15 dezembro, 2021


[Resenha] Estremecendo as Paredes - Alice Clayton


Ficha Técnica 

Título: Estremecendo as Paredes
Título Original: Mai Tai'd Up
Autor: Alice Clayton
ISBN: 978-85-5717-200-5
Páginas: 200
Ano: 2018
Tradutor: Amanda Moura
Editora: Benvirá
A ex-Miss Golden State Chloe Patterson foi criada para ser a imagem da perfeição: sempre linda, sempre empertigada, sempre sorrindo e assentindo, jamais falando palavrão. E ela estava prestes a dar o próximo passo nessa vida de comercial de margarina: casar-se com um dos advogados mais bem-sucedidos do sul da Califórnia, um homem de grandes dotes (ou não). No entanto, desde a visita a seu primo Clark em Mendocino – quando presenciou as faíscas entre ele e Viv –, Chloe começou a colocar em xeque seu relacionamento com Charles. Faltava fogo. Talvez faltasse até mesmo amor. Depois de literalmente abandonar o noivo no altar, Chloe decide passar um tempo na fazenda da família em Monterey. Longe das intermináveis regras impostas por sua controladora mãe, ela se vê diante de algo inédito em sua vida: opções. Mas será que ela saberá tomar as decisões certas diante dessas novas possibilidades? Ao receber um e-mail de um velho amigo, Chloe resolve seguir um antigo sonho: trabalhar com pit-bulls resgatados, num abrigo totalmente administrado por ela, ali mesmo em Monterey. E, para tirar os planos do papel, ela contará com a ajuda de Lucas, um veterinário com lindos olhos azuis e cabelos ruivos de dar inveja ao príncipe Harry. A atração entre eles é instantânea e a convivência, descomplicada desde o início. Mas o recente passado amoroso de ambos e os planos de Lucas para o futuro próximo parecem fazer do veterinário o cara certo no momento errado. Em meio aos desafios impostos pelo abrigo e às próprias questões mal resolvidas com a mãe, Chloe terá de fazer mais uma escolha, talvez a mais importante – e antes que seja tarde demais.

Resenha


Quarto livro da série Cocktail — e acredito que estamos chegando ao fim, pois temos agora um conto, classificado como 4.5 —, Estremecendo as Paredes da Alice Clayton traz a história de Chloe Patterson, a prima de Clark que apareceu em Derrubando as Paredes e quase fez Viv dar um verdadeiro show no bar da pequena Mendocino.

Pois bem, Chloe tem vinte e quatro anos, é a mais recente ex-Miss Golden State e está de casamento marcado com o advogado Charles Preston Sappington, o melhor partido do sul da Califórnia, ou pelo menos é o que sua mãe vive repetindo. O problema é que Chloe conheceu Charles há menos de um ano e logo ficaram noivos e antes disso a vida dela foi passando de um concurso de beleza para o outro. O objetivo da mãe dela era que, depois de vencer várias competições, depois de anos de dieta e tantas outras privações, Chloe conseguisse o prêmio máximo: um ótimo marido, que lhe proporcionasse uma vida segura, feliz e com filhos! (Sim, você leu certo! E, sim, este é um romance contemporâneo.) Porém, Chloe passou a se questionar se ela deveria de fato se casar com Charles quando ela claramente não estava apaixonada por ele. O caso é que a mãe não a escuta e acredita que estar apaixonada pelo noivo não deveria ser o objetivo e também não vemos em Chloe a energia necessária para lutar pelo que ela quer. Aliás… o que ela quer? No momento? Apenas não se casar está de bom tamanho. Principalmente depois de ter visto o primo e sua Vivian juntos (ainda que no momento eles ainda não estivessem de fato juntos). Era aquilo que ela queria para sua vida: paixão. Desejo.
E, agora, vendo os dois naquela dança, o olhar dele sendo repetidamente atraído para os peitos que ela — conscientemente, ao que parecia — estava usando muito bem a seu favor, me dei conta de que era assim que as coisas deveriam ser. A dança. O magnetismo, a faísca, o ardor.
Eu nunca tinha experimentado essa faísca com ninguém. E, depois de ver Clark se atracar com a sua Vivian, me dei conta de que eu também queria me queimar. Não tinha mais tanta certeza de que a chama continuava acesa em San Diego…
P. 08
Assim, em uma reviravolta que eu particularmente não esperava – mesmo se tratando de um livro –, Chloe foge de sua casa durante os preparativos do casamento, vai para a casa do pai e depois, com o apoio dele, deixa San Diego e parte para a casa que ele herdou em Monterey, um pequeno rancho que a família quase não frequentava

Chloe sempre viveu às custas dos pais, mas nem sempre foi porque quis assim. Na adolescência, trabalhou como babá, mas o dinheiro que ganhou foi consumido com junk food, altamente proibido pela mãe e, consequentemente, o trabalho também passou a ser.

Ela passou a focar totalmente nos concursos nos quais a mãe a inscrevia, depois na faculdade e em seguida com os preparativos do casamento e, a perspectiva para depois do casamento não envolvia trabalhar em qualquer coisa, muito menos em algo que gostasse – como os cães terapeutas que conheceu durante sua campanha de miss. Charles não queria que a esposa trabalhasse. Ou seja, o que restaria para Chloe? Ter filhos e cuidar deles? Mas com a ida para Monterey veio a oportunidade de trabalhar com pit-bulls resgatados, algo que ela já havia cogitado e que a mãe havia vetado, é claro.
Ter seu próprio dinheiro. Tomar suas próprias decisões, inclusive sobre o que comer, serão a nova realidade de Chloe e óbvio que, como ela não imagina entrar tão cedo em um novo relacionamento, um certo veterinário estará dando sopa na cidade.

Lucas Campbell é a terceira geração de veterinários da família e trabalha no hospital construído pelo avô a mais de sessenta anos em Monterey. Ele sempre viveu lá e sempre soube que queria ser veterinário. Ele também sempre namorou com Julie Owen, miss na pequena cidade, até que, no dia do casamento, Lucas foi abandonado no altar pois sua noiva não podia mais viver na cidade, ela partiu para Los Angeles para realizar o sonho de se tornar atriz. Destroçado, Lucas partiu para Guatemala no projeto Veterinários Sem Fronteiras e tinha acabado de retornar a cidade quando Chloe chegou. Histórias semelhantes e muitas outras similaridades serão encontradas além do fato de Lucas ser ruivo de Chloe ser completamente OBCECADA POR RUIVOS. Como ela diz: é sua kriptonita.
Quando ele ergueu a cabeça e fui atingida por toda a força daqueles olhos azul-claros, o impacto foi mil vezes mais letal do que o provocado pelo seu reflexo no espelho do bar.
Ruivos são a minha kriptonita. Sempre foram, sempre vão ser. Basta ver um para o meu coração começar a bater mais rápido. E aquele cara? Pelo menos um e setenta de altura, pele bronzeada, sardas no nariz, cabelo jogado para trás, destacando os traços bem definidos.
P. 51
A afinidade é instantânea entre eles e também percebemos que existe atração sexual, mas eles não dão o passo que os transformariam em “passatempo”, aquele relacionamento passageiro entre seu último e o próximo amor, afinal, como Chloe diz, Lucas claramente é a definição de uma pessoa pela qual ela facilmente se apaixonaria depois do passatempo. E por que digo Chloe? Digo porque, assim como em Derrubando as Paredes, aqui a narrativa é contada apenas sob o ponto de vista de Chloe, então tudo que sabemos de Lucas é o que ela sabe.

Bem, eu amei os dois, amei rever o meu bibliotecário (ainda que ele tenha aparecido com a sua Vivian 😂), eu amei os doguinhos, mas, assim como o livro anterior, a falta do outro lado do casal me incomodou porque eu adoro saber de TUDO 😂, mas é isso, um romance para devorar rapidinho.


P.S.: Se quiser adicionar esse livro na sua lista de leitura do Skoob basta clicar na capa que você será redirecionado para a página do livro no Skoob. 😉 
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