Ficha Técnica
Título: Vermelho, Branco e Sangue AzulTítulo Original: Red, white and royal blue
Autor: Casey McQuiston
ASIN:978-8555340940Páginas: 392
Ano: 2019
Tradutor: Guilherme Miranda
Editora: Seguinte
O que pode acontecer quando o filho da presidenta dos Estados Unidos se apaixona pelo príncipe da Inglaterra? Quando sua mãe foi eleita presidenta dos Estados Unidos, Alex Claremont-Diaz se tornou o novo queridinho da mídia norte-americana. Bonito, carismático e com personalidade forte, Alex tem tudo para seguir os passos de seus pais e conquistar uma carreira na política, como tanto deseja. Mas quando sua família é convidada para o casamento real do príncipe britânico Philip, Alex tem que encarar o seu primeiro desafio diplomático: lidar com Henry, irmão mais novo de Philip, o príncipe mais adorado do mundo, com quem ele é constantemente comparado ― e que ele não suporta. O encontro entre os dois sai pior do que o esperado, e no dia seguinte todos os jornais do mundo estampam fotos de Alex e Henry caídos em cima do bolo real, insinuando uma briga séria entre os dois. Para evitar um desastre diplomático, eles passam um fim de semana fingindo ser melhores amigos e não demora para que essa relação evolua para algo que nenhum dos dois poderia imaginar ― e que não tem nenhuma chance de dar certo. Ou tem?
Resenha
O armário da ficção não é tão diferente do da realidade. Muitas vezes a gente lê um livro e ali tem uma frase que dá a entender que um personagem é LGBTIA+, sempre de forma discreta. Às vezes não passa de suspeita e aqueles que buscam representatividade se agarram àquele personagem com unhas e dentes, como uma prova de que a gente está ali. Uma representatividade meio torta, sem protagonismo, sem final feliz, sem orgulho.
Durante muito tempo, personagens LGBTIA+ estiveram destinados à tragédia. Os que apareciam em filmes e livros morriam de forma trágica ou eram representados como predadores. Eles eram os vilões, a chacota ou o aviso: se você "escolher este estilo de vida", é assim que vai acabar. Para dar uma ideia, o primeiro livro lésbico com final feliz só foi publicado em 1952. E mesmo depois disso, personagens LGBTIA+ continuaram sendo coadjuvantes nas histórias dos outros ou sendo protagonistas de tragédia. Por isso é tão importante que a gente tenha livros, filmes e séries com protagonistas LGBTIA+ que sejam clichê. Os mesmos clichês que nos foram negados por tantos anos e que agora a gente tem a chance de explorar.
Um desses clichês é o príncipe como interesse romântico. Um conceito que é explorado em romances heterossexuais há séculos, desde contos de fadas até A Seleção, e que finalmente alcança o público LGBTIA+ com Vermelho, Branco e Sangue Azul.
Imagine você que em 2016 a eleição americana terminou com a primeira mulher eleita presidente do Estados Unidos: Ellen Claremont, com uma longa carreira política, mãe, divorciada. Um marco. E agora, em 2019, ela está pleiteando a reeleição. O problema é que o filho da presidente, Alex, tem uma picuinha de longa data com o príncipe da Inglaterra, Henry. A implicância que eles têm um com o outro termina num incidente desastroso que ameaça a campanha. Então, por razões diplomáticas, agora eles precisam fingir que são amigos próximos. Começa com aparições públicas e mensagens pelo celular. E de repente Alex começa a perceber que realmente poderia ser amigo de Henry. E os sentimentos dos dois se desenrolam num romance que pode ter resultados catastróficos para os dois lados.
Os dois mocinhos são completos opostos. Alex é autoconfiante e metódico, gosta de planejar tudo e se dedica profundamente aos estudos. Sua criação o tornou um jovem prático, apesar de impulsivo. Já Henry é tão tímido quanto uma figura pública pode ser. Criado pra ser nobre mas não rei, ele gosta de literatura e polo. Juntos eles vão tentar navegar um relacionamento que parece possível pra qualquer um, menos pra figuras políticas tão importantes.
Além dos dois protagonistas, temos Nora, melhor amiga do Alex, um gênio da computação e bi assumida; June, irmã do Alex, escritora competente e ícone fashion; Pez, melhor amigo do Henry, outro ícone fashion; e Bea, princesa da Inglaterra com um passado cheio de segredos. Os jovens formam um grupo animado, cada um com seus percalços e umas qualidades. Entre os adultos mais velhos, minha favorita é Zahra, que ajudou a aumentar consideravelmente meu vocabulário de ameaças.
Vermelho, Branco e Sangue Azul tem o que a gente gosta em livros de YA: boa representatividade, personagens complexos, aquele romancinho pra aquecer o coração da fanfiqueira. Todos os personagens LGBTIA+ são abertamente gays, bi e trans. Um detalhe que faz falta em muitas dessas histórias.
O livro foi lançado no Brasil no fim de 2019 pela editora Seguinte, depois de conquistar sua base de fãs sem muita propaganda. A capa brasileira é lindíssima, muito mais bonita que a original, e foi feita pela Isadora Zeferino, uma das minhas artistas favoritas.
Se você tem alma de fanfiqueira assim como eu, vai se derreter com o romance e querer colocar os meninos no bolso. Aproveitei e fiz um fancast com os atores que eu gostaria que interpretassem os personagens, já que anunciaram que a Amazon Studios comprou os direitos pra fazer um filme.
Michael Cimino como Alex e George Sean como Henry (reprisando o casalzinho que eles formaram em Love, Victor)
Alexandra Shipp como
Nora Ncuti Gatwa como Pez
Florence Pugh como Bea
Robin Wright como Ellen Claremont
Tessa Thompson como Zahra
Rahul Kholi como Shaan
Oscar Isaac como Rafael Luna
Helen Mirren como a Rainha Mary
Emma Thompson como a princesa Catherine
Compre na Amazon
P.S.: Se quiser adicionar esse livro na sua lista de leitura do Skoob basta clicar na capa que você será redirecionado para a página do livro no Skoob. 😉
Durante muito tempo, personagens LGBTIA+ estiveram destinados à tragédia. Os que apareciam em filmes e livros morriam de forma trágica ou eram representados como predadores. Eles eram os vilões, a chacota ou o aviso: se você "escolher este estilo de vida", é assim que vai acabar. Para dar uma ideia, o primeiro livro lésbico com final feliz só foi publicado em 1952. E mesmo depois disso, personagens LGBTIA+ continuaram sendo coadjuvantes nas histórias dos outros ou sendo protagonistas de tragédia. Por isso é tão importante que a gente tenha livros, filmes e séries com protagonistas LGBTIA+ que sejam clichê. Os mesmos clichês que nos foram negados por tantos anos e que agora a gente tem a chance de explorar.
Um desses clichês é o príncipe como interesse romântico. Um conceito que é explorado em romances heterossexuais há séculos, desde contos de fadas até A Seleção, e que finalmente alcança o público LGBTIA+ com Vermelho, Branco e Sangue Azul.
Imagine você que em 2016 a eleição americana terminou com a primeira mulher eleita presidente do Estados Unidos: Ellen Claremont, com uma longa carreira política, mãe, divorciada. Um marco. E agora, em 2019, ela está pleiteando a reeleição. O problema é que o filho da presidente, Alex, tem uma picuinha de longa data com o príncipe da Inglaterra, Henry. A implicância que eles têm um com o outro termina num incidente desastroso que ameaça a campanha. Então, por razões diplomáticas, agora eles precisam fingir que são amigos próximos. Começa com aparições públicas e mensagens pelo celular. E de repente Alex começa a perceber que realmente poderia ser amigo de Henry. E os sentimentos dos dois se desenrolam num romance que pode ter resultados catastróficos para os dois lados.
Os dois mocinhos são completos opostos. Alex é autoconfiante e metódico, gosta de planejar tudo e se dedica profundamente aos estudos. Sua criação o tornou um jovem prático, apesar de impulsivo. Já Henry é tão tímido quanto uma figura pública pode ser. Criado pra ser nobre mas não rei, ele gosta de literatura e polo. Juntos eles vão tentar navegar um relacionamento que parece possível pra qualquer um, menos pra figuras políticas tão importantes.
Além dos dois protagonistas, temos Nora, melhor amiga do Alex, um gênio da computação e bi assumida; June, irmã do Alex, escritora competente e ícone fashion; Pez, melhor amigo do Henry, outro ícone fashion; e Bea, princesa da Inglaterra com um passado cheio de segredos. Os jovens formam um grupo animado, cada um com seus percalços e umas qualidades. Entre os adultos mais velhos, minha favorita é Zahra, que ajudou a aumentar consideravelmente meu vocabulário de ameaças.
Vermelho, Branco e Sangue Azul tem o que a gente gosta em livros de YA: boa representatividade, personagens complexos, aquele romancinho pra aquecer o coração da fanfiqueira. Todos os personagens LGBTIA+ são abertamente gays, bi e trans. Um detalhe que faz falta em muitas dessas histórias.
O livro foi lançado no Brasil no fim de 2019 pela editora Seguinte, depois de conquistar sua base de fãs sem muita propaganda. A capa brasileira é lindíssima, muito mais bonita que a original, e foi feita pela Isadora Zeferino, uma das minhas artistas favoritas.
Se você tem alma de fanfiqueira assim como eu, vai se derreter com o romance e querer colocar os meninos no bolso. Aproveitei e fiz um fancast com os atores que eu gostaria que interpretassem os personagens, já que anunciaram que a Amazon Studios comprou os direitos pra fazer um filme.
Michael Cimino como Alex e George Sean como Henry (reprisando o casalzinho que eles formaram em Love, Victor)
Alexandra Shipp como
Nora Ncuti Gatwa como Pez
Florence Pugh como Bea
Robin Wright como Ellen Claremont
Tessa Thompson como Zahra
Rahul Kholi como Shaan
Oscar Isaac como Rafael Luna
Helen Mirren como a Rainha Mary
Emma Thompson como a princesa Catherine
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P.S.: Se quiser adicionar esse livro na sua lista de leitura do Skoob basta clicar na capa que você será redirecionado para a página do livro no Skoob. 😉
Olá
ResponderExcluirAdorei conferir suas impressões a respeito da leitura, porém, já tentei ler duas vezes e acabei abandonando... Não consegui me conectar com os personagens... Uma pena!
Beijos
http://coisasdediane.blogspot.com/