumas dicas do que dizer e/ou fazer ou não. Seus conselhos são cheios de leveza e bom humor, e um pouco de tristeza também, mas ela acredita ter sorte por conseguir se acostumar com a ideia e planejar o futuro de sua família, o que é mais do que algumas pessoas conseguem (Caitlin Doughty chama de "a boa morte" aquela pra qual nós podemos nos preparar). Um dos momentos mais interessantes do llivro é quando ela fala sobre a invisibilização de pacientes terminais, sobre como eles são excluídos de grupos de apoio por serem "mórbidos demais" e sobre como seu sofrimento é ignorado porque preferimos focar nas histórias de superação. Heather aponta que nem todos vão sobreviver ao câncer e que é preciso falar sobre morte e cuidados paliativos e validas a vivência de pessoas como ela.

Se o livro parece um pouco curto é porque a autora faleceu logo depois de escrever os últimos capítulos no fim do ano passado. Isso poderia ter sido mencionado num epílogo, já que o livro não dá nenhuma informação a respeito dela ou da família depois do lançamento.

A princípio, este parece um projeto pessoal demais para ser publicado e parece ser mais um aglomerado de conselhos do tipo "passe mais tempocom sua família porque não se sabe o dia de amanhã". Mas Heather conta histórias sobre sua família e amigos e dá conselhos divertidos que nos fazem desejar tê-la conhecido pessoalmente. Este é um livro que nos ensina mais sobre uma doença de que muita gente já falou antes. Então pode ler sem medo de desabar de chorar e com a certeza de aprender um pouco.

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Comentários
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3 comentários:

  1. Tamy!
    A princípio deveria mesmo ser uma história triste, devido a morte da autora de câncer, mas pelo visto, ela trouxe um livro que ajuda as pessoas que estão ao lado de quem tem câncer e isso é fenomenal.
    Acabei de ler Raio de sol e me acabaei de chorar com a história de uma menina que morre de câncer, mas foi uma verdadeira lição de vida.
    Espero que esse também seja.
    Semaninha de muita luz e paz!
    “Todo o nosso saber se reduz a isto: renunciar à nossa existência para podermos existir.” (Johann Goethe)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE OUTUBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

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  2. Eita, acho que eu choraria rios
    sou chorona assumida kkkkk
    não é o tipo de leitura que costumo ler, mas pode ser que mais p frente eu dê uma chance! Mas no momento tô qrendo histórias muito, mas muito alegres kkkkkkkkk

    Bjooos
    muitospedacinhosdemim.blogspot.com.br

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  3. Não é o tipo de leitura que estou acostumada, mas parece ser bem emocionante.
    É bom que todo mundo deveria ler, e aprender mais sobre essa terrível doença e como pode ser uma grande lição.

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