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É no rastro dos filmes mais populares do DCEU que Aves de Rapina se apoia, pegando tudo o que deu errado em Esquadrão Suicida (o pior de todos) e consertando. Se no filme anterior a Arlequina era a única personagem feminina do grupo, relegada ao papel de smurfette, aqui temos quatro mulheres e uma menina que representam tipos diversos de personagens. Há espaço para uma representatividade muito mais ampla simplesmente porque há mais personagens para elaborar. Cada uma das moças do grupo tem uma personalidade distinta e um objetivo diferente, além de um estilo de luta específico. Arlequina, por exemplo, luta de forma bastante acrobática, como uma ginasta; já Canário Negro tem movimentos mais focados em chutes e a especialidade se Renee Montoya são os socos. Enquanto no anterior a Arlequina era hipersexualizada nem necessidade nenhuma, neste ela continua sendo sensual mas sem as roupas antipráticas e os ângulos de filmagem que não fazem o menor sentido.
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O longa tem um roteiro bem amarradinho, que segue quatro mulheres e uma criança numa saga pra escapar de um criminoso manipulador e egocêntrico. Todas elas entraram no caminho dele de alguma forma e precisam se juntar pra encarar essa ameaça. Além disso temos o processo de cura de Arlequina, finalmente livre de uma relação abusiva com o Coringa e descobrindo quem ela é fora deste relacionamento. É um tópico incomum pra filmes de ação mas que faz todo o sentido dentro da construção da personagem. Sem nenhum spoiler, o que dá pra contar do enredo é que Arlequina (Margot Robbie) virou alvo de bandidos depois do término e é perseguida por Roman Sionis (Ewan McGregor, que nunca se divertiu tanto fazendo um filme, ao que parece). Ele está sendo investigado por Renee Montoya (Rosie Perez) e emprega Dinah Lance/Canário Negro (Jurnee Smollet-Bell) como cantora em sua boate. Caçadora (Mary Elizabeth Winstead) e Cassandra Cain (Ella Jay Basco) também vão ser arrastadas pra essa encrenca toda. E não deve ser por acaso que, num filme com tantas protagonistas femininas, o inimigo seja justamente uma personificação da masculinidade tóxica, que tenta a todo custo tirar o poder de escolha das mulheres à sua volta.
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BOP é um filme visualmente lindo e alegre, com cores brilhantes e música divertida, como deve ser o interior da cabeça da Arlequina. O detalhe mais especial fica por conta das cenas de combate, coreografadas de forma espetacular (eu posso ser suspeita pra falar, porque qualquer filme que tenha uma cena de luta ao som de Barracuda já ganha meu coração). Além de enaltecerem os pontos fortes de cada personagem, elas são empolgantes e bonitas (apesar do sangue).
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Numa escala de uma a cinco personagens femininas da DC que merecem um filme solo, o quanto eu gostei de BOP:





(Batwoman, Questão, Poderosa, Ravena e Bárbara Gordon)
Um dos filmes recentes que ainda não fui conferir. Acabei entrando numa de ver filme em casa, que o cinema parece tão distante..rs
ResponderExcluirMas ele está na lista a ser visto ainda.
Admito sem pudor algum que não sou assim, fã assumida de filmes com heróis e heroínas.
Mas, amo filme com mulheres e este foi feito por elas para nós!
Verei!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor