Ficha Técnica
Título: Senhor das Sombras
Título Original: The dark artifices: Lord of shadows
Autor: Cassandra Clare
ISBN: 978-85-01-40107-6
ISBN: 978-85-01-40107-6
Páginas: 602
Ano: 2017
Tradutor: Rita Sussekind e Ana Resende
Editora: Galera RecordA ensolarada Los Angeles pode ser um lugar sombrio na continuação de Dama da Meia-Noite, de Cassandra Clare. Emma Carstairs finalmente conseguiu vingar a morte dos pais e pensou que com isso estaria em paz. Mas se tem uma coisa que ela não encontrou foi tranquilidade. Dividida entre o amor que sente pelo seu parabatai Julian e a vontade de protegê-lo das graves consequências que um relacionamento entre os dois pode trazer, ela começa a namorar Mark Blackthorn, irmão de Julian. Mark, por sua vez, passou os últimos cinco anos preso no Reino das Fadas e não sabe se um dia voltará a ser o Caçador de Sombras que já foi. Como se não bastasse, as cortes das fadas estão em polvorosa. O Rei Unseelie está farto da Paz Fria e decidido a não mais ceder às exigências dos Nephilim. Presos entre as exigências das fadas e as leis da Clave, Emma, Julian e Mark devem encontrar um modo de proteger tudo aquilo que mais amam — juntos e antes que seja tarde.
Resenha
Não sei vocês, mas às vezes retorno para continuar uma série e me pergunto: como foi que demorei tanto para continuar? Foi exatamente assim que me senti enquanto lia Senhor das Sombras, segundo livro da trilogia Os Artifícios das Trevas, da Cassandra Clare; veio à tona toda a intensidade que ela agrega às suas histórias.
Bem, Emma descobriu que não é apenas a lei da Clave que proíbe o relacionamento amoroso entre parabatai, existe uma maldição e, para que Julian não carregue mais esse peso nos ombros, e sabendo que não conseguirá deixar de amá-lo, Emma decide inventar um namoro com Mark, o irmão mais velho de Julian que retornou da Terra das Fadas, onde estava exilado na Caçada Selvagem desde o fim da Guerra Maligna e a ascensão da Paz Fria.
Vendo Emma e Mark juntos, Julian sente seu coração despedaçar, mas saber que duas pessoas que ama estão juntas era, em parte, um conforto, pois sabia que não machucariam um ao outro. Mas Mark não tinha ideia de que era por Julian que Emma estava apaixonada (e ninguém poderia saber, claro), ou jamais teria aceitado ser o responsável pelo sofrimento do irmão.
Ao mesmo tempo que se adapta a viver novamente em família com os irmãos Mark percebe como é a relação deles com Julian, como são uma família unida e como é difícil para ele se encaixar ali, talvez por ser metade fada aliado aos cinco anos que passou afastado de todos, sem qualquer esperança de retornar. Mas ele contará com o apoio de Emma, Cristina e, sem dúvida, dos irmãos. Entretanto, a Caçada retorna à sua vida quando o líder, Gwyn, trazendo a notícia que Kieran foi capturado, torturado e será executado na corte do pai, o Rei Unseelie. Claro que depois de tudo que aconteceu era esperado que Mark não desse ouvidos ao pedido de resgate feito por Gwyn, mas, querendo ou não, Mark e Kieran tinham um passado juntos que não seria esquecido.
― (…) Tememos coisas porque as valorizamos. Tememos perder as pessoas porque as amamos. Tememos morrer porque valorizamos viver. Não queira não temer nada. Tudo que isso significaria é que você não sente nada.P. 122
Em paralelo a isso há o fato de terem descoberto que o feiticeiro Malcolm Fade era um traidor, cujo único objetivo era trazer seu grande amor de volta à vida e para isso ele precisaria do sangue Blackthorn. Vimos Emma matá-lo em Dama da Meia-Noite, mas ele realmente morreu? Ele trouxe Annabel ao mundo dos vivos? E onde está o Volume Negro? Se ele realmente morreu, o que será de Arthur Blackthorn que depende dos remédios que Malcolm lhe fornecia para parecer minimamente lúcido e responsável pelo Insituto de Los Angeles e pelas crianças Blackthorn? Êita!
Para piorar mais um pouco (isso sempre pode acontecer nas histórias da Cassandra), Julian, Emma, Cristina e Mark precisam fazer um acordo com a Rainha da Corte Seelie que envolvia conseguir o Volume Negro e entrega-lo a ela em troca de ajuda na guerra contra o Rei Unseelie, o senhor das sombras. Mas é claro que eles não poderiam simplesmente chegar ao Conselho e informar que haviam conversado e feito um acordo com a rainha porque, desde a Paz Fria, o contato entre Caçadores de Sombras e seres do Submundo estava proibido.
Como se isso fosse pouco, existe uma parte dos Nephilim que se uniram e intitularam-se Tropa que defendem o registro de todos os integrantes do Submundo, controlando-os e levando os Caçadores aos tempos de ouro, tempo esse em fadas, licantropes, vampiros e tantos outros viviam escondidos, sob constantes ameaças e os Nephilim que simpatizavam com eles eram hostilizados (lembra algo a vocês?).
― Você acha que anjos são suaves ― disse Julian. ― São tudo, menos isso. Eles trazem justiça com sangue e fogo celestial. Se vingam com punhos e ferro. A glória é tanta que queimaria seus olhos se você olhasse para ela. É uma glória fria e brutal.P. 200
Para suavizar um pouco (nosso coração merece, concordam?), Kit Rook, que descobriu ser Christopher Herondale e um Caçador de Sombras, está vivendo no Instituto com os Blackthorn e uma amizade, que parecia inusitada para muitos, nasceu entre Ty e Kit. Digo inusitada porque TV parece viver em um mundo próprio, mas tendo vivido com os mundanos Kit percebe que o garoto é apenas autista. E aqui preciso dizer que pudemos conhecer muito mais os outros Blackthorn, o que foi muito bem-vindo. Na verdade Kit foi para mim parte da minha mente quando ele fala com todas as letras sobre autismo, sobre o registro de integrantes do Submundo já ter ocorrido na história dos mundanos, da resistência da Clave em permitir que os Nephilins usem remédios mundanos, suas tecnologias e tenham qualquer conhecimento sobre a história deles, afinal, conhecer a história de outros povos ajuda a entender a sua própria. Além dos benefícios do avanço da medicina.
Em seiscentas páginas devoradas com afinco pude me reaproximar dos Blackthorn, me apaixonar novamente por Julian e sua lealdade (ainda que tenha sido tão questionada por vários personagens), me encantar com Alec e Magnus (meu amor maior) que apareceram aqui, sofri com as injustiças, crueldades, tive esperança em outros momentos e terminei com o coração aos pedaços e agora preciso logo ler Rainha do Ar e da Escuridão porque não existe a possibilidade de esperar mais três anos para conhecer o final desta trilogia.
― Morrer por um amigo não é tão difícil quanto encontrar um amigo pelo qual valha a pena morrer ― falou ele.P. 314
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