
Ficha Técnica
Título: O Retorno do Jovem PríncipeTítulo Original: The Return of the Young Prince
Autor: A. G. Roemmers
ISBN: 978-85-390-0254-2
Páginas: 109
Ano: 2011
Tradutor: Paulo Afonso
Editora: Fontanar
Como tantos que leram O Pequeno Príncipe, eu também captei a simplicidade de sua mensagem e compartilhei a tristeza de Saint-Exupéry quando o herói-criança, que alcançara as profundezas de meu coração, foi obrigado a retornar a seu asteroide. Muitas vezes perguntei a mim mesmo, o que aconteceria a essa criança tão especial se continuasse a viver entre nós. Como seria sua adolescência? Conseguiria preservar a inocência de seu coração?", indaga o poeta argentino A. G. Roemmers. Roemmers retoma no livro discussões éticas sobre a experiência humana e aborda temas ainda cruciais à humanidade, como guerras, crises econômicas, fome e consumismo. "Durante o percurso da viagem fictícia, o Jovem Príncipe pergunta se há muitos caminhos no planeta Terra e se não ocorre aos homens procurar no céu a orientação. Sempre há problemas e os caminhos para superá-los", afirma o autor, também influenciado pelo personagem em sua infância.
Resenha
“O Retorno do Jovem Príncipe” é tipo uma continuação “oficial” do clássico “O Pequeno Príncipe”. Digo “oficial” porque o autor A.G. Roemmers teve a benção dos parentes de Antoine de Saint-Exupéry.Com uma história simples e recheada de poesia e filosofia, “O Retorno do Jovem Príncipe” é uma fábula que aborda questionamentos sociais, tentando de alguma forma seguir o mesmo estilo de “O Pequeno Príncipe”, trazendo fatos do cotidiano e transformando-os através de uma ótica reflexiva.
É impressionante como sempre presumimos que os outros seguem a mesma direção que nós.No livro iremos nos deparar com um homem sem nome, assim como o aviador de “O Pequeno Príncipe”. Este homem está fazendo uma viagem de carro pela Patagônia, local onde curiosamente o Antoine de Saint-Exupéry viveu por algum tempo, e de repente encontra um jovem solitário na beira da estrada.
Pág. 11
Este jovem rapaz nada mais é do que o Pequeno Príncipe, porém alguns anos mais velhos. Aos poucos iremos descobrir o motivo de o Príncipe ter retornado à Terra após tanto tempo: ele descobriu que dentro de sua caixa não tinha um carneiro e ficou bastante decepcionado com seu amigo aviador, então decidiu votar para nosso planeta e encontrá-lo, na tentativa de descobrir porque foi enganado.
Às vezes, sem perceber, nós, adultos, jogamos com os mais profundos sentimentos das crianças e destruímos coisas muito mais valiosas que qualquer objeto que elas possam quebrar.Ficará evidente que o Jovem Príncipe não é o mesmo que antes, apesar de continuar fazendo perguntas até obter suas respostas ou relembrar saudosamente de seu querido asteroide. Infeliz e sem ter a mesma alegria de viver de antigamente, o Principezinho revela os típicos - e novos - problemas de seu pequeno planeta e compartilha com seu novo amigo o medo que tem de crescer e se tornar adulto.
Pág. 31
“O Retorno do Jovem Príncipe” canaliza toda a beleza existente de “O Pequeno Príncipe”: desde os personagens até a poesia das palavras. Porém, infelizmente, o livro não chega aos pés do clássico de 1943, deixando à desejar principalmente na carga filosófica utilizada por Saint-Exupéry. Não que o livro não contenha filosofia e ensinamentos, mas algumas delas chegam a ser bem piegas, para ser bem sincero.
Jamais, como naquela ocasião, eu percebera tão claramente que cem manuais sobre o amor não valem um único beijo, nem cem discursos sobre o amor, um único gesto amoroso.A. G. Roemmers escreveu o livro em apenas nove dias enquanto estava recluso em busca de algumas respostas pessoais. Quando adolescente viajou à Patagônia e com certeza trouxe experiências de sua própria aventura para o livro. “O Retorno do Jovem Príncipe” talvez não seja tão majestoso como a obra de Antoine, porém é uma homenagem à um dos mais famosos livros de todos os tempos, e querendo ou não, é sempre bom reverenciar o Pequeno Príncipe.
Pág. 51
Até que é uma homenagem válida mas acho que não é possível recriar o encanto o personagem original, prefiro não ler para não me decepcionar.
ResponderExcluirCreio eu que você não vai se decepcionar. Um dos amores da minha vida é essa obra maravilhosa de Roemmers, que oferece a sua compreensão de "O Pequeno Príncipe" e nos mostrar um verdadeiro laço exuperiano construído com a sua fervorosa leitura e experiência de mundo. Mostrando que conseguiu preservar a sabedoria do livro e manter sua alma de criança, assim como Saint.
ExcluirJá pensou...
ResponderExcluirEm 1943 você leu O Pequeno Príncipe e amou, logicamente quer uma continuação, mas essa continuação só vem 60 anos depois, tipo normal quem nunca? ksksksks
Olá Tácio, que super resenha, não sabia deste livro e com certeza irei pesquisar mais sobre ele!!
ResponderExcluirOi Tácio!
ResponderExcluiroowwnn de qualquer maneira valeu muito a homenagem à obra tão querida de todos nós <3
Poesia e filosofia numa narrativa reflexiva tem sua parcela de encantamento.
Não conhecia esse livro e vou procurar saber mais a respeito.
Parabéns pela resenha ;)
Bjs
Não conhecia o livro. Adorei conhecê-lo e fico feliz que tenha gostado, eu provavelmente irei apreciar a leitura também. Espero que em breve.
ResponderExcluirBeijos, Rê
muintobom
ResponderExcluirmuintobom
ResponderExcluireste cite me ajudou muinto
ResponderExcluirConcordo plenamente que não chega aos pés do livro original, porém saber que alguém deu continuidade ao pequeno príncipe ja nos permite uma grande emoçao bem como sonhar de novo com a situação. Grata
ResponderExcluirO jovem príncipe reencontrou seu amigo aviador ?
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