11 setembro, 2016


[Resenha] Uma Canção de Ninar - Sarah Dessen

Ficha Técnica

Título: Uma Canção de Ninar
Título Original: This Lullaby
Autor: Sarah Dessen
ISBN: 978-85-5534-011-6
Páginas: 350
Ano: 2016
Tradutor: Flávia Souto Maior
Editora: Seguinte
32Remy não acredita no amor. Sempre que um cara com quem está saindo se aproxima demais, ela se afasta, antes que fique sério ou ela se machuque. Tanta desilusão não é para menos: ela cresceu assistindo os fracassos dos relacionamentos de sua mãe, que já vai para o quinto casamento. Então como Dexter consegue fazer a garota quebrar esse padrão, se envolvendo pra valer? Ele é tudo que ela odeia: impulsivo, desajeitado e, o pior de tudo, membro de uma banda, como o pai de Remy — que abandonou a família antes do nascimento da filha, deixando para trás apenas uma música de sucesso sobre ela. Remy queria apenas viver um último namoro de verão antes de partir para a faculdade, mas parece estar começando a entender aquele sentimento irracional de que falam as canções de amor.

Resenha


Remy está terminando o ensino médio e em breve ela vai para faculdade, e tudo o que ela mais quer é curtir os 3 meses de verão que separam esses dois eventos. Enquanto se prepara para mudar de cidade e começar uma nova jornada, Remy precisa ajudar sua mãe a organizar o seu quinto casamento. Talvez por ver sua mãe se jogar em tantos amores, estes que sempre terminam de uma forma bruta, a jovem Remy não é a maior fã do amor, nem se quer acredita nele.

Mas, certo dia, enquanto visita o trabalho de seu mais novo padrasto, Dexter acaba esbarrando em Remy, e ele é exatamente tudo que a menina não quer em um namorado: atrapalhado, nerd e músico, que instantaneamente a lembra de seu pai, que era membro de uma banda, e nunca fez questão de fazer parte de sua vida. Mas Remy vai aprender que a gente não escolhe os nossos amores, e nem quando eles vão nos encontrar.

Dito isto, iremos acompanhar em “Uma Canção de Ninar” o último verão de Remy antes dela ir para a faculdade. Talvez novas surpresas apareçam, e novos amores também. Talvez algumas regras sejam quebradas, e alguns corações idem. Talvez algumas velhas canções sejam cantadas, e novas sejam criadas. Remy terá três longos meses para escolher seus rumos, e assim se preparar para sua nova trajetória – com ou sem amor na bagagem.
Qual seria a sensação, me perguntei, de amar alguém tanto assim? A ponto de não conseguir se controlar quando a pessoa chegava perto, como se pudesse simplesmente se livrar de qualquer coisa que a estivesse segurando e se jogar sobre o outro com força suficiente para tomar conta dos dois?
P. 167 
Com mais de 9 milhões de livros vendidos no mundo, Sarah Dessen é uma das queridinhas da literatura jovem adulta contemporânea. Premiada e levando seus títulos diversas vezes para a lista de mais vendidos do New York Times, Dessen retrata em “Uma Canção de Ninar” uma história bastante simples, mas que por se tratar de um tema universal como o crescimento e os primeiros amores, acaba se tornando de fácil relacionamento.

O livro é narrado por Remy, que divide a obra pelos três meses que compõem o verão do hemisfério norte: junho, julho e agosto. A escrita de Dessen é bem descritiva, mas também recheada de diálogos, porém os capítulos são extremamente longos – em torno de 25-30 páginas cada – o que acabou arrastando a leitura um pouco pra mim. Se levarmos em conta que ao ler os 5 primeiros capítulos já estamos com ⅓ da leitura feita, mostra como essa divisão pode afetar no compasso do livro.
Agora, eu a estava deixando confusa, pegando um caminho que ela não conseguia compreender. Sabia como ela se sentia. Desde que conhecera Dexter, as coisas não andavam fazendo muito sentido para mim também.
P. 200 
As personagens de “Uma Canção de Ninar” não trazem nada de excepcional, elas são bem normais, o que acaba reforçando aquela ideia de “leitura universal”. Porém, ao mesmo passo que elas são criaturas bem comuns, falta aquele elemento para dar destaque. Logicamente que muitas meninas vão se identificar com Remy, e muitos garotos com Dexter, ou com qualquer outra personagem da obra, mas de certa forma, falta um denominador especial, algo que chame atenção à alguém e que o torne memorável.

Com seu plot bastante regular, beirando o clichê, “Uma Canção e Ninar” se destaca por sua honestidade ao tentar ao máximo mostrar uma realidade palpável para o leitor. Claramente um romance bem contemporâneo e com ares de ‘cult’ – expresso também pela bela capa que foge do padrão do Young Adult –, a obra de Sarah Dessen apesar de não ter os requisitos para ser denominado excelente, consegue ser coeso e agradável.
– Amor é uma desculpa para aturar muita merda sem motivo – eu disse, e Jess riu. – É assim que acontece. O amor joga fora as balanças, então as coisas que deveriam pesar muito não parecem ter peso nenhum. É uma bagunça. Uma armadilha.
P. 255
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