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Ficha Técnica
Título: PassarinhoTítulo Original: Bird
Autor: Crystal Chan
ISBN: 978-85-8057-535-4
Páginas: 222
Ano: 2014
Tradutor: Thaís Paiva
Editora: Intrínseca
O avô de Joia parou de falar no dia em que matou o irmão dela. O menino se chamava John, e achava que tinha asas. Subia e saltava do alto de qualquer coisa, até ganhar do avô o apelido de Passarinho. Joia não teve a chance de conhecê-lo, pois Passarinho se jogou do penhasco bem no dia em que ela nasceu. Ainda assim, por muito tempo ela viveu à sombra de suas asas. Agora, aos doze anos, Joia mora em uma casa tomada por silêncio e segredos. Os pais culpam o avô pela tragédia do passado, atribuem a ele a má sorte da família. Joia tem certeza de que nunca será tão amada quanto o irmão, até que ela conhece um garoto misterioso no alto de uma árvore. Um garoto que também se chama John. O avô está convencido de que esse novo amigo é um duppy — um espírito maldoso —, mas Joia sabe que isso não é verdade. E talvez em John esteja a chave para quebrar a maldição que recaiu sobre sua família desde que Passarinho morreu.
Resenha
John era mais conhecido como Passarinho, apelido carinhoso dado pelo avô, e é daí que vem a sua culpa. O jovem garoto gostava de saltar e pular, e de imaginar que tinha asas. Certo dia, ele foi escondido a um penhasco da cidade, e simplesmente se jogou de lá de cima. A família ficou completamente arrasada, e acabaram se esquecendo do presente que estavam recebendo no mesmo dia, e é assim que transformam a tal Joia, de preciosa, só no nome.
Em vez disso, fiquei quieta. Se você entrega muito de si a alguém, rápido demais, essa pessoa pode simplesmente ir embora e levar tudo. E quando se trata de alguém como eu, que já não tenho muito de mim, bem, é preciso ter cuidado redobrado.A vida de Joia, e de toda sua família, irá mudar completamente com a chegada de um novo John em suas vidas. Certo dia passeando no mesmo penhasco onde seu irmão morrera, Joia encontra um garotinho arteiro brincando nas árvores, ao se apresentar, ela descobre que ele também se chama John. Feliz por encontrar um amigo, em uma cidade que despreza toda sua família por diferentes fatores, a menina não esperaria de forma alguma que nem todos ficariam tão contentes com esta nova amizade.
Pág. 12
Quando o avô de Joia descobre que ela está passeando para cima e para baixo com um garoto chamado John, ele trata de tentar afugentá-lo da vida dela, pois acredita fielmente que o pobre menino é um duppy, um espírito maldoso que foi o responsável por entrar na cabeça de Passarinho e fazê-lo se jogar do penhasco, e que agora voltará para atormentar todos novamente. Porém, mal sabia o avô, e até mesmo Joia, que John pode ser o responsável por trazer luz novamente na vida de cada um deles.
Gargalhei, e meu riso preencheu o céu. Mal podia acreditar. Ele não estava aos gritos, me chamando de aberração. Uma represa se rompeu dentro de mim bem naquele momento em uma torrente de felicidade, e eu queria dividir com ele tudo o que sabia.“Passarinho” é um livro muito rápido de se ler, mas que carrega muita reflexão dentro de suas páginas. A autora Crystal Chan sabe dosar com excelência diferentes pontos que acabam retratando a dor que alguém pode sofrer devido ao mal julgamento. Desde adoção até o preconceito racial, passando pela desvalorização cultural de um povo, tudo isso trabalhado de uma forma suave, deixando que o verdadeiro e principal tema da obra se sobressaia: a libertação do ser humano após sofrer a perda de alguém próximo.
Pág. 88
O livro aborda bastante o vazio que alguém nos deixa ao partir, e as consequências que a má aceitação do evento pode trazer para aqueles que continuam vivos. A família em luto de Joia passa por uma constante evolução, mas sempre envolta a muito sofrimento e conflito, sendo que as coisas não precisariam tomar tal rumo.
O que fazer quando suas preocupações recusam a ir embora? Quando nem mesmo a Terra inteira seria capaz de guardá-las? Em determinado momento, o vento se aquietou, e eu escalei o rochedo aos poucos, mas me senti como uma intrusa ali, sozinha e indesejada.No final das contas, Chan escreve um livro doce mas com um toque amargo. É bastante triste você ler uma estória onde uma menina de apenas doze anos é excluída do seu meio familiar e tratada com um descaso fora do normal. Porém, a autora sabe também escrever sobre a beleza da vida, que surge talvez através de uma nova amizade, de uma simples palavra de afeto, ou até mesmo ao ouvir uma história sobre alguém que há muito se fora, mas que querendo ou não, faz parte de nós para sempre.
Pág. 145
Parece ser um tanto triste. Não sou muito fã de livros que tenha algo muito triste, eu me sinto mal, mas um livro reflexivo é sempre bom né ? Parece ser um livro muito bom, mas atualmente digo que não leria, achei bem depressivo, talvez em um outro momento de minha vida. Atualmente, estou na vibe de livros mais humorístico.
ResponderExcluirBeijos!
Lara, apesar do tema central parecer bem depressivo, o livro em sí não é. Não chegar a ter humor, mas também não chega perto de ser triste. Fica ali no meio, entre os dois kkkk =]
ExcluirNossa que história super emocionante, fiquei bastante interessada em ler esse livro!
ResponderExcluirVou adicionar em meus desejados, parece bom e profundo, sempre gosto de ler livros assim, que retratam algo real.
ResponderExcluirQue livro mais lindo, eu não esperava que ele fosse tão profundo,
ResponderExcluireu geralmente fujo de livros com temas mais tristes, mas este parece ter momentos bem engraçados, curiosa para saber como esta menina termina e o novo john, ja foi pra minha lista, beijos.
Acho as capas da Intrínseca sempre muito caprichadas e este é mais um caso desse ótimo trabalho.
ResponderExcluirMas o tema do livro e a premissa, me desanimam um pouco.
Primeira vez que vejo esse livro e ja vai entrar pra minha lista de desejados, parece um livro pra ler e refletir né?!
ResponderExcluirfiquei bem curioso pra saber se a familia supera esse momento dificil e começa a "viver" novamente.